Inúmeros estudos científicos atestam a redução de danos na saúde dos consumidores com a substituição dos cigarros convencionais pelos eletrônicos.
Países como Estados Unidos e os 27 da União Europeia já regulamentaram esses produtos com base na ciência e alguns passaram a incentivar a substituição como política de saúde.
A diferença é que os cigarros convencionais queimam o tabaco enquanto nos eletrônicos há um processo de aquecimento do líquido que contém nicotina, o que exclui diversas substâncias prejudiciais à saúde presentes nos cigarros tradicionais.
No ano passado o King ‘s College London publicou a maior revisão científica sobre o tema, com mais de 400 estudos cuja principal conclusão é que a redução dos riscos à saúde na comparação dos VIP com os cigarros convencionais, por conta do menor grau de exposição à substância tóxicas.
Neste ano, o governo do Reino Unido lançou um programa de distribuição de kits de cigarros eletrônicos para adultos fumantes como política de redução de danos.
Ao todo, cerca de 80 países, a exemplo dos Estados Unidos, Canadá, Suécia, Austrália e Nova Zelândia também já regulamentaram o consumo de vapes com base nas evidências científicas.
No Brasil, essas pessoas estão consumindo produtos 100% contrabandeados, sem nenhum controle de qualidade, o que é um tremendo risco pois não se sabe o que há dentro do líquido que está sendo vendido.
É importante dar opções seguras para que as pessoas possam tomar suas decisões com o menor impacto possível à saúde, o que seria possível com a regulamentação dos cigarros eletrônicos.
Com uma legislação, regras rígidas seriam criadas para definir quem poderá fabricar o produto, que substâncias poderão ser utilizadas, quem poderá distribuir e vender o produto e quem poderá consumi-lo.
Vale lembrar que os vaporizadores e produtos de tabaco aquecido são destinados a maiores de 18 anos, assim como o cigarro esses produtos não são isentos de riscos.
A redução de riscos de vaporizadores e produtos de tabaco aquecido é baseada nas evidências científicas mais recentes disponíveis.
As colunas publicadas na Cannalize não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem o propósito de estimular o debate sobre cannabis no Brasil e no mundo e de refletir sobre diversos pontos de vista sobre o tema.
Mario Grieco
Médico, especialista em medicina interna e medicina do trabalho, também é pesquisador de Cannabis Medicinal e Fellowship em Internal Medicine nos EUA, onde viveu por 20 anos, obteve a certificação ECFMG. Além do trabalho como pesquisador, é colaborador do ambulatório do hospital das clínicas na faculdade de medicina da USP e professor do curso de pós-graduação lato sensu em Cannabis Medicinal na Ânima-Inspirali. Foi presidente de seis empresas e atualmente é diretor da clínica Cannabis Care. Considerado um dos 20 líderes mais influentes da América Latina no campo de longevidade, recebeu vários prêmios nos Brasil e nos EUA e publicou seis livros, entre eles "Cannabis Medicinal Baseado em Fatos" e "Cannabis medicinal: fatos ou mitos?"
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