Depois de começar o tratamento com a cannabis medicinal, Natália não toma mais analgésicos e nem ansiolíticos
‘A caixa de remédios continua fechada’, diz paciente com dores crônicas
Natália Azeredo, de 40 anos, precisou conviver durante muito tempo com dores por todo o corpo. Além do diagnóstico de fibromialgia, também teve problemas graves na coluna que resultaram em quatro cirurgias.
Na tentativa de aliviar as dores, experimentou os mais variados tratamentos que se possa imaginar. Chás, pomadas, comprimidos, massagens, tudo o que pudesse de alguma forma ajudar a diminuir o desconforto, mas sem sucesso.
A cannabis foi indicada por uma amiga que também sofria com dores crônicas. Natália conta que não pensou duas vezes e resolveu tentar também. “A verdade é que a indústria farmacêutica é a medicina alternativa. A medicina primitiva já trazia soluções para problemas lá no passado”, ressalta.
De 12 remédios que utilizava, hoje só utiliza a cannabis medicinal.
Ao passar com a médica indicada pela amiga, Natália Azeredo passou a utilizar a cannabis junto aos remédios que usava. O óleo é da associação AbraRio, fundada pela ativista Marilene Oliveira. Já contamos a história dela aqui.
De acordo com a mulher, só precisou de uma semana fazendo o novo tratamento para decidir que não usaria os medicamentos para dormir.
“Já tinha meses que eu não sabia o que era dormir mais do que duas horas, três horas por noite, mesmo tomando remédios. Mas a dor não me deixava dormir.”, acrescenta. Mas na primeira semana com o canabidiol eu já estava dormindo”, relata.
‘A caixa de remédios continua fechada’, diz paciente com dores crônicas
Conviver com dores é também conviver com outros problemas, como a ansiedade.
Atualmente, 37% dos brasileiros convivem diariamente com algum tipo de dor. De acordo com um levantamento do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP, a dor crônica também pode estar relacionada a problemas de saúde mental, como ansiedade, depressão e até bipolaridade.
Pelo menos quatro em cada dez pessoas com algum tipo de dor crônica, têm a saúde mental abalada. Infelizmente, Natália não ficou fora da estatística. “Eu tomava dosagens do mais alto nível que você possa imaginar de ansiolítico”, acrescenta.
Apesar de não recomendado, Natália também parou de fazer o uso das medicações por conta própria. Já não sentia a necessidade de tomar remédios que a deixavam dopada e sem disposição.
Mas no caso de Natália, a falta de sono e os problemas de saúde mental, eram causados principalmente pelas dores, que diminuíram de forma rápida com o tratamento canábico. Mesmo após a última cirurgia na cervical, usou antiinflamatórios por pouquíssimo tempo.
“Eu só tomei um antiinflamatório. Não senti necessidade nenhuma de tomar analgésico e não tomei. Eu não sei te dizer como, mas com um mês eu estava recuperada”, lembra.
Em uma revisão sistemática feita em Harvard com 28 estudos, os pesquisadores examinaram a eficácia da cannabis para tratar várias dores e problemas médicos, que concluíram que a planta ajudou a tratar tanto dores crônicas como neuropáticas.
Dos estudos revisados, 6 em 6 sobre dor crônica e 5 em 5 sobre dores neuropáticas estudadas, encontraram uma melhora significativa nos sintomas entre os pacientes.
Outra pesquisa realizada em Israel com 397 pacientes fibromiálgicos, testou o tratamento canábico por seis meses. Logo após o início, as melhoras já foram significativas, 50% relataram uma redução na dor.
Atualmente, Natália Arezedo está afastada do serviço por causa da sua condição, mas sonha em poder voltar ao mercado de trabalho. Ainda não pode correr, levantar e abaixar com frequência, mas garante que está preparada.
“A caixa de antidepressivo continua fechada. Os medicamentos para dor estão ali fechados, não tomo mais ansiolíticos. (…) Eu não tomo mais analgésico, pois não sinto mais como antes. Os níveis de dores que eu sinto hoje, elas são repelidas pelo que realmente elas deveriam ser”, concluí.
É importante ressaltar que qualquer produto feito com a cannabis precisa ser prescrito por um profissional de saúde habilitado, que poderá te orientar de forma específica e indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.
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Tainara Cavalcante
Jornalista pela Fapcom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós graduanda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
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