Segundo um levantamento da Associação Brasileira de Indústria de Cannabis (BRCann), desde o início da pandemia de COVID-19, 33.077 pessoas solicitaram uma autorização na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a importação de produtos à base da cannabis.
O número é três vezes maior que o total de pacientes que tinham uma autorização desde que as emissões foram regulamentadas. Para se ter uma ideia, só nos últimos 12 meses, mais de 26 mil pacientes obtiveram o direito.
Isso sem contar pacientes que começaram a comprar o medicamento nacional da Prati-Donaduzzi, que utilizam óleos de associações ou que possuem um aval judicial para plantar.
“É um momento muito especial para o mercado, que vai dobrar pelo terceiro ano consecutivo por uma série de motivos”, afirma o diretor-executivo da BRCANN, Tarso Araújo. “Os médicos estão mais informados sobre as indicações da cannabis medicinal, a demanda cresceu em função da pandemia, o total de empresas e sua capacidade de atendimento cresceu, e a Anvisa simplificou o processo de autorização para que os pacientes não ficassem sem acesso.”
Medicamentos à base da cannabis ainda precisam de uma autorização individual da Anvisa para serem importados. Além de documentos padrões, como identidade, os pacientes ainda precisam enviar laudo e receita médica, que são analisados pelo órgão.
Com o aumento de solicitações crescente, a agência começou a adotar uma série de procedimentos para agilizar as autorizações, como um cadastro automático para pacientes e uma lista pré-definida dos medicamentos mais frequentes.
Tanto é que o órgão substituiu a Resolução 335/15, destinada a importações de produtos feitos com a planta, pela RDC 570/21 para agilizar os processos.
Em julho, a Anvisa ainda prorrogou o prazo de aprovação de 7 dias para 20 por causa da alta demanda. Sem contar na força-tarefa criada em abril para agilizar o processo de liberação nos aeroportos por causa da pandemia de COVID-19.
Tainara Cavalcante
Jornalista pela Facom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós doutoranda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
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