O documentário foi lançado há menos de um mês, pelo Documentando, uma oficina prática de audiovisual no estado, e já tem mais de 9 mil visualizações no youtube. Ele conta a trajetória de Kátia, Ceça, Riso, Elaine, Patrícia e Ir. Rose, que cultivam maconha para pela qualidade de vida dos seus filhos e até delas mesmas.
Cinco delas têm um filho especial que tratam suas doenças com o óleo de maconha, assim também como dona Katia, que sofreu com fibromialgia a vida inteira e só percebeu melhoras significativas com o fitofarmacêutico. Todas lutaram pelo direito de cultivar, e não fazem questão de esconder isso.
Riso conta que as convulsões de sua filha melhoraram muito; Ir. Rose ressalta que hoje a filha saber até ler e escrever; Eliana relata que agora o filho dela faz coisas que antes os médicos disseram que nunca iria fazer; Ceça também conta como o seu filho foi melhorando e ficou mais atento depois da paralisia cerebral; Patrícia fala que o óleo foi ainda melhor que as terapias e por fim, Kátia complementa que desde que começou a plantar, o seu gasto com remédios de R$ 800,00 reduziu para menos de R$100,00.
A maioria das mães do documentário, que fizeram um grupo chamado Mães Independentes, são da periferia. Juntas elas plantam a cannabis e se ajudam, vendendo camisetas e completando a renda uma da outra, para produzir sob as condições necessárias.
No Brasil, a planta ainda é proibida, por isso, o medicamento deve ser importado, o que custa em torno de 2 mil reais. Em abril deste ano, foi aprovado o primeiro produto à base de cannabis para ser vendido nas farmácias, mas ainda vai continuar caro.
Sem contar que cada organismo precisa de um tipo de formulação diferente, como relata a Ceça no documentário. “A liberação para a indústria exclui boa parte dos pacientes, que tem que exportar os valores que supram para as suas crianças”.
Para plantar no país é preciso um habeas corpus, um advogado, um médico, um fisioterapeuta e uma extensa documentação, para provar que a pessoa precisa de fato da maconha. Por isso muitas plantam na ilegalidade até conseguir na justiça. “Eu espero que a gente possa, cada um cultivar a sua planta sem a iminência da polícia na sua porta levando a gente como traficante” expõe Ceça no documentário.
O Mãeconheiras tem um pouco mais de 24 minutos e mostra de perto a realidade das pernambucanas, que além de lutar pelo cultivo, ainda enfrentam o preconceito.
Veja o documentário abaixo.
Tainara Cavalcante
Jornalista pela Facom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós doutoranda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
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