Milena de 11 anos chamou atenção dos noticiários nos últimos dias por obter na justiça o direito para a realização de uma cirurgia bariátrica.
A operação havia sido negada pelo SUS (Sistema Único de Saúde), com base na portaria do Ministério da Saúde que autoriza o procedimento apenas para adolescentes a partir dos 16 anos.
Contudo, a família venceu e a menina realizou a cirurgia no dia oito de dezembro e já teve alta nesta segunda-feira (19).
Mas a luta ainda não terminou. Agora, a briga na justiça é pelo direito de obter o óleo de cannabis para ajudar no seu tratamento que ainda continua.
Milena tem uma mutação genética que impede que o seu cérebro compreenda quando ela está saciada, o que a faz comer cada vez mais.
Moradora da região de Irati, no estado do Paraná, a cirurgia foi o último recurso após uma série de tentativas fracassadas.
A menina precisou passar dois meses internada no Hospital do Rocio até fazer a operação. Enquanto isso, ela recebeu um acompanhamento multidisciplinar de nutricionistas, médicos, psicólogos, enfermeiros e fisioterapeutas.
Mesmo após a cirurgia bariátrica, a família de Milena ainda busca na justiça o direito de obter o óleo de cannabis pela justiça para dar continuidade ao tratamento da condição genética.
A erva é conhecida por sua capacidade de provocar a fome, então parece paradoxal que a planta possa nos ajudar a perder peso.
No entanto, a cannabis também pode fazer o efeito contrário. Em 2018, uma equipe de pesquisadores em Indiana apresentou uma teoria sobre esse paradoxo.
Eles sugeriram que a cannabis pode reduzir o armazenamento de energia e acelerar o metabolismo.
Os receptores chamados CB1, presentes no Sistema Endocanabinoide (sistema do corpo por onde a cannabis trabalha), podem parar de funcionar adequadamente com uma dieta desequilibrada.
O sistema endocanabinoide desempenha um papel fundamental na regulação do apetite e do metabolismo e no armazenamento de energia.
A maioria das dietas ocidentais é rica em ômega 6, mas deficiente em ômega 3, que pode superestimular os receptores CB1, contribuindo para a inflamação e aumento do ganho de peso.
Outros dados analisam especificamente o papel dos canabinoides no comportamento alimentar.
Enquanto o THC (tetrahidrocanabinol), o principal composto psicoativo da erva, aumenta o apetite. Outros canabinoides, como o CBD (canabidiol) e o THCV (tetrahidrocanabivarin) -também conhecido como cannabis dietética-, parecem reduzi-lo.
De acordo com uma revisão de 2022 , há evidências de que o CBD pode reduzir o apetite e aumentar a sensação de saciedade. Em um dos estudos revisados, os participantes que receberam canabidiol, também tiveram uma queda no IMC após o tratamento.
É importante ressaltar que qualquer produto feito com a cannabis precisa ser prescrito por um médico, que poderá te orientar de forma específica e indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.
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Tainara Cavalcante
Jornalista pela Fapcom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós graduanda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
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