Recentemente, a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), aprovou um reajuste no preço dos medicamentos, que entrará em vigor no começo do próximo mês (abril).
O percentual do aumento ainda não foi divulgado, a expectativa é que a informação seja anunciada no final do mês.
Segundo a análise do Citi, a alta deve ficar em torno de 10%, algo próximo a inflação do ano passado, que fechou em 10,6%.
De acordo com a legislação, há um reajuste nos preços dos remédios todos os anos, que são medidos de acordo com a inflação.
Eles são regulados pela CMED, órgão vinculado à Anvisa, que tem o trabalho de estabelecer o aumento máximo que as farmacêuticas podem vender os seus remédios.
Mas e os produtos feitos com cannabis, eles também correm o risco de aumentar?
No final de 2019 a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) permitiu a venda de produtos à base de cannabis nas farmácias, através da Resolução 327. Desde então, 14 produtos foram aprovados para ocupar as prateleiras.
Contudo, sem um plantio no Brasil, os custos são bastante elevados. O primeiro óleo, aprovado em abril de 2020, chegou com um valor superior a R$2 mil.
Embora a concorrência tenha ajudado a diminuir os preços, o óleo mais barato não custa menos de R$200.
Segundo o CEO da Verdemed José Bacelar, que também terá dois produtos nas farmácias em breve, é pouco provável que o aumento afete o mercado de cannabis.
A indústria no Brasil é relativamente nova no Brasil, e as farmacêuticas ainda buscam um público para atender. “Com essa inserção de um mercado novo, a tendência é a de que o valor diminua, ao invés de aumentar”, ressalta.
Apesar da autorização da venda nas farmácias, a maioria dos pacientes ainda preferem importar. De acordo com os dados da Associação de Indústria de Cannabis (BRCann), mais de 33 mil novas pessoas solicitaram a importação de algum produto derivado da platina.
No entanto, segundo Ernesto Hideki, operador de produtos da Cannect, uma importadora de produtos à base de cannabis no Brasil, o valor também não vai afetar os produtos importados, uma vez que são tabelados com os preços fora do Brasil.
“A maioria dos produtos são cotados em dólar, por isso, a inflação daqui não afeta os produtos que vem de fora”, ressalta.
Tainara Cavalcante
Jornalista pela Fapcom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós graduanda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
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