Na quarta live da campanha #UmAtodeEmpatia, conversamos com a médica ortomolecular Janaína Barboza sobre a importância da educação sobre cannabis medicinal.
Ontem, 30 de julho, tivemos a penúltima live da campanha. Dessa vez abordando um lado mais científico do assunto, mas de maneira didática, através da participação da médica, cientista e professora, Janaina Barboza. A doutora vem desenvolvendo projetos a educação e prescrição médica em universidades, eventos além de ajudar pacientes de todo o Brasil.
A live de ontem faz parte da campanha #UmAtodeEmpatia, que visa conscientizar as pessoas da importância do compartilhamento de notícias sobre cannabis medicinal. Pois, com tantos estigmas, cabe a militância canábica a disseminação dos benefícios da planta que é um ótimo caminho para a quebra de preconceitos.
Na live, a doutora praticamente nos deu uma aula, nos elucidando sobre várias questões. Uma delas foi a eficácia da cannabis, independentemente do estágio do paciente. A médica também lembrou que a cannabis não só barra o avanço das doenças, como tem o poder de regenerar as células.
“ É um crime você tirar o acesso a uma planta que pode tratar a sua doença” complementa.
Para indústria farmacêutica é difícil admitir que uma planta pode ajudar em vários tratamentos mais do que outros medicamentos tradicionais.
“Mesmo não sedendo por completo, a indústria percebeu que conforme o tempo, se torna cada vez mais necessário se unir ao movimento a favor da cannabis. Porém eles querem trazer produtos sintéticos e defendem que outros canabinóides não tem eficácia, que o único benéfico é o canabidiol, isso é uma mentira, existem outros canabinóides eficientes, devemos falar e mostrar a verdade para as pessoas. ” declara a médica.
Segundo Janaína, além de a indústria farmacêutica, o sistema de saúde público, não entende sobre o assunto, mas mesmo assim insiste em tomar decisões diante da situação e quando se trata de política “existe uma nuvem de desinformação, pois, o sistema que rege nosso país é complicado.”
Mesmo diante de um cenário, onde parece que tudo não colabora para os avanços, a doutora ainda tem esperança que a cannabis possa ser vista com outros olhos. Ela se baseia em suas experiências com pacientes, estudos e apoio dos colegas de trabalhos e familiares.
Com isso, Janaina recomenda a todos que tem o entendimento sobre o assunto, e que estão em uma posição favorável, com um espaço de fala, a dar voz a que não tem. Não se calar, mas aproveitar essa oportunidade, para estudar e entender sobre, a influenciar o seu meio.
”Contra fatos, não há argumentos, o ônus da prova e de quem acusa.” concluiu
Durante a live, a doutora explicou de forma simples o que de fato é o sistema endocanabinoide e, porquê ele é tão importante. Ela também nos elucidou sobre como a cannabis é eficiente na interação do nosso sistema.
“O Sistema Endocanabinoide (SEC) é um sistema de fechaduras, ou seja, quando alguém tem alguma doença degenerativa como, por exemplo, o alzheimer, essas fechaduras se perdem assim prejudicando a saúde do paciente. É aí que entra a eficácia do canabidiol encontrado na planta cannabis. Na descoberta do SEC em 1960 , foi notado que esse sistema têm receptores (CB1 E CB2) que são as são exatamente fechaduras que recebem a chave canabinoides podendo ser produzido pelo próprio corpo ou pela planta, a cannabis tem a capacidade de chegar na célula-tronco e fazer essas células virarem neurônio, e isso é fundamental, pois, interrompe a agressão e promove a regeneração.” explica Janaína.
A doutora Janaína conta que o pouco que sabemos sobre a cannabis, já foi base para ajudar no tratamento de várias patologias, e como a falta de informação atrapalha as pessoas de se tratarem.
“Tive muitos pacientes que sofriam com dores, não dormiam, tinha problemas estomacais e hoje tem qualidade de vida. Trabalho com aquilo que nossos corpos produzem, além da cannabis e o sistema endocanbinoide, atendo pacientes que cuidam dos outros sistemas menos do endocanabinoide e também os que já cuidam do sistema endocanabinoide, mas não dos outros.” acrescenta a doutora.
No final da live, a doutora compartilhou sua felicidade, pois, segundo ela foi convidada a escrever o primeiro tratado de cannabis do Brasil, ao qual o lançamento tem previsão para o mês de setembro ou outubro deste ano (2020).
Bruno Oliveira
Tradutor e produtor de conteúdo do site Cannalize, apaixonado por música, fotografia, esportes radicais e culturas.
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