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Pela primeira vez, a Dr. Cannabis, empresa pioneira na educação canábica, promoverá um curso voltado para estudantes de universidades
A Dr. Cannabis, plataforma de educação sobre a terapia canabinoide destinará o curso ‘Cannabis Medicinal do Zero’ a estudantes de diversas universidades brasileiras. O deputado estadual Eduardo Suplicy (PT) é um dos convidados da aula inaugural, que acontecerá na próxima quinta-feira (5).
Pouco depois de ter revelado seu diagnóstico de Parkinson, o parlamentar optou por fazer um tratamento com o óleo extraído da planta.
“Depois de usar os remédios, comecei a ter alguma melhora nos sintomas. A orientação que recebo da minha médica é aumentar gradualmente a dosagem do óleo: diariamente tomo três doses de dez gotas. Minha dores na perna desapareceram, assim como as tremedeiras nas mãos”, esclarece.
Em entrevista à Cannalize, o deputado explicou que aprendeu mais sobre a cannabis medicinal após conhecer a história da fundadora da Associação Cultive, Cidinha Carvalho e de sua filha Clárian, que utiliza as medicações para tratar a Síndrome de Dravet.
Suplicy também é vice coordenador da Frente Parlamentar da Cannabis Medicinal e do Cânhamo Industrial, que vem acontecendo na Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo). Um dos feitos da ação foi a aprovação da Lei que permitiu a distribuição de medicamentos à base de cannabis pelo SUS.
“É fundamental que possamos democratizar o acesso à cannabis terapêutica, independentemente da condição socioeconômica das pessoas. Devemos diminuir o estigma relacionado ao uso, além de desburocratizar a realização de pesquisas sobre as aplicação da planta na saúde e na melhora da qualidade de vida”, afirma o parlamentar.
Cannabis medicinal na neurologia
O uso da cannabis medicinal para tratar pacientes neurológicos é um dos temas que deverão ser debatidos na aula inaugural. Inclusive, as três patologias contempladas pela distribuição da cannabis no SUS são atendidas por essa especialidade médica.
Leia: Mais de 50 pacientes já receberam o CBD do SUS em SP
Para falar sobre isso, a Dr. Cannabis convidou a médica neurologista do Hospital Sírio-Libanês, Dra. Luana Oliveira, que acompanha o tratamento de deputado estadual. O diretor médico da Cannect, Dr. Rafael Pessoal, também participará da abertura do curso.
Cannabis Medicinal do Zero
O curso é oferecido anualmente pela Dr. Cannabis. Pela primeira vez em sua história, a plataforma de ensino disponibilizará o conteúdo gratuitamente para estudantes de Medicina, Enfermagem, Odontologia e Psicologia.
Para participar, basta comprovar o vínculo com uma instituição de ensino superior, seja pública ou privada.
As inscrições estarão abertas até sexta-feira (30). Clique aqui para garantir sua vaga.
https://cannalize.com.br/eduardo-suplicy-abrira-curso-sobre-terapia-canabinoide/ Mais de 50 pacientes já receberam o CBD do SUS em SPCom dois meses da lei em vigor, a Secretaria de Saúde, apresentou o primeiro balanço sobre a distribuição de cannabis no estado
Nesta quinta-feira (22), a Secretaria de Saúde de São Paulo mostrou o balanço sobre os sessenta dias de cannabis no SUS paulista. Os dados foram apresentados na Frente Parlamentar de Cannabis e Cânhamo Industrial.
Quem representou a secretaria para mostrar os dados da nova lei foi o médico, coordenador do Grupo de Trabalho que regulamenta a norma e assessor técnico de gabinete, Dr. José Luiz Gomes do Amaral.
Segundo o médico, 53 pacientes já receberam os produtos de CBD (canabidiol) até agora. Os pacientes têm idades de dois a 50 anos, com a maioria das indicações pediátricas.
Os óleos são fornecidos pela farmacêutica Ease Labs, que venceu a licitação.
Apenas três condições
A lei foi aprovada no começo do ano passado, mas só foi regulamentada em dezembro. Mesmo publicada no Diário Oficial do estado, a resolução só passou a valer em junho.
Hoje, a distribuição da cannabis só contempla pacientes com três tipos de patologias: síndrome de Dravet, Lennox-Gastaut e Complexo Esclerose Tuberosa. Doenças que provocam convulsões.
De acordo com Gomes do Amaral, o número reduzidos de patologias aprovadas é porque a resolução é criteriosa e não restritiva.
“Nós levantamos todas as possíveis indicações médicas para o uso do CBD. Encontramos indicações na psiquiatria, oncologia, neurologia, pediatria, oftalmologia, mas não há como comparar as evidências”, disse.
Segundo ele, é preciso que os estudos sejam padronizados, mas a maioria das cepas utilizadas são diferentes, com concentrações distintas e com pacientes que também não são iguais.
“Procuramos reunir especialistas dessas áreas que tivessem uma vivência do ponto de vista clínico e técnico-científico. Temos várias pesquisas com grupos pequenos e estudos que são relatos de casos, mas não dava para fazer comparações”, disse.
Por outro lado, o médico não descarta a cannabis para outras patologias. Fez questão de deixar claro que não há evidências científicas ainda.
Consulte um médico
No Brasil, a cannabis é aprovada apenas para fins medicinais e só pode ser comprada com receita. Atualmente, ela pode ser adquirida através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes.
Caso precise de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas, além de auxiliar desde a achar um prescritor até o processo de importação do produto através da nossa parceira Cannect. Clique aqui.
https://cannalize.com.br/mais-de-50-pacientes-ja-receberam-o-cbd-do-sus-em-sp/ Pré-candidatos a vereador concluem curso sobre cannabisCerimônia de certificação aconteceu ontem (25), na Alesp, sob supervisão do deputado Caio França, autor da lei da cannabis no SUS
Na noite de ontem (25), pré-candidatos a vereador de diferentes municípios paulistas receberam certificação por um curso sobre cannabis medicinal. O conteúdo foi idealizado pelo deputado estadual Caio França (PSB), que é autor da lei que permite a distribuição de medicamentos de cannabis no SUS, em São Paulo.
O curso foi ministrado por médicos, cientistas e advogados que trabalham diretamente com a terapêutica. No evento de conclusão, os pré-candidatos também assinaram um termo de compromisso com a pauta, em caso de eleição.
De acordo com Caio França, o curso atingiu seu objetivo de formar uma frente ampla e compartilhar informações sobre o tratamento, visando o debate nas campanhas eleitorais deste ano.
“Avançamos muito no estado de São Paulo com o projeto sancionado pelo governo. Os legislativos municipais devem exercer o mesmo protagonismo em suas cidades. Esse movimento chega para levar a mensagem dos benefícios terapêuticos da cannabis medicinal no âmbito da municipalidade, ampliando ainda mais a democratização do acesso às pessoas mais carentes”, afirma o deputado.
Cannabis no SUS em São Paulo
A distribuição de medicamentos à base de cannabis começou no início de maio. Essa autorização oficial se deu após um protocolo assinado pelo governo estadual.
Contudo, os produtos são restritos a três patologias: síndromes de Dravet, Lennox-Gastaut e Complexo Esclerose Tuberosa. Além disso, só é possível retirar a cannabis em Farmácias de Medicamentos Especializados. Confira a lista.
https://cannalize.com.br/pre-candidatos-a-vereador-concluem-curso-sobre-cannabis/ CBD é eficaz e seguro para tratar ansiedade, segundo estudoA pesquisa clínica ainda mostrou que o CBD tem eficácia superior ao atingir os objetivos primários e secundários, quando comparada ao grupo placebo
Pesquisadores estimam que cerca de 4% da população mundial sofra de ansiedade, embora não tenha um número exato. A ansiedade geralmente não é diagnosticada por vários motivos, então a taxa real pode ser maior do que a relatada.
A ansiedade é frequentemente descrita como excesso de preocupação e medo intenso sobre situações cotidianas. Os sintomas físicos da ansiedade podem incluir frequência cardíaca rápida, respiração rápida, suor e/ou fadiga.
Contudo, muitos dos tratamentos farmacêuticos comumente prescritos para pacientes com ansiedade, envolvem uma longa lista de possíveis efeitos colaterais. E alguns casos são tão ruins que tratamentos farmacêuticos nem funcionam.
Felizmente, produtos de CBD (canabidiol) podem ajudar em alguns casos, de acordo com um ensaio clínico recente conduzido na Índia. Abaixo estão mais informações sobre os resultados do ensaio por meio de um comunicado à imprensa da NORML.
Sobre o estudo
A administração de CBD oral se mostrou segura e eficaz para pacientes que sofrem de transtornos de ansiedade leves a moderados, de acordo com dados de ensaios clínicos publicados no Asian Journal of Psychiatry.
Uma equipe de pesquisadores avaliou a eficácia de 150mg/mL de canabidiol versus um placebo em um grupo de 178 voluntários com ansiedade por 15 semanas.
De acordo com os pesquisadores, a solução o óleo demonstrou eficácia terapêutica, excelente segurança e tolerabilidade no tratamento.
“Não apenas de transtornos de ansiedade leves a moderados, mas também de depressão associada e distúrbios na qualidade do sono, sem incidências de ansiedade de abstinência após redução da dose e no final do tratamento.” Escreveram.
Eficácia Superior
O estudo de fase III concluiu que a solução oral de canabidiol exibiu eficácia superior ao atingir os objetivos primários e secundários, quando comparada ao grupo placebo.
“Esses resultados abrem caminho para o provável uso prospectivo de CBD para vários transtornos psiquiátricos sozinhos ou em conjunto com outros medicamentos.”
Os resultados são consistentes com os de outros ensaios clínicos que descobriram que o CBD reduz os níveis de exaustão emocional , transtorno de ansiedade social e transtornos de ansiedade resistentes ao tratamento .
O texto completo do estudo, “Avaliação da eficácia, segurança e farmacocinética da solução oral de canabidiol nanodispersível (150 mg/mL) versus placebo em indivíduos com ansiedade leve a moderada: um ensaio clínico randomizado multicêntrico duplo-cego”, aparece no Asian Journal of Psychiatry .
Texto traduzido do portal Cannabis&Tech Today
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https://cannalize.com.br/cbd-e-eficaz-e-seguro-para-tratar-ansiedade-segundo-estudo/ Governo irá financiar estudo sobre canabidiol para autismoDependendo dos resultados, o estudo pode ser um precursor para o desenvolvimento de políticas públicas sobre o uso da cannabis para pacientes com TEA
Neste mês, o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), do Ministério da Saúde, aprovou um estudo sobre o uso da cannabis para TEA (Transtorno de Espectro Autista).
A pesquisa será conduzida pela UECE (Universidade Estadual do Ceará), e tem como objetivo, mapear evidências na literatura sobre eficácia, tolerabilidade e efetividade do CBD (canabidiol) para o tratamento de crianças e adolescentes com autismo.
De acordo com o coordenador da pesquisa, vinculado ao Instituto de Ciências Biomédicas da Uece (ISCB), professor Gislei Frota, a pesquisa será uma revisão sistemática com metanálise, ou seja, os cientistas farão uma seleção de estudos relevantes realizados pelo mundo para avaliá-los.
Pesquisa paralela
Antes mesmo do financiamento, o processo para o desenvolvimento do projeto já tinha sido iniciado e tem previsão para os primeiros resultados já em dezembro de 2024. Contudo, o artigo final será lançado apenas em julho de 2025.
As evidências levantadas ainda serão apresentadas às escolas, postos de saúde e outros espaços no Ceará através de palestras e conscientização sobre o uso do canabidiol.
Leia também: Podcast original vai abordar o uso da cannabis para autismo
Em paralelo, a universidade do Ceará também desenvolve outra pesquisa sobre o assunto. Os pesquisadores estão traçando um perfil de pacientes de TEA que utilizam o CBD mesmo sem evidências científicas conclusivas.
A ideia é entender como o paciente percebe o canabidiol como um agente terapêutico, como e quanto utiliza, o que sente e onde conseguir informações sobre o tratamento. Os resultados também são esperados para dezembro.
Possível precursor de novas políticas públicas
De acordo com Frota, a pesquisa financiada pelo Ministério da Saúde, é um trabalho pioneiro no Brasil.
“Fomos selecionados como a terceira proposta mais bem avaliada do Brasil. Somente nós, em todo o País, desenvolvemos tal pesquisa. Nosso trabalho é único e de grande relevância para o Ministério da Saúde. Hoje o assunto é polêmico, extrapolou a esfera da ciência e há muita desinformação sobre o assunto. Assim, o MS reconhece a importância da pesquisa porque, através dos resultados, serão geradas evidências se o canabidiol pode ou não ser usado no TEA”, disse ao portal da universidade.
Dependendo dos resultados, a pesquisa pode ser útil para a geração de políticas públicas sobre cannabis para TEA por meio do SUS (Sistema Único de Saúde).
Em São Paulo, por exemplo, há até uma lei sobre a distribuição de CBD pelo SUS. Por outro lado, a equipe técnica enfrenta uma dificuldade muito grande em colocar também pessoas com TEA entre os beneficiados, justamente por falta de evidências científicas.
Até agora, os únicos beneficiados da lei de São Paulo são pessoas com Síndrome de Dravet, Síndrome de Lennox-Gastaut e Esclerose Tuberosa, únicas condições que possuem evidências concisas.
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https://cannalize.com.br/governo-financiar-estudo-canabidiol-autismo/ Câmara de Goiânia aprova carteirinha de cannabis medicinalDocumento idealizado pelo vereador Lucas Kitão (União) servirá como comprovante legal do uso terapêutico da planta
Com informações da Câmara Municipal de Goiânia
O Plenário da Câmara Municipal de Goiânia aprovou Projeto de Lei 341/2023 que cria a carteirinha de identificação para pacientes que fazem uso terapêutico de cannabis medicinal, conforme prescrição médica. O resultado foi definido em votação, na última quarta-feira (19).
Segundo o vereador Lucas Kitão (União), autor do projeto, a carteirinha será um comprovante legal do uso terapêutico da cannabis e deverá promover segurança jurídica aos pacientes.
“A criação da carteirinha também promoverá a conscientização da sociedade sobre a importância e legitimidade do uso terapêutico da cannabis, além de facilitar o reconhecimento desses indivíduos e de lhes garantir os direitos previstos na legislação vigente”, afirma Kitão.
Agora que já foi aprovado pela Câmara, o projeto precisa ser sancionada pelo prefeito Rogério Cruz (Solidariedade) para de fato virar lei na capital goiana.
Entenda mais sobre a proposta no vídeo abaixo:
Cannabis no SUS em Goiás
Produtos à base de cannabis já podem ser adquiridos pela população de Goiás por meio do SUS (Sistema Único de Saúde). A Lei 21.940/2023, de autoria do deputado Lincoln Tejota (União), permite o fornecimento tanto de produtos de CBD (isolado) e também dos full-spectrum, feitos com todos os componentes da planta.
Em 2021, a capital do estado já tinha aprovado uma Lei que garante a gratuidade dos medicamentos para a população de baixa renda. O Projeto de Lei 414/2019 (também do vereador Lucas Kitão) recebeu aprovação da Câmara, mas foi vetado pelo ex-prefeito Iris Rezende (MDB). Contudo, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) derrubou o veto.
Leia mais: Goiânia pode ter um Centro de Tratamento com Cannabis
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Tire suas dúvidas sobre cannabis medicinal!
https://cannalize.com.br/camara-de-goiania-aprova-carteirinha-de-cannabis-medicinal/ Cannabis medicinal pode tratar a dependência química?A médica do esporte Jessica Durand apresentará o próximo webinar da Cannect amanhã (7), às 20h
Um estudo divulgado no início de abril sugeriu que o tratamento de dependência química com CBD (canabidiol) é mais efetivo que medicamentos convencionais.
Mas esta não é a primeira vez que um estudo mostra os benefícios do CBD para dependentes químicos. Algumas evidências científicas afirmam que o componente pode tratar a dependência psicológica que o THC (tetrahidrocanabinol) em excesso causa em algumas pessoas.
Leia mais: CBD é melhor que tratamentos convencionais para crack, segundo estudo
Estes serão alguns dos assuntos abordados durante o webinar “Cannabis e dependência química”. A médica do esporte e especialista na terapia canabinoide, Jessica Durand, foi convidada pela Cannect para apresentar o tema.
Por que considerar a cannabis como saída da dependência química?
Além de ser uma solução para tratar o vício no cigarro ou em drogas pesadas, como crack e cocaína, o tratamento com CBD pode substituir os opioides. Para redução de dores crônicas, a substância apresenta resultados semelhantes (e muitas vezes superiores) e com menos efeitos colaterais.
A médica esclarece que o vício em qualquer substância química está relacionado ao sistema dopaminérgico, também conhecido por ‘sistema de recompensa’. No caso da cocaína, por exemplo, o uso ativa a dopamina que é responsável pela sensação de prazer e felicidade. Porém, essa sensação é prejudicial ao organismo, uma vez que a cocaína possui diversas substâncias nocivas.
Jessica também explica que ainda existe um senso-comum, que é equivocado, sobre a maconha ser porta de entrada para outras drogas.
“Na verdade, esses estudos mais recentes mostram que a cannabis é porta de saída. É uma alternativa viável, com grandes benefícios, baixíssima gama de efeitos colaterais e que pode ajudar na dependências de diversas substâncias”, esclarece.
Sobre o webinar
A aula acontecerá amanhã (7), às 20h. Para participar, basta fazer sua inscrição gratuitamente clicando aqui.
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https://cannalize.com.br/webinar-cannabis-para-dependencia-quimica/ Estudo indica que o CBD pode tratar dores de dente agudasDados publicados confirmam que o canabidiol isolado tem potencial analgésico e tempo de ação mais curto
Um novo estudo publicado na revista odontológica “Evidence-Based Dentistry” afirmou que o CBD (canabidiol) é eficaz no tratamento de dores de dente agudas. Trata-se de um ensaio clínico não randomizado, uma pesquisa de nível avançado na qual os cientistas escolhem aleatoriamente quais medicações serão distribuídas entre os voluntários.
Neste caso específico, os pesquisadores quiseram compreender o potencial analgésico do CBD na arcada dentária. Eles escolheram o Epidiolex, o primeiro medicamento oral de cannabis aprovado pela FDA (Food & Drug Administration, órgão similar à Anvisa).
Este produto possui 100 mg/ml de canabidiol isolado, portanto, a formulação não contém outros componentes da planta, como o THC (tetrahidrocanabinol).
Como foram os testes?
64 pacientes com dores odontogênicas média e grave participaram do estudo. Contudo, três foram excluídos do resultado final porque os efeitos foram “irrealistas”, segundo os pesquisadores (alívio completo da dor em cerca de 15 minutos). A idade média dos participantes é 44 anos.
Por se tratar de um estudo não randomizado, a escolha dos medicamentos foi aleatória. Eles foram divididos em três grupos: doses de 10mg de CBD, 20mg e um placebo. A dosagem foi proporcional à massa corporal de cada participante.
Os voluntários receberam doses únicas e foram acompanhados pelos pesquisadores durante três horas.
Resultados do estudo
Após uma hora, as dores foram reduzidas em 50% no grupo que recebeu 10mg. A redução foi de 73% em pacientes que receberam 20mg (após duas horas).
Já em comparação com o placebo, o canabidiol apresentou resultados 33% mais significativos dentro do objetivo do teste.
Alguns efeitos adversos também foram percebidos, como sedação, diarreia e dores abdominais. Porém, esses sintomas sumiram após um dia.
Como os produtos podem auxiliar a saúde bucal?
Produtos à base de cannabis já estão sendo testados na Odontologia. O potencial analgésico e anti-inflamatório do canabidiol pode aliviar dores e reduzir inflamações, aftas e infecções na gengiva.
Segundo uma revisão sistemática que relaciona a cannabis com a saúde da boca, existem receptores canabinoides nas glândulas salivares, na língua e na mucosa bucal. Por isso, o óleo é melhor consumido quando depositado embaixo da língua.
Resultados bastante próximos com os do estudo foram divulgados na revista científica Journal of Dental Research. Por sua vez, a pesquisa o estudo em questão sugere que o canabidiol pode ser um medicamento igualmente eficaz aos opióides.
Pelo menos 85% dos participantes relataram redução de 50% na dor inicial.
Outra descoberta importante foi o aumento na força de mordida entre os participantes que receberam CBD. Os pesquisadores entendem que isso aconteceu porque o componente fortaleceu a estrutura dos dentes.
Leia mais: Bactericida e anti-inflamatório, spray de cannabis destaca cuidados com a boca
Dentistas podem prescrever cannabis?
Produtos de cannabis para uso odontológico são reconhecidos pela Anvisa desde 2022, por meio da Resolução 660.
A agência, inclusive, autoriza que cirurgiões-dentistas prescrevam a terapia canabinoide, admitindo, no documento de autorização de importação, os códigos de registro dos profissionais em seus respectivos conselhos regionais.
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https://cannalize.com.br/cbd-dores-de-dente-agudas/ Estudo: Gummy de CBD é melhor que THC para induzir sono em ansiososA pesquisa foi feita com 348 adultos com sintomas de ansiedade generalizada e publicada na revista científica Behavioral Sleep Medicine
Via NORML
Pesquisadores da Universidade do Colorado em Boulder avaliaram a relação entre o uso de cannabis e a qualidade do sono em uma coorte de 348 adultos com sintomas de ansiedade generalizada.
Os participantes do estudo foram designados para consumir flores de cannabis ou alimentos comestíveis que fossem dominantes em THC, dominantes em CBD ou que contivessem quantidades iguais de ambos os canabinóides.
Depois de 30 dias de observação, os pesquisadores concluíram que o uso dos produtos de cannabis está associado a melhor qualidade de sono, e que as os efeitos são mais fortes entre aqueles com sintomas afetivos negativos mais elevados e aqueles que usam formas comestíveis de cannabis (gummies ou cápsulas) com predominância de CBD (canabidiol).
Os participantes disseram que dormiam melhor nos dias em que consumiam cannabis do que nos dias em que não consumiam.
Leia também: Gummies de cannabis: o que são e o que esperar delas?
As conclusões do estudo são consistentes com as de um ensaio observacional publicado recentemente no Reino Unido, que descobriu que pacientes com transtorno de ansiedade generalizada apresentam alívio sustentado dos sintomas após o uso de produtos de cannabis.
O texto completo do estudo, “Associações diárias com o uso de cannabis e qualidade do sono em usuários ansiosos de cannabis”, aparece na Behavioral Sleep Medicine.
https://cannalize.com.br/gummy-de-cbd-para-sono-em-ansiosos/ Quem define os medicamentos que entram ou não no SUS?A Conitec é responsável por colocar novas tecnologias no SUS, mas já negou a implementação da cannabis duas vezes
Em 2021, a Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia), estudou a incorporação de um produto de cannabis nas farmácias do SUS (Sistema Único de Saúde), mas não rolou.
Na época, o único produto aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para a venda nas farmácias até então, era o canabidiol da Prati-Donaduzzi, autorização que é um pré-requisito para a implementação.
O órgão ainda criou um consulta pública para entender qual era a opinião das pessoas sobre o assunto, mas o órgão seguiu o que a comissão técnica já tinha decidido: que não iria colocar o produto no SUS.
Na época, a justificativa da Conitec era a de que já haviam opções de anticonvulsivantes no sistema público para tratar as doenças indicadas pelo produto e que os estudos apresentados eram insuficientes. Isso, sem contar no impacto elevado no orçamento.
Um ano antes, houve outro pedido para a incorporação da cannabis no SUS, mas de um remédio. Ele chegou ao Brasil com o nome de Mevatyl e é usado para tratar espasticidade moderada e grave em casos de Esclerose Múltipla. Mas o órgão também negou com as mesmas justificativas.
Mas o que é a Conitec e por que ela decide sobre isso?
Segundo o Ministério da Saúde, para que um remédio, produto ou procedimento seja incorporado no SUS, é necessário que seja avaliado pelo órgão, que atua sempre que demandada, e assessora a saúde pública nas decisões relacionadas à incorporação e/ou exclusão de tecnologias no SUS.
Ou seja, há um comitê do Ministério da Saúde que recomenda a incorporação de alguma tecnologia e a Conitec tem um prazo de 180 dias, (que pode ser prorrogado por mais 90 dias) para analisar se é viável ou não colocar aquilo no SUS.
O órgão analisa tanto questões técnicas e científicas quanto o custo que pode gerar no orçamento.
A comissão também faz uma consulta pública para receber sugestões sobre o assunto, que também são avaliadas pela Conitec. Consulta que pode virar até uma audiência pública. Tudo é levado em consideração na decisão final.
Sem novas recomendações
Por outro lado, desde 2021, nenhum outro produto ou remédio de cannabis foi recomendado, mesmo com 21 produtos já aprovados pela Anvisa até hoje, de acordo com o Ministério da Saúde.
O que pode influenciar na falta de novas recomendações está no fato de os produtos ainda não serem remédios. Em março de 2020, a Anvisa protocolou a resolução que permitiu a venda de derivados da cannabis nas farmácias, mas não haviam muitos remédios feitos da planta.
Fora o Mevatyl, os óleos de cannabis nas farmácias atualmente são considerados apenas produtos e têm um prazo de cinco anos para fazer pesquisas clínicas e transformá-los em medicamentos.
Há outros meios para colocar a cannabis no SUS?
Enquanto isso, o número de pacientes que utilizam a cannabis no Brasil só aumenta. De acordo com o último levantamento da Kaya Mind, cerca de 430 mil pessoas utilizam a planta como tratamento no país. Número que tem crescido ano a ano desde 2015.
Com o custo alto, vários pacientes têm recorrido à justiça para obter o tratamento por vias públicas. Só o estado de São Paulo, por exemplo, gastou mais de R$25 milhões com ações de judicialização.
Por causa disso, vários estados estão colocando a cannabis na rede pública através de projetos de leis. Até agora, 12 estados já sancionaram e outros 11 estudam a implementação.
Em nível nacional, há três projetos de leis que buscam a implementação de produtos no SUS. O primeiro foi a proposta 399, que tramita desde 2015. O objetivo é criar um marco legal para a cannabis, com direito a cultivo pela indústria e comercialização.
No final do ano passado, a senadora Mara Gabrilli (PSD/SP), também protocolou mais uma proposta. O projeto 5511 é bem parecido.
Há ainda o PL 89/23 que visa disponibilizar os produtos de cannabis de forma gratuita pelo SUS em todo o país.
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https://cannalize.com.br/medicamentos-sus-conitec/ Cannabis no SUS: Instituição paulista é responsável pela produção do canabidiolFundação para o Remédio Popular pretende trabalhar pelo canabidiol durante todo o ano de 2024, e prevê fornecê-lo depois de 2025
Com informações do portal Poder 360
No final de dezembro do ano passado, foi regulamentada a distribuição de cannabis pelo SUS (Sistema Único de Saúde) em São Paulo. A proposta havia sido sancionada em janeiro pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), mas ainda não tinha entrado em vigor.
Agora, o estado tem 45 dias para implementar a nova lei, disponibilizando produtos de cannabis para todas as unidades públicas e privadas conveniadas.
De acordo com a publicação, só serão disponibilizados medicamentos previamente acordados com a Resolução 327, aprovados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e orientados para determinadas condições de saúde.
Para atenuar os custos de distribuição, o Estado de São Paulo pretende produzir e fornecer estes medicamentos não apenas internamente, mas também a outros estados que já tenham aprovado leis neste sentido.
A instituição responsável pela organização desta distribuição é a FURP (Fundação para o Remédio Popular), encarregada de produzir o canabidiol a partir do fornecimento da matéria prima externa, já que ainda é proibido cultivar cannabis no Brasil.
O que é a FURP?
A Fundação para o Remédio Popular é um órgão vinculado à Secretaria de Saúde do Estado, que também cuida da rede de farmácias Dose Certa.
É, inclusive, o laboratório farmacêutico oficial do Governo do Estado de São Paulo e está em cargo da estratégia de políticas públicas de saúde, fornecendo medicamentos para equipamentos públicos como santas casas, secretarias municipais e entidades filantrópicas.
Os produtos fabricados na instituição atendem diversas classes farmacológicas, como: antibióticos, antirretrovirais, Anti-hipertensivos, diuréticos e dermatológicos, além de medicamentos para transplantados e para os tratamentos de diabetes e de saúde mental.
Conforme apurado pela jornalista Anita Krepp, em sua coluna no portal Poder 360, a FURP “topou o desafio de incluir em seu portfólio o medicamento à base de canabidiol por se tratar de um produto com alto potencial de demanda nos programas de assistência farmacêutica do SUS.”
Como a fabricação vai funcionar?
A primeira fase do processo de fabricação é a aquisição da matéria-prima dos medicamentos, conhecida como IFA, ou ingrediente farmacêutico. Para definir os fornecedores destes ingredientes, foi aberto um processo licitatório que está em curso desde dezembro do ano passado, numa disputa entre três empresas.
Após definido o fornecedor do IFA, segundo o Poder 360, a Fundação fica encarregada de desenvolver formulações, primeiro em escala laboratorial e depois em escala industrial, e testar sua estabilidade. Este processo deve se estender durante todo o ano de 2024.
A previsão para a chegada dos medicamentos às farmácias do SUS é de 36 meses, ou seja, em 2025, depois que a Anvisa aprove a solicitação de distribuição, emitida pela Secretaria de Saúde.
https://cannalize.com.br/cannabis-no-sus-furp-producao-do-canabidiol/ Proibido para menores: Crianças de até 2 anos não receberão CBD pelo SUS em SPA medida não é favorável ao grupo de trabalho que estuda a execução da lei, mas só foi aceita como uma forma de acelerar a implementação
A Secretaria de Saúde do estado de São Paulo estabeleceu que crianças de até dois anos não poderão receber o CBD (canabidiol) pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Regra que foi aceita pelo grupo que trabalha a implementação da nova lei.
A legislação sobre a distribuição pela rede pública foi aprovada em janeiro, mas até agora não entrou em vigor por impasse nas decisões de como essa distribuição será feita.
A nova regra tem como base os critérios da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), sobre o uso da cannabis. Mas só foi aceita pelos membros da comissão como uma forma de não atrasar mais a publicação da nova legislação.
Decisão que é questionada pelos membros do grupo, que podem recorrer no futuro. Principalmente porque já há evidências científicas do uso da cannabis para as condições aprovadas para o tratamento.
Legislação brasileira
No Brasil, a cannabis é aprovada apenas para fins medicinais e só pode ser comprada com receita.
Atualmente, ela pode ser adquirida através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes.
Caso precise de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas, além de auxiliar desde a achar um prescritor até o processo de importação do produto. Clique aqui.
https://cannalize.com.br/proibido-para-menores-criancas-de-ate-2-anos-nao-receberao-cbd-pelo-sus-em-sp/ Canabidiol, um aliado de respeito contra a epilepsiaDesde os primeiros estudos com a cannabis, nos anos 80, a epilepsia foi a primeira condição a responder positivamente a este tratamento.
A epilepsia é uma perigosa condição de saúde, que afeta cerca de 3 milhões de brasileiros, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde). A maioria dos pacientes são afetados na infância, nos primeiros 10 anos de vida, o que é mais preocupante.
Deste número, cerca de 700.000 pessoas têm epilepsia refratária, ou seja, resistente a medicamentos convencionais.
Este distúrbio é caracterizado por crises convulsivas imprevisíveis, causadas por recorrentes e desordenadas descargas neuronais.
Apesar de se popularizar há pouco tempo, a cannabis já era estudada no Brasil desde a década de 1980, e a epilepsia foi a primeira condição a responder positivamente a este tratamento.
Tal eficácia foi descoberta através dos estudos do químico orgânico Raphael Mechoulam, associado a uma equipe de cientistas brasileiros liderados pelo professor Elisaldo Carlini, da UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo).
Em um cenário duplo-cego, os pesquisadores testaram pacientes epiléticos e voluntários saudáveis, aplicando canabidiol ou placebo durante 135 dias, e submetendo os pacientes a exames clínicos e laboratoriais a cada 15 ou 30 dias.
No trabalho, o professor descobriu o potencial anticonvulsivante do CBD com resultados significativos. “Ficamos felizes em notar que, de fato, eles não tinham convulsões enquanto estavam tomando o canabidiol”, disse o próprio Mechoulam, em um documentário biográfico chamado “O Cientista”, lançado em 2015.
De lá pra cá, a regulação da cannabis medicinal no Brasil se deu a passos lentos, mas principalmente marcada pela luta de uma mãe que viu no canabidiol (CBD) a única alternativa para conter as crises epilépticas da sua filha.
Atualmente, 50 mil pacientes de epilepsia devem ser atendidos com canabidiol no país.
Evidências Científicas
Hoje, a cannabis medicinal é conhecida por ser uma das poucas opções que realmente ajudam a tratar a epilepsia refratária. Tanto para controlar as crises, quanto para acalmar o paciente e melhorar a sua qualidade do sono.
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Outra evidência científica é de 2019, num estudo feito por pesquisadores dos Estados Unidos, Holanda, Polônia e Reino Unido, que avaliou pacientes da Síndrome de Lennox-Gastaut, um tipo de epilepsia refratária que causa graves convulsões em crianças.
O estudo constatou que, após a intervenção terapêutica com cannabis, a melhora da condição geral de saúde foi relatada por 88% dos pacientes/cuidadores.
Cannabis no SUS
Tal condição e tratamento são tão familiares aos cientistas que já motivam legislações de saúde pública. É o caso da sanção da Lei Estadual nº 17.618, de 31/01/23, que institui a política estadual de fornecimento gratuito de medicamentos à base de CBD (canabidiol), em caráter excepcional, pelo SUS (Sistema Único de Saúde), em São Paulo.
Na ocasião, o próprio governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) compartilhou um testemunho: “Meu sobrinho ganhou qualidade de vida quando começou a usar o canabidiol. Isso me motivou a assinar a sanção”, contou. “Deus sabe a fortaleza e resiliência que os pais destas crianças devem ter para enfrentar este desafio.”
https://cannalize.com.br/canabidiol-um-aliado-de-respeito-contra-a-epilepsia/ Anvisa autoriza Ease Labs a produzir canabidiol no BrasilEase Labs fabricará o produto, que poderá ser comprado em farmácias e drogarias, por meio de receita especial e mediante prescrição médica
Com informações da Agência Brasil
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou nesta segunda-feira (28) a fabricação de mais um produto à base de cannabis em território nacional, desta vez pela empresa mineira Ease Labs Laboratório Farmacêutico.
Segundo a Agência Brasil, antes dessa liberação, outros 22 produtos derivados da cannabis foram autorizados pelo órgão. Destes, 13 são outras versões do canabidiol.
A concentração do produto deverá ser de 100mg/mL de canabidiol e, de acordo com as normas da Anvisa, o produto não deve conter mais que 0,2% de tetrahidrocanabinol (THC). Sua venda poderá ser feita em farmácias e drogarias, mediante prescrição médica, por meio de receita especial do tipo B, de cor azul.
A autorização está no site da agência e apresenta todas as informações do produto, como rótulo, embalagem e folheto informativo.
Há também um termo de consentimento, a ser preenchido e assinado pelo paciente, formalizando seu conhecimento dos possíveis efeitos adversos da utilização do canabidiol.
Leia também: Instituto Anandamida lança guia de prescrição de cannabis medicinal
A Ease Labs tem permissão para a fabricação de produtos à base de cannabis desde agosto de 2022 mas, com a proibição do cultivo da planta no Brasil, a farmacêutica precisa importar os insumos para a produção.
A matéria-prima que vem de fora não chega a ser a planta, mas uma espécie de cera, com uma concentração mais bruta, ou concentrada.
Dessa forma, são feitas em solo brasileiro a purificação do insumo e a fabricação do produto, no intuito de baratear a produção. Os preços de venda ainda não foram divulgados.
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https://cannalize.com.br/anvisa-permite-producao-de-canabidiol-em-territorio-nacional-por-laboratorio-mineiro/ CBD (Canabidiol): O que é, Efeitos, Benefícios e Consumo – Guia CompletoA Cannabis é uma planta que possui cerca de 500 compostos químicos, dos quais, pelo menos, 140 são canabinoides como o canabidiol. Mas por que se fala tanto no CBD?
Além do uso em cosméticos e em suplementos alimentares, o CBD (Canabidiol) ficou muito conhecido por auxiliar no tratamento de epilepsia, Parkinson, Dores Crônicas e outras doenças, agindo de forma terapêutica.
Durante o artigo, iremos entender para que serve o canabidiol, os efeitos causados pelo ativo, como e onde comprar o componente e possíveis benefícios medicinais.
O que é CBD (canabidiol)?
A planta cannabis divide-se em cannabis sativa, cannabis ruderalis e cannabis indica. Estas plantas contêm vários tipos de compostos químicos, como o componente, que é categorizado no grupo dos chamados canabinoides.
A molécula é um dos canabinoides mais conhecidos encontrado na cannabis. Ele chega a representar mais de 40% dos extratos da planta. Ele está mais presente na cannabis sativa, mais especificamente na subespécie chamada cânhamo.
Mas qual é a brisa da substância? Diferente do principal canabinoide psicoativo da maconha responsável pelo “barato”, o tetraidrocanabinol (THC), o canabidiol não produz euforia, mas é capaz de suavizar os efeitos alucinógenos do THC e manter a função terapêutica e medicinal.
Dessa forma, o CBD é uma substância que pode gerar efeitos anti-inflamatórios, analgésicos e muito mais. Por isso, têm ganhado um espaço bem significativo na mídia, debates, consultórios médicos e laboratórios.
Ele pode ser encontrado junto com outros canaboniodes e substâncias da planta, ou também sozinho.
Todos os tipos de canabidiol
Um extrato de CBD pode ser isolado, com outros canabinoides e até com outros componentes da planta. Um exemplo é o full-spectrum.
Full-Spectrum
Também conhecido como extrato da planta inteira, ele pode ser extraído da planta cannabis de forma natural, através da prensa quente, prensa fria, máquina de CO2, álcool cereal ou até através do butano.
Contudo, ele também contém tudo que há na planta, como terpenos e flavonoides e ácidos, tudo o que tem valor terapêutico próprio e ajuda a criar o que conhecemos como efeito entourage.
Quando extraído de forma natural, o canabidiol ainda mantém traços de THC, que pode variar dependendo da plantação e termos legais de cada região.
Um fator que não muda é que é impossível isolar de forma natural o CBD do THC. Mas é exatamente esse fator que proporciona ações conjuntas, que por muitas vezes, os tornam mais eficazes que separados.
CBD Broad Spectrum
O broad-spectrum é praticamente igual ao Full-spectrum, a única diferença é que o THC é removido.
Normalmente os extratos de broad-spectrum são fabricados de maneira semelhante ao full-spectrum, mas com uma etapa adicional. Existem alguns processos diferentes que são usados para produzir o broad-spectrum.
Um deles é começar com o isolado e depois ir adicionando outros canabinoides benéficos (menos o THC), terpenos e flavonoides.
Outro jeito de produzi-lo é através de um processo exclusivo que de remove o THC do full-spectrum. Ao Remover quantidades do canabinoide (como os 0.3% permitidos), restará um produto que pode ser usado sem medo por qualquer pessoa sem ter efeitos intoxicantes em seu sistema.
Canabidiol Isolado
O CBD isolado é 99% puro. Durante o seu processo de extração, tudo que é encontrado na planta cannabis deve ser removido incluindo quaisquer vestígios de THC, terpenos, ceras, óleos, clorofila e todos os outros. O que deve sobrar é o composto puro e nada mais.
No entanto, esse processo só é possível em laboratório.
Um famoso estudo publicado na Frontiers avaliou o tratamento em pacientes que utilizam o full spectrum e o isolado .
Para os pacientes que utilizaram o óleo de Cannabis puro (full spectrum), a dose relatada para lidar com o tratamento é 4 vezes menor ao puro.
Ou seja, o extrato da planta inteira tem o mesmo efeito do CBD puro, mas requer doses muito menores para exercer estes efeitos, o que acaba também diminuindo os possíveis efeitos colaterais.
Canabinoide Sintético
Os canabinoides sintéticos são produtos químicos feitos pelo homem, que são borrifados em matéria vegetal seca e picada, para em seguida serem, fumadas ou vendidas como líquidos.
O composto sintetizado é um desafio para os pesquisadores e entusiastas. Até o momento, todos os testes feitos com o canabidiol artificial manipulado em laboratório passou longe de atingir os mesmos resultados do CBD full spectrum num mesmo intervalo de tempo.
Também conhecidos como incenso de ervas ou líquido, esses produtos químicos são chamados de canabinoides porque são semelhantes aos produtos encontrados na planta.
Há até um medicamento feito com canabinoide sintético no mercado, o Dronabinol. Também conhecido como Marinol, trata-se de uma versão sintética do tetraidrocanabinol feito em laboratório para substituir o canabinoide natural encontrado na planta cannabis.
Para que serve?
O componente, seja da forma mais tradicional em gotas ou não, pode auxiliar e muito no tratamento de diversas doenças. Ele age de forma sincrônica com receptores do nosso organismos e dessa forma, pode agir no combate a dor e inflamações, nos problemas de saúde mental e neurológicos.
Também podemos associar o uso do canabidiol na função de contrapor alguns efeitos do THC. O composto, quando extraído de forma natural, contém traços de THC, e isso é extremamente importante para o uso do medicamento, já que a combinação desses canabinoides potencializam seus próprios efeitos terapêuticos.
Por isso, têm função complementar e potencializadora quando age juntamente com outros ativos da Cannabis.
Quais são os efeitos no corpo humano?
O CBD é um canabinoide da planta Cannabis que se parece muito com endocanabinoides produzidos pelo corpo naturalmente. E é exatamente nesse sistema interno que os canabinoides interagem com o organismo.
Existem algumas considerações sobre o fato de algumas doenças e sintomas ruins afetarem o Sistema Endocanabinoide.
Dessa forma, quando canabinoides interagem com receptores do nosso corpo, produzem efeitos capazes de suavizar dores e gerar sensações de auxílio no tratamento de doenças.
O THC é uma das substâncias que possuem afinidade com os receptores CB1 e CB2 e os ativa. Por exemplo, o efeito de “barato” acontece por causa da ativação do CB1 pelo THC.
Já o Canabidiol possui pouca afinidade com os receptores canabinoides do cérebro, mas é um antagonista deles.
Isso quer dizer que, quando ele se liga aos receptores, ocupa o espaço sem ativá-los, reduzindo efeitos do THC e podendo agir de forma terapêutica contra dores, distúrbios mentais e inflamações.
Qual a sua interação com o Sistema Endocanabinoide?
A molécula interage com o corpo através do Sistema Endocanabinoide,um sistema sinalizador que é responsável por regular uma variedade de funções.
O sistema endocanabinoide é constituído por dois receptores canabinoides: tipo 1 (CB1) e tipo 2 (CB2).
O sistema conta com alguns receptores espalhados por todo o organismo e que está envolvido em alguns processos fisiológicos, como o controle de:
- Dores;
- Apetite;
- Humor;
- Memória;
- Resposta imunológica;
- Sono.
A composição química do canabinoide é semelhante ao endocanabinoide produzido naturalmente em nosso corpo.
É através do nosso sistema que recebemos os efeitos das substâncias, tanto os terapêuticos, quanto os psicoativos.
Portanto, é através dos canabinoides endógenos que estão relacionados com ações anti-inflamatória e inibitória das convulsões epiléticas. São eles:
- anandamida (N-araquidonoitenolamina)
- 2-araquidonoiglicerol.
Estes endocanabinoides ligam-se e ativam os receptores CB1 e CB2. Eles funcionam com uma defesa natural do organismo, regulando nosso organismo e sendo produzidos pelo próprio organismo de forma natural.
Receptores Canabinoides
Os receptores canabinoides CB1 são interligados junto à proteína G, uma das mais abundantes no cérebro.
Estes receptores estão acoplados nas pré-sinapses do sistema nervoso central e periférico. São responsáveis por sensações de bem-estar, memória, concentração, percepção sensorial e temporal e pela coordenação de movimentos.
Os recetores canabinoides CB2 estão nas células imunitárias e nos tecidos periféricos.
Os CB2 estão relacionados com ações anti-inflamatória e imunossupressora e são responsáveis por direcionar a libertação de vários neurotransmissores.
Os canabinoides produzidos internamente e o canabinoides dos quais podemos fazer uso são capazes de se ligarem aos receptores do nosso corpo.
Quando os ativos se ligam aos receptores, esses canabinoides são capazes de produzir uma vasta gama de efeitos fisiológicos, podendo afetar desde pressão do sangue até resposta à dor, memória e apetite.
CBD x THC: quais são as diferenças?
- O canabidiol não é psicoativo
Por ter uma afinidade baixa com nossos receptores CB1 e CB2, o componente não apresenta comportamento psicoativo.
Ele não provoca efeitos alucinógenos e ainda carrega potencial em reduzir o efeito psicoativo do THC. Além disso, o compsto não vicia.
- O THC é psicoativo
O THC é o canabinoide mais conhecido quando se pensa em consumo recreativo de maconha. Ele é responsável pelo efeito alucinógeno causado ao consumir a maconha.
Este efeito acontece quando associamos o uso da maconha ativando através do THC os receptores CB1 do nosso corpo..
- O CBD é encontrado de forma abundante na planta de Cânhamo
A composição do cânhamo têm como canabinoide predominante o composto, tornando-se fonte ideal do canabidiol.
Por definição, a concentração de THC no cânhamo não passa de 0,3%.
- O THC é encontrado de forma abundante na planta Cannabis
O THC é abundante na maconha, enquanto o cânhamo tem muito mais CBD do que THC.
A maconha é geralmente cultivada com o objetivo de maximizar sua concentração de THC. Ela é manipulada com o objetivo específico de aumentar a concentração de THC e produzir efeitos psicoativos mais fortes.
A concentração de THC na maconha apresenta o mínimo de 3%, porém a média hoje é cerca de 12% de THC.
Outras considerações
Além disso, podemos considerar que a ação dos componentes nos endocanabinoides são distintas.
Na prática, o receptor CB1 é encontrado principalmente nos neurônios e células gliais em várias partes do cérebro. Já o receptor CB2, é encontrado principalmente no sistema imune.
Enquanto os efeitos eufóricos do THC são causados pela sua ativação dos receptores CB1, o CBD tem uma afinidade muito baixa com esses receptores (até 100 vezes menos que o THC) e quando se liga a eles produz pouco ou nenhum efeito.
Existem algumas evidências de que o canabidiol age em outros sistemas de sinalização cerebral, e que isso pode ser fator relevante para seus efeitos terapêuticos.
Efeito Entourage
Dentre os componentes químicos presentes na Cannabis, conhecemos alguns grupos , tais como os:
- Canabinoides: como por exemplo o THC e canabidiol;
- Terpenos: responsáveis pelo cheiro característico da planta;
- Flavonoides, responsáveis pelo sabor característico e coloração.
É exatamente a combinação desses componentes agindo no corpo humano que produz um efeito conhecido como efeito entourage.
Também conhecido como efeito comitiva, é um termo original de um pesquisador Israelense chamado Simmom Ben-Shabat. Ele traduz um fenômeno que ocorre no sistema endocanabinoide, a ação de diferentes “ligantes” em conjunto.
O termo é de origem francesa, e em português poderia ser traduzido como “comitiva”.
O efeito que acontece quando existe o consumo dos químicos em conjunto, como uma comitiva, é muito mais eficaz do que se isolarmos um ou dois desses ativos e usarmos numa fórmula. É o famoso “juntos somos mais fortes”.
O termo “efeito entourage” foi usado para descrever uma interação positiva que ocorre na fisiologia do organismo entre o endocanabinoide “2-AG” e derivados dessa molécula.
Essa interação pode potencializar os efeitos do endocanabinoide 2-AG em seu receptor, aumentando os efeitos sedativos e analgésicos..
É por isso que os pacientes costumam preferir consumir a forma natural da cannabis para uso terapêutico.
Quais os benefícios do canabidiol
1.Efeito neuroprotetor do CBD (anticonvulsivantes)
A molécula ganhou relevância nos estudos médicos e discussões na mídia e laboratórios por sua eficácia na redução de convulsões causadas por epilepsia refratária.
O compsto é estudado como um potencial neuroprotetor, protegendo células nervosas de se funcionarem fora do ritmo adequado.
O processo de “exercício” dessas células deve ocorrer naturalmente e de forma moderada, mas é exatamente esse exercício celular em excesso que ocorre na epilepsia, causando os espasmos e convulsões.
Um estudo publicado no New England Journal of Medicine descobriu que fazer a ingestão de canabidiol cortava drasticamente a frequência de convulsões na maioria dos pacientes
O THC também possuem efeito neuroprotetor e esse fator é crucial no tratamento da epilepsia, já que quando utilizado em conjunto com o componente em sua forma natural produz o efeito entourage que falamos a pouco e aumenta a eficácia do tratamento.
Todos esses efeitos causados pelo composto também podem auxiliar da mesma forma no tratamento de doenças como o Alzheimer, AVC, Parkinson e Esclerose múltipla.
2.Efeito anti-inflamatório
O CBD tem propriedades anti-inflamatórias, demonstrando potencial para o tratamento de diversas doenças inflamatórias.
Um artigo publicado pelo colunista Graham Averill na revista “Outside” tem como título “ Why athletes are ditching ibuprofen for CBD”, ou seja, “Por que os atletas estão trocando o anti-inflamatótio ibuprofeno pela cannabis”.
Neste artigo, Graham relata experiências de muitos ciclistas e triatletas que têm optado pelo uso do componente ao invés do anti-inflamatório para o tratamento de dores musculares.
Esse efeito foi observado tanto com o compsto isolado como em sua forma totalmente natural. Porém, quando foi comparado a eficácia entre as duas formas, concluiu-se que a cepa de cannabis rica em canabidiol é um anti-inflamatório superior ao isolado.
A inflamação crônica é um ponto comum entre muitas doenças, como câncer, diabetes, doenças autoimunes, problemas digestivos e problemas hormonais. Como um anti-inflamatório natural, o componente pode ajudar a aliviar e combater a inflamação crônica.
3.Efeito analgésico
Aqui temos um fator curioso. O THC é o canabidiol famoso por gerar o efeito analgésico e o CBD, quando de forma isolada, não capaz de possuir efeitos analgésicos.
Porém, quando utilizado em conjunto com o THC, o componente é capaz de potencializar os efeitos do THC no combate a dor.
O canabidiol e o THC em conjunto são mais eficazes do que o THC isolado no tratamento da dor. Aqui voltamos a ver evidências do efeito entourage.
Na prática, os ativos aumentam a capacidade do usuário em tolerar a dor, servindo de grande valia inclusive para pessoas que precisam passar pela quimioterapia, diagnosticados com fibromialgia, entre outros tratamentos.
4.Efeito anti-psicótico do CBD
A maconha é famosa por produzir efeitos psicóticos. Além disso, sabemos que a maconha é totalmente contraindicada para pessoas que têm predisposição à Síndrome do Pânico, distúrbios mentais e risco de psicose.
Isso ocorre porque a maconha possui um canabinoide chamado THC, responsável por causar esses efeitos alucinógenos.
Quando olhamos de forma isolada, a substância não produz efeitos alucinógenos e psicoativos.
Esses efeitos alucinógenos são causados pelo THC, enquanto o canabidiol pode até reduzir esses efeitos. Por isso, já existem casos de pacientes com sintomas psicóticos sendo tratados com cannabis.
Por isso, é imprescindível a prescrição de um médico que irá dosar os traços de THC e o uso do composto da forma correta. Dessa forma, estimula-se o efeito entourage e controla-se o consumo do THC.
5.Efeito anti-tumoral
Existem estudos que demonstram a eficácia do CBD em produzir efeitos de redução de tumores, diminuição do crescimento tumoral e inibição da metástase em animais e células.
Em países onde a cannabis é mais abrangente, os canabinoides já são usados para tratamentos para dor, náusea e aumento do apetite em pacientes com câncer e em tratamento de quimioterapia.
As terapias com o composto podem complementar o tratamento do câncer. O canabidiol pode ajudar as pessoas com câncer por estimular o apetite, aliviar a dor e aliviar náuseas.
Esses efeitos podem ocorrer devido aos efeitos antioxidante e anti-inflamatório.
Porém, estudos realizados tanto com THC como CBD mostram resultados divergentes. Há pesquisas que apontam os canabinoides como supressores dos tumores, outros apontam que a ação anti-inflamatória bloqueia o sistema de resposta do corpo ao câncer.
Dessa forma, o mais correto seria aguardar por novas evidências científicas e consultar um médico ao considerar usar o composto no tratamento de doenças tumorais.
6.Efeito ansiolítico do CBD
Respostas corporais, como a frequência cardíaca, que indicam estresse e ansiedade, podem ser reduzidos com o uso do canabidiol de forma terapêutica.
Por isso, em alguns ensaios clínicos, o componente reduziu a ansiedade em pacientes com ansiedade social. Esses efeitos parecem ser mediados por alterações na sinalização do receptor 1A de serotonina.
Existe um estudo bem completo sobre a relação entre a molécula e ansiedade. Nele, foram analisados pessoas que têm medo de falar em público, e que se sentiam menos ansiosas e desconfortáveis sobre a fobia depois de tomar cannabis.
Quem pode usar o Canabidiol?
Trata-se de um tratamento natural com poucos efeitos colaterais. Segundo o cirurgião Rafael Pessoa, não há contra indicações ao CBD em específico.
Contudo, o THC é outra história. Pessoas ansiosas ou com hipertensão, por exemplo, precisam ter atenção na hora de utilizar o Tetrahidrocanabinol.
Na dúvida, é melhor buscar a orientação de um médico antes de usar.
O CBD é extraído do cânhamo ou da cannabis?
É importante entender a diferença entre o cânhamo e maconha. As duas são plantas do mesmo gênero, a planta cannabis Sativa. Logo, a substância por ser extraída tanto da Cannabis, quanto do Cânhamo.
O cânhamo é cultivado por suas sementes, fibras e caule. O cultivo da planta garante que a planta não terá galhos e também quase não há flores. Isso ocorre porque o foco do crescimento é apenas o tronco para obtenção de fibras.
A maconha é cultivada principalmente para a produção de THC, ativo mais famoso da Cannabis por causa de suas propriedades alucinógenas.
A maconha contém altos níveis de THC e o cânhamo praticamente não apresenta THC em sua composição (no máximo, 0,3%).
Em contrapartida, o Cânhamo contém alto teor de canabidiol, fazendo com que tenha a partir dela a extração para o uso da cannabis de forma medicinal
Para ser um produto legalizado, o CBD precisa vir de uma fonte com menos de 0,3% de THC, segundo a orientação internacional da UNODC (Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime).
Como consumir?
O composto é comumente encontrado na forma de óleo com conta gotas ou como líquido para ser usado em dispositivos vaporizadores. É desta forma que os pacientes costumam usar de forma medicinal.
Porém, ele também pode ser encontrado em sprays, suplementos, cápsulas, tinturas, cosméticos, cremes, alimentos e muitos outros para variados fins.
1. Óleo de CBD: As gotas do óleo devem ser aplicadas embaixo da língua para uma rápida absorção na dose recomendada pelo médico. Este é o método mais prático;
2. Vaporizador: Através do vaporizador, o calor ajuda a ativar os canabinoides, que ao ser inalado, rapidamente atinge a corrente sanguínea. Esta forma não prejudica o pulmão;
3. Comprimido: Existe a possibilidade de transformar em comprimido ou cápsulas em laboratório. Sendo assim, para esses casos, o consumo é feito igual como o de qualquer outro remédio e os seus efeitos são um pouco mais lentos;
4. Fumo: Esse é o método mais rápido em seus efeitos pois a substância vai direto para a corrente sanguínea através dos pulmões. Algumas pesquisas apontam que a maneira ideal de usar é fumando um cigarro feito com misturas de componentes da Cannabis dosados em laboratório, evitando o THC. O problema é a queima de materiais e a inalação da fumaça que acaba sendo prejudicial à saúde pulmonar.
O uso do canabidiol é permitido no Brasil?
Sim, pode tomar CBD no Brasil. Porém, o componente é classificado como um produto de uso controlado, ou seja, a autorização da importação do medicamento está condicionada a uma prescrição médica.
O cultivo da planta Cannabis sativa é considerado ilegal no Brasil. Contudo, o uso medicinal é permitido através das resoluções que permitem a importação e a compra nas farmácias.
Algumas ONGs são autorizadas a produzir o óleo de cannabis no Brasil. Isso deixa o produto mais barato e acessível, mas ainda é bem limitado e burocrático.
Como e onde comprar o CBD no Brasil
Existem quatro formas de conseguir cannabis no Brasil de forma legal:
1. Importação Excepcional
Apenas pessoas com laudos e receitas médicas podem comprar o medicamento. O paciente precisa solicitar a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) uma autorização excepcional através de um formulário.
A ANVISA disponibiliza uma área em seu site exclusiva para importação do CBD, com um cadastro para pessoas físicas. O cadastro exige diversos documentos e informações, como:
-
Receita médica;
-
Laudo médico;
-
Declaração de responsabilidade.
Depois que o cadastro é aprovado, a importação pode ser realizada importando a quantidade total de uma vez só ou fracionado.
A importação pode ser feita por remessa expressa, registro do licenciamento de Importação ou por bagagem acompanhada. Para todos os casos, é sempre necessário apresentar a receita médica e a autorização da ANVISA.
Essa autorização de importação dura um ano e pode ser renovada sempre que necessário.
No Brasil, também já existem ONG’s (organizações não governamentais) que conseguiram na justiça o direito de produção de medicamentos a base de canabidiol e também a venda do óleo.
2. Programa de Acessos
Existem programas de acesso que tornam o componente disponível para o paciente antes de sua autorização e lançamento comercial no país.
Em alguns casos, também existem programas destinados a conectar pessoas necessitadas sem condições de obter o medicamento com empresas capazes de doar e patrocinar o medicamento para o paciente necessitado.
Alguns opções via programas de acesso:
- a) Acesso Compassivo;
- b) Acesso Named Patient;
- c) Acesso expandido.
3. Compra de medicamentos registrados
A terceira forma de conseguir comprar cannabis medicinal no Brasil é através de medicamentos registrados.
Existem dois medicamentos registrados e legalizados no Brasil. São eles:
- Mevatyl: o medicamento é um spray de uso oral composto por THC e CBD. Indicado para tratar os sintomas de pacientes adultos que apresentam espasmos de moderados a graves, por causa da esclerose múltipla, o mevatyl é o primeiro medicamento a base da cannabis liberado para o comércio em farmácias no Brasil.
- Epidiolex: o medicamento é uma formulação farmacêutica prescrita da substância derivada de plantas de maconha altamente purificada para o tratamento de convulsões associadas à síndrome de Lennox-Gastaut ou à síndrome de Dravet.
4. Farmácias
No final de 2019 a Anvisa aprovou uma resolução que permitiu a venda de produtos à base de cannabis nas drogarias. A RDC 327 autorizou a compra de produtos derivados da planta apenas com receita médica.
Contudo, para vender, as empresas também precisam de uma autorização da agência. Até agora, quase vinte produtos foram aprovados, e a expectativa é que esse número aumente.
Quanto custa o canabidiol?
O preço varia de R$200,00 a R$3.000,00. Tudo vai depender da concentração do óleo e da condição tratada.
Se for importado, é necessário considerar também o valor do frete, que não custa menos de R$100,00
Contraindicações do CBD
Não é recomendado consumir como terapia médica sem a aprovação de um médico, já que o canabinoide pode gerar:
- Queda de pressão;
- Tontura;
- Sonolência;
- Boca seca;
- Inibição do metabolismo.
Por isso, é necessário seguir orientações médicas de dosagem exata para fazer uso do medicamento. Se ainda tiver dúvidas, clique aqui.
Além disso, os remédios são de forma geral contraindicados para:
- Pessoas com hipersensibilidade a canabinoides ou a qualquer um dos excipientes da formulação do medicamento;
- Com qualquer histórico pessoal ou familiar de esquizofrenia ou de outra doença psicótica; histórico de transtorno de personalidade grave ou outros transtornos psiquiátricos graves;
- Mulheres grávidas sem orientação médica.
Conclusão
O Canabidiol é uma substância que não reproduz os efeitos colaterais da maconha (sua planta de origem de extração).
Estudos sugerem que o CBD pode ajudar pacientes de diversas doenças através da sua potencial ação terapêutica e efeito entourage quando combinado com traços de THC e produzir efeitos analgésicos, anti-inflamatórios, e auxiliar no tratamento de doenças como fibromialgia e epilepsia refratária, reduzindo os episódios de convulsão.
Com a prescrição de qualquer médico, já é possível usar o canabidiol e o THC desde março de 2016. O número de pacientes cadastrados para importação de canabidiol triplicou de lá pra cá.
Porém, apesar de conseguirmos consumir de forma medicinal no Brasil, pudemos ver durante o artigo que os processos e legislação para seu uso é muito burocrático.
Consulte um profissional
É importante ressaltar que qualquer produto feito com a cannabis precisa ser prescrito por um profissional de saúde habilitado, que poderá te orientar de forma específica e indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.
Caso precise de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas, além de auxiliar na marcação de uma consulta, dar suporte na compra do produto até no acompanhamento do tratamento. Clique aqui.