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7 países em que a cannabis é proibida 7 países em que a cannabis é proibida

Em vários lugares do mundo, a proibição segue regras bastante rígidas, passíveis de prisão e até penas de morte

7 países em que a cannabis é proibida

7 países em que a cannabis é proibida

Devido ao crescimento medicinal e científico da cannabis, diversos países vêm adotando leis sobre o uso da planta, seja para fins medicinais ou até flexibilizando o consumo adulto. Por outro lado, há lugares bastante inflexíveis e com medidas extremas até mesmo para o uso medicinal.  

No Brasil, por exemplo, embora o uso medicinal seja legal, a maconha ainda é proibida. Em julho, o STF (Supremo Tribunal Federal) descriminalizou o porte, mas a comercialização ainda é um crime com penas de até 15 anos de prisão. 

Mas há países com leis ainda mais duras, que são aplicadas até mesmo fora do território nacional.  Por isso, fizemos uma lista com sete países que ainda são bastante conservadores quando falamos sobre cannabis.

Afeganistão

No país do oriente médio, o cultivo de cannabis era uma cultura preservada há séculos por fazendeiros locais. De acordo com um relatório da ONU (Organização das Nações Unidas), o Afeganistão era o segundo maior exportador de Haxixe do mundo.

Contudo, no começo do ano passado, o governo Talibã proibiu o plantio em todo o território nacional. Por meio de um pronunciamento, o líder do grupo, Hibatullah Akhundzada, 

afirmou que o cultivo estava totalmente proibido.

Agora, se alguém cultivar cannabis no país, a plantação será totalmente destruída e o responsável será punido de acordo com “as leis de Shaira”. 

Rússia 

Embora a cannabis já tenha sido uma das principais fontes de renda para camponeses russos no século 19, hoje o país é uma das nações mais rígidas sobre o tema. Proibido tanto o uso medicinal quanto recreativo, as penas são inafiançáveis.

Talvez você se lembre da prisão da jogadora de basquete dos EUA Brittney Griner na Rússia por causa do uso de cannabis medicinal. No começo de 2022 a pivô foi presa no Aeroporto de Moscou por porte ilegal de cannabis e condenada a nove anos de prisão. 

O caso repercutiu em todo o mundo, principalmente porque Griner só foi libertada vários meses depois em uma troca de prisioneiros. Apósde várias negociações, a Rússia concordou em libertar a atleta em troca de um traficante de armas, que estava preso nos Estados Unidos há 10 anos. 

Coreia do Sul

A Coreia do Sul foi o primeiro país do Leste Asiático a legalizar produtos medicinais feitos com a planta em 2018. Contudo, com várias restrições: Os pacientes precisam se inscrever em um programa do país e as aprovações são concedidas dependendo de cada caso.

Já o consumo de maconha é considerado uma infração grave, sujeita a prisão e multa. Os consumidores podem pegar entre cinco e dez anos de prisão e multas a partir de 50 milhões de wons (cerca de 180 mil reais).

Uma curiosidade é que os sul-coreanos estão sujeitos às leis de drogas em qualquer lugar do mundo. Ou seja, mesmo que o cidadão consuma maconha em um país em que a substância é legalizada, ele também pode ser punido. 

Quando o Canadá legalizou o uso recreativo da maconha em 2018, por exemplo, a embaixada do país asiático emitiu um recado a todos os sul-coreanos avisando que quem fizesse o uso, estaria “violando a lei e seria punido”. 

Egito

O país foi um dos grandes percussores da cannabis no mundo. No antigo Egito, a planta era usada para uma série de fins medicinais e místicos, como dores e transtornos emocionais. Havia até uma deusa da cannabis, chamada Seshat.

Contudo, as coisas mudaram e hoje a planta é estritamente proibida. Embora amplamente utilizada, o uso pode gerar até um ano de prisão e multa. Já o tráfico é punido com execução. 

Em 2013, um caso gerou grande repercussão no mundo, depois que um britânico chamado Charles Raymond Ferndale foi condenado à morte. O Reino Unido até tentou negociar a sua liberdade, mas em vão. 

Arábia Saudita

Tanto o uso quanto a posse de cannabis são ilegais no país, com penas de dois a dez anos de prisão por tráfico. Há alguns anos, as leis ainda envolviam penas de morte. 

Para se ter uma ideia, a simples posse pode resultar em até seis meses  de cadeia e até pouco tempo, até castigos corporais. 

Mas as duras punições não são apenas para a cannabis, mas também para outros tipos de drogas e até sobre bebidas alcoólicas. 

Ainda assim, a Arábia Saudita ficou conhecida como “capital da droga” do Oriente Médio por causa do tráfico internacional dos chamados comprimidos de Captagon, um tipo de medicamento estimulante que causa dependência. 

Singapura

Outra nação que também possui penas passíveis de morte é Singapura. No país com as leis de drogas mais duras da nossa lista, é possível pegar prisão de até 10 anos e multa de US$20 mil pela simples posse. 

Já quando falamos sobre tráfico, importação ou exportação de 500 gramas ou mais, pode levar à morte. Só em 2022 o país executou 11 pessoas por enforcamento e no ano passado, foram mais cinco.

Uma das execuções mais conhecidas foi a de Tangaraju Suppiah, de 46 anos, que foi condenado em 2018 por “incentivar o tráfico” de pouco mais de um quilo de maconha. A União Europeia e a ONU pediram clemência, mas não ajudaram. 

China

Já o país asiático vive em um paradoxo entre a produção e a proibição. Mesmo  exportando toneladas de cannabis para o mundo inteiro, é também um dos países mais restritivos ao uso da planta.

Atualmente três das 34 regiões do país são responsáveis por metade de todo o cânhamo produzido pela indústria canábica.Trata-se de uma subespécie da cannabis sativa com baixo teor de THC  (tetrahidrocanabinol), principal componente psicotrópico da maconha.

De acordo com a Organização Mundial da Propriedade Intelectual, mais da metade das mais de 600 patentes relacionadas à planta no mundo são detidas na China.

Contudo, o uso da cannabis segue bastante restritivo no país e apenas o uso do CBD (canabidiol) é permitido. Até os canabinoides sintéticos estão na lista de drogas controladas pelo governo. 

Países que mudaram as regras recentemente

Até pouco tempo, outros países como África do Sul e Albânia tinham leis mais rígidas sobre a cannabis, mas desde o último ano atualizaram as suas legislações para permitir o uso medicinal e até o cultivo industrial.

As reformas nas leis sobre a cannabis na Alemanha também são bastante novas. No começo do ano, o país liberou pequenas quantidades de cannabis para uso pessoal e os adultos podem cultivar até três plantas para o uso individual. 

A medida tornou o país alemão o terceiro na lista de nações da Europa que retiraram a cannabis da lista de substâncias proibidas e  aprovaram o uso recreativo. Só ficou atrás de Malta e Luxemburgo. 

Consulte um médico

No Brasil, a cannabis é aprovada apenas para fins medicinais e só pode ser comprada com receita. Atualmente, ela pode ser adquirida através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes.

Caso precise de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas, além de auxiliar desde a achar um prescritor até o processo de importação do produto através da nossa parceira Cannect. Clique aqui.

 

https://cannalize.com.br/7-paises-em-que-a-cannabis-e-proibida/