Doar sangue é um ato muito importante e que pode salvar vidas. O processo dura menos de uma hora e a bolsa de sangue pode ajudar até quatro pessoas.
Contudo, se fazer a doação é seu desejo, é importante se atentar a algumas regras. Se você já se perguntou se é possível doar sangue durante um tratamento com cannabis, este texto responderá essa dúvida.
Antes da doação, os pacientes deverão fornecer informações precisas e detalhadas sobre seu uso de cannabis medicinal. O mesmo vale caso os doadores façam o uso adulto (recreativo da planta).
É importante saber que compostos ativos da cannabis podem afetar o estado físico e mental, e essas substâncias ficam no sangue.
Caso seu tratamento inclua produtos com THC (tetrahidrocanabinol), é recomendado aguardar 12 horas antes de doar sangue. No entanto, as restrições para outras substâncias, como o CBD (canabidiol) ou CBN (canabinol) costumam ser menores.
O THC é a substância mais psicoativa da cannabis, responsável por alterar os sentidos se usada em altas quantidades. Porém, também possui propriedades que podem beneficiar o organismo, influenciando o humor, o sono e o apetite.
Assim, muitos pacientes de cannabis medicinal utilizam o componente em doses controladas por profissionais de saúde.
Resumindo: caberá aos profissionais entender se os efeitos do tratamento poderão se relacionar com a doação de sangue, bem como os potenciais riscos às pessoas que receberem as bolsas.
Segundo o Governo Federal, existem algumas regras para segurança dos doadores e também das pessoas que receberão o conteúdo:
Cabe ressaltar que essas regras são básicas para todos os indivíduos. Antes da doação, os candidatos serão avaliados por um profissional que fará diversas perguntas sobre seu estado de saúde.
No Brasil, 14 em cada 1000 habitantes doam sangue regularmente, de acordo com dados do SUS (Sistema Único de Saúde).
Isso corresponde a uma taxa de 1,4% de doadores, que está dentro da recomendação da OMS (Organização Mundial da Saúde), que é de 1% a 3%. Por outro lado, é sempre importante que este número cresça devido à indisponibilidade de alguns tipos sanguíneos em certos momentos do ano.
Embora o percentual esteja dentro dos parâmetros, a estratégia do Ministério da Saúde é aumentar este índice. A idade mínima foi reduzida de 18 para 16 anos, e a máxima aumentou de 67 para 69 anos.
De acordo com uma matéria publicada pela Cannalize, uma startup da República Tcheca está estudando uma forma de substituir o plasma sanguíneo por um substituto de cânhamo (subespécie da cannabis com baixa psicoatividade).
A intenção é auxiliar em situações traumáticas de muita perda de sangue, como cirurgias ou acidentes. Segundo os pesquisadores, isso poderia acontecer porque uma das proteínas do cânhamo é muito parecida com a albumina, uma das principais proteínas presentes no plasma sanguíneo. Isso poderia apoiar as funções regenerativas do corpo humano.
O plasma canábico tem resistência à contaminação por doenças bacterianas, HIV e o vírus da hepatite. Também pode ser administrado a pacientes que, por razões religiosas ou éticas, rejeitam o plasma doado.
A cannabis medicinal é permitida no Brasil desde 2015 com apresentação da prescrição (receitada por um médico ou cirurgião-dentista). Na Cannect, você poderá encontrar especialistas em diversas áreas que poderão guiar o sucesso do seu tratamento.
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