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Para chegar a conclusão, a pesquisa acompanhou milhares de crianças até os seus cinco anos e meio. Por outro lado, são necessárias mais pesquisas
Um novo estudo realizado com mais de 119 mil crianças nos Estados Unidos mostrou que o uso de maconha no início da gestação pode não estar diretamente ligado a atrasos no desenvolvimento infantil.
A pesquisa, que acompanhou as crianças até os 5,5 anos de idade, analisou dados de autodeclaração e testes de urina para detectar a presença da substância.
O uso foi avaliado no início da gravidez, e os pesquisadores acompanharam o desenvolvimento das crianças, verificando a presença de atrasos na fala, no movimento e no desenvolvimento geral.
Após analisar os dados, os pesquisadores concluíram que não houve uma associação direta entre o uso de maconha no início da gestação e o surgimento de atrasos no desenvolvimento infantil.
Essa descoberta contradiz algumas expectativas e levanta novas questões sobre os efeitos da maconha durante a gestação.
Ressalvas
Os resultados podem ajudar a orientar gestantes e profissionais de saúde, mas é fundamental ressaltar que são necessários mais estudos para entender completamente os impactos do consumo de maconha durante a gestação.
O estudo também não significa um sinal verde para o consumo de maconha durante a gravidez.
Os pesquisadores ressaltam que outros estudos indicam potenciais riscos neonatais e alterações em outras áreas do desenvolvimento infantil, justificando assim a recomendação de que gestantes evitem o uso da substância.
Consulte um médico
No Brasil, a cannabis é aprovada apenas para fins medicinais e só pode ser comprada com receita. Atualmente, ela pode ser adquirida através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes.
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https://cannalize.com.br/gravidez-cannabis-estudo/ Caso Isabel Veloso: Não pode usar CBD na gravidez?Embora não existam estudos suficientes que garantem o risco da cannabis na gravidez, as pesquisas até agora não são animadoras
Nos últimos meses, a influencer Isabel Veloso compartilhou com o seu público o uso da cannabis medicinal para o seu tratamento paliativo contra um câncer. Contudo, recentemente, a jovem de 18 anos interrompeu o tratamento por conta de uma gravidez.
A notícia da gestação trouxe muita alegria à família, mas ao mesmo tempo, bastante repercussão na internet. Principalmente porque o seu prognóstico era de apenas seis meses de vida.
Veloso foi diagnosticada aos 15 anos com Linfoma de Hodgkin, um tipo de linfoma que ataca o sistema linfático e compromete o seu sistema imunológico. O câncer chegou a sumir, mas voltou.
Com fortes dores neuropáticas, a influencer precisou recorrer à morfina para encontrar alívio, até encontrar a cannabis medicinal. Mas agora que está grávida, precisou interromper o tratamento.
Cannabis como tratamento
A médica responsável pelos cuidados paliativos da jovem, Melina Branco, usou as redes sociais nesta terça-feira (13) para explicar aos internautas sobre a situação da jovem.
Segundo ela, a recomendação, desde o início do tratamento, era que a jovem não engravidasse. “A orientação, desde o início, sempre foi para não engravidar, por causa dos riscos das medicações que a Isabel estava usando. E até pela doença mesmo.”
Porém, a médica também ressaltou que o quadro da Isabel é estável. Grande parte dos sintomas foram controlados com o uso do CBD (canabidiol), principalmente as dores neuropáticas.
A cannabis tem sido uma boa opção para pacientes com câncer porque proporciona qualidade de vida. Ela pode ajudar em sintomas como enjoos, náuseas, dores, perda de disposição e apetite causados não só pela doença, mas pela quimioterapia.
Mas a Dra. Branco explicou o motivo da retirada: “O CBD ainda tem poucos estudos para esse período da vida da mulher e depois retorna para a medicação e dá continuidade a todo o tratamento. E é isso. Que sejam abençoados e venham com muita saúde”, completou.
Sem CBD na gravidez?
Como dito pela médica, até hoje não há estudos suficientes que garantam a segurança da cannabis para pessoas grávidas. Contudo, ainda há investigações que sugerem que derivados da planta podem ser um problema.
De acordo com uma pesquisa publicada na revista científica Jama Internal Medicine, o uso da cannabis durante a gravidez traz riscos à saúde materna.
Segundo os dados, o consumo dos derivados da planta está associado à hipertensão gestacional e outras complicações, como o descolamento prematuro da placenta e o ganho de peso.
De acordo com outro estudo apresentado na FENS 2024 (Fórum da Federação Europeia de Sociedades de Neurociência), que aconteceu na Áustria, o CBD pode provocar alterações cerebrais nos fetos. Isso poderia resultar em dificuldades cognitivas na vida adulta.
Por outro lado, vale ressaltar que as pesquisas feitas até agora são inconclusiva e é necessário mais pesquisas para entender o real efeito da cannabis em pessoas grávidas.
Consulte um profissional
É importante ressaltar que qualquer produto feito com a cannabis precisa ser prescrito por um profissional de saúde habilitado, que poderá te orientar de forma específica e indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.
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https://cannalize.com.br/isabel-veloso-cbd-gravidez-cancer/ Cannabis pode causar problemas na gestação, segundo estudoDados coletados de mais de 300 mil gestantes dos EUA sugerem que o uso da planta está associado à hipertensão gestacional e ao ganho de peso
Um novo estudo publicado na revista científica Jama Internal Medicine sugere que o uso da cannabis durante a gravidez trazer riscos à saúde materna. Segundo os dados, o consumo dos derivados da planta está associado à hipertensão gestacional e outras complicações, como o descolamento prematuro da placenta e o ganho de peso.
Para obtenção dos resultados, os pesquisadores analisaram as informações de mais de 300 mil mulheres da Califórnia, nos Estados Unidos.
O objeto de partida para o estudo foi o aumento do consumo da cannabis entre gestantes estadunidenses. Estresse, depressão e enjoos causadas em decorrência da gravidez podem ser alguns sintomas tratados com a terapêutica.
Por outro lado, as pesquisam apresentam limitações, como a não diferenciação entre os usos da planta (considerando medicinal ou adulto). De acordo com o próprio artigo, os cientistas não avaliaram as concentrações de canabinoides, ou se as entrevistas fizeram o consumo oral.
Dessa forma, estudos mais aprofundados precisam ser feitos para entender qual o real impacto da cannabis em gestantes, e em seus filhos.
Leia mais: Afinal, é de boa usar cannabis na gestação?
Outros estudos sobre cannabis e gravidez
De acordo com um estudo apresentado na FENS 2024 (Fórum da Federação Europeia de Sociedades de Neurociência), que aconteceu na Áustria, o CBD pode provocar alterações cerebrais nos fetos. Isso poderia resultar em dificuldades cognitivas na vida adulta.
Neste caso os pesquisadores observaram que o uso da substância teve relação com a diminuição da resposta sináptica dos neurônios diante de uma ação, e também da resposta inibitória. Porém, cabe destacar que essa análise foi feita com camundongos.
Já uma pesquisa divulgada em 2021 pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos apontou que as mulheres que fumam maconha têm menos chance de engravidar, em comparação com as que não usam.
Para chegar no resultado, os cientistas observaram diferença nos níveis hormonais reprodutivos entre os dois grupos.
Mas vale ressaltar as possíveis interferências na gestação por conta da cannabis ainda são inconclusivas. A quantidade de estudos deve crescer muito para que os resultados sejam mais abrangentes.
Com informações da Folha de S.Paulo
https://cannalize.com.br/cannabis-problemas-na-gestacao/