Redes Sociais x Cannabis

Redes Sociais x Cannabis

Sobre as colunas

As colunas publicadas na Cannalize não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem o propósito de estimular o debate sobre cannabis no Brasil e no mundo e de refletir sobre diversos pontos de vista sobre o tema.​

Os desafios enfrentados pela indústria da cannabis em aplicativos de mídia social, incluindo o Instagram e o Facebook, estão cada vez mais difíceis. 

Tornou-se cada vez mais comum ver páginas de marcas da indústria de cannabis com grande número de seguidores sendo desativadas por violarem as diretrizes da comunidade. 

Por causa das normas rígidas sobre “drogas ilegais” e a maconha nessa categoria, os conteúdos têm sido banidos inclusive em países onde o processo de legalização já está bem avançado, como Estados Unidos e Holanda. 

A Meta, empresa proprietária do Instagram e do Facebook, reprime duramente a cannabis.

O que pode ser feito? 

Concorrência 

Há anos, pessoas da indústria legal de cannabis especulam que empresas concorrentes usam o recurso de “denunciar” umas contra outras. 

As marcas e influenciadores do meio estão realmente se armando uns aos outros nas redes sociais? 

“100% sim”, diz Tammy Pettigrew, educadora e dona de negócios no cenário da cannabis, que conta com muitos seguidores nas redes sociais com a conta The Cannabis Cutie. 

“Eu, definitivamente, acho que os concorrentes estão usando isso como uma ferramenta para derrubar a concorrência. Minha conta foi desativada cinco vezes. Todos os posts que eu tive que tirar, haviam sido denunciados como “discurso de ódio e bullyng”. 

Pettigrew oferece dicas sobre como diversificar as publicações para conseguir “driblar” as proibições que as marcas de cannabis sofrem pela Meta. 

Solução

O fundador da Cookies Berner, marca do rapper Berner, e a empresa de tecnologia de cannabis Weedmaps inventaram uma solução: um aplicativo de mídia social totalmente novo dedicado à comunidade de cannabis. 

“Como líder no espaço de tecnologia da cannabis, fomos escolhidos por Berner para ser parceiro de sua nova plataforma de mídia Social Club, amigável à cannabis”, diz Chris Beals, CEO da Weedmaps. 

O CEO comenta que o objetivo do aplicativo Social Club é criar uma comunidade especificamente para consumidores, produtores e empresas. 

Beals acredita que o aplicativo, que está disponível para maiores de 21 anos, e programado para ser lançado no segundo trimestre deste ano, “mostra a evolução contínua da cannabis e do comércio eletrônico se unindo”. 

Petição

A empresa de Arend Richard, WeedTube, foi fundada como um espaço seguro para conteúdo de cannabis na tentativa de encontrar uma solução para esse movimento crescente de regulamentações rígidas em plataformas digitais. 

Richard lançou recentemente uma petição para o Instagram facilitar seus regulamentos sobre a indústria de cannabis. A petição no Change.org acumula, até o momento, mais de mil assinaturas. 

“O objetivo desta petição é fazer com que o Instagram realmente entre na discussão, para que haja um diálogo aberto sobre a melhor forma de avançar com a indústria legal de cannabis” diz Richard. 

A meta, em números, é atingir um milhão de assinaturas. 

Tags:

Artigos relacionados

Relacionadas