Sem dúvidas, o universo canábico é cheio de novidades, desde aspectos medicinais, recreativos, formas de cultivo e colheita, entre outros. Mas seria possível certas flores ter níveis altos de um canabinóide específico por causa do seu local de origem?
Embora a cannabis tenha sido usada por séculos e esteja se tornando popular nas últimas décadas, a mais nova tendência no mundo das flores são os botões com níveis baixos de THC, mas com uma variedade de outros canabinóides.
Até agora, a maioria dos consumidores ou curiosos estão familiarizados com as flores de canabidiol (CBD) e muitos outros também aprenderam sobre as flores de cannabigerol (CBG ). No entanto, um outro concorrente pode estar surgiu no mercado em breve, no caso, a flor de THCV.
Os efeitos do THCV são semelhantes aos do THC , porém, ainda assim existem pontos que os diferem. Um exemplo simples, é que o tetrahidrocanabinol causa a famosa “larica”, já o tetrahidrocanabivarina é usado para suprimir o apetite.
O THCV ou tetrahidrocanabivarina, tem uma estrutura molecular semelhante ao THC, mas devido a algumas pequenas diferenças, os benefícios oferecidos são completamente diferentes.
Grande parte das cepas da cannabis são naturalmente baixas em THCV, mas existem algumas sativas de origem africana que contém uma quantidade alta deste canabinoide. À medida que este composto se torna mais popular, a reprodução de suas linhagens mais específicas podem ocorrer para desenvolver plantas com alto teor de THCV.
Esse canabinoide é geralmente usado como um suplemento totalmente natural para a perda de peso, o que pode ser uma ajuda ao combate do aumento da obesidade nos Estados Unidos e em outros países desenvolvidos com o problema.
Além disso, muitos especialistas defendem que esses efeitos sobre o apetite possam regular os níveis de açúcar no sangue de pacientes diabéticos.
Por esse motivo, a GW Pharmaceuticals, responsável por criar o primeiro medicamento CBD aprovado pela Food and Drug Administration (FDA) chamado Epidiolex, está trabalhando na produção de um remédio feito a base de THCV para tratamento de diabetes tipo 2 e outras condições de saúde ligadas à dieta.
A má notícia é que eles ainda estão presos na fase 2 dos testes clínicos, então pode demorar um pouco até que esteja disponível no mercado.
Outros estudos publicados pela British Pharmacological Society Journal analisaram o papel da tetrahidrocanabivarina como um neuroprotetor e anticonvulsivante , aos quais tiveram resultado positivos.
Como mencionado acima, os resultados de laboratório indicam que algumas plantas de cannabis sativas são mais altas em THCV, principalmente as cepas de origem africana.
A cepa mais conhecida por conter níveis altos desse composto é a Durban Poison, uma sativa pura que se localizada no sul África na região de Durban.
Atualmente, existem poucos varejistas que vendem essas flores, mas por serem novas, pode ser difícil de encontrar.
O ideal para aqueles que procuram por níveis maiores de THCV é procurar de forma legal. Algum fornecedor, principalmente em cannabis sativa,pode trabalhar com cepas da origem citada acima e se é confiável e seguro.
Referências
Bruno Oliveira
Tradutor e produtor de conteúdo do site Cannalize, apaixonado por música, fotografia, esportes radicais e culturas.
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