A prática de exercícios físicos é fundamental para nosso bem estar, saúde mental e fisiológica. Além de fortalecer o tônus muscular, também ajuda os nossos sistemas cardiovascular e respiratório.
Ao realizarmos atividade física com regularidade, garantimos o aumento da oxigenação do cérebro fazendo com que fiquemos mais alertas. Esse fator, aliado a outras mudanças no corpo, ajuda a evitar graves doenças neurológicas.
Quem se exercita fica mais longe de desenvolver Parkinson, Alzheimer e acidente vascular cerebral (AVC), por exemplo.
O uso da cannabis por esportistas tem crescido a cada dia. Isso porque o CBD (canabidiol) contribui para o bom rendimento físico, colabora no tratamento de lesões e para a recuperação muscular, a concentração, redução das dores e inflamações musculares causadas durante os treinos.
Além de controlar a ansiedade e melhorar a qualidade do sono.
Já percebemos que não é por acaso que os atletas estão entre os principais adeptos da cannabis medicinal. Alguns esportes, inclusive, já normalizaram o uso da cannabis.
A NFL, por exemplo, investiu cerca de um milhão de dólares para a pesquisa do canabidiol e a dor. Eles buscam soluções para que o tratamento de lesões seja mais eficaz.
Uma curiosidade bem interessante é que tivemos os primeiros Jogos Olímpicos e Paralímpicos em que o CBD foi permitido após a sua proibição em 2004 pela Agência Mundial Antidopagem (WADA).
Alguns atletas renomados dentro das modalidades esportivas são adeptos ao canabidiol, como Pedro Barros do skate, o maratonista Daniel Chaves, o ciclista de BMX Cauan Madona e a jogadora de futebol Megan Rapinoe.
Sim e não… Estes atletas, que participam de campeonatos oficiais e precisam fazer o exame antidoping, não podem utilizar produtos que contenham traços de THC (Tetrahidrocanabinol), ou seja, só podem consumir produtos isolados à base de CBD.
Já a maioria dos outros pacientes consome produtos de espectro amplo ou completo, que contém traços ou até concentrações mais elevadas de THC.
Contudo, algumas pessoas podem utilizar exatamente os mesmos produtos que estes atletas, caso tenham indicação de uso do CBD isolado (ou contraindicação ao uso de THC), como a maioria dos pacientes pediátricos, por exemplo.
Outra diferença é o uso de produtos na apresentação para aplicação tópica. Muitas vezes, o atleta segue em um tratamento combinado com o consumo do produto por via oral/sublingual e também uma pomada/balm de uso local para intensificar a ação do CBD em regiões de articulação ou músculo, como joelhos e panturrilhas.
Converse com seu médico. Exponha suas dúvidas e seu desejo de fazer um tratamento combinado, considerando que um produto tende a potencializar o efeito do outro!
Sendo ou não já adepto da terapia canabinoide, praticando ou não esportes de forma profissional, comente sobre seu interesse com o seu médico de referência e continue acompanhando nossa coluna para aproveitar ainda mais as dicas de cuidado ao paciente.
Participação especial neste artigo: Daniel Alves Fixa, enfermeiro navegador da equipe de Cuidado Coordenado da Cannect.
Marcella Tardeli
Enfermeira e Mestre pela Universidade Federal de São Paulo. Especialista em Enfermagem em Oncologia pela Fundação Antônio Prudente. Pós-Graduação em Cuidados Paliativos e Psico-sócio-oncologia pelo Instituto Pallium Latinoamerica - Universidad del Salvador (Argentina). Aromaterapeuta pelo Instituto Harmonie. Founder da Ophicina de Cuidados Paliativos. Uma das organizadoras do livro "Cuidados Paliativos: diretrizes para melhores práticas." Gerente de Cuidado Coordenado na Cannect.
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