O mês de junho foi marcado por uma decisão inédita na justiça, que garantiu o cultivo legal de cannabis por 10 pacientes. Contudo, nenhum deles entrou com um pedido de habeas corpus, mas todo o processo seguiu através da esfera cível.
A decisão ainda provisória foi dada pelo juiz Umberto Paulini, da 21ª Vara da Seção Judiciária do DF. Essa foi a primeira vez que a autorização de cultivo legal não foi feita por esfera criminal.
Segundo o advogado Gabriel Pietricovsky, que participou da ação, o processo é praticamente o mesmo de um pedido de HC, o que vai mudar é o olhar do juiz sobre a decisão.
“As documentações são praticamente as mesmas de um processo criminal, a diferença é a análise do juiz, ele não vai analisar sobre um prisma de liberdade ou não, ele vai analisar unicamente com um olhar de saúde”, argumenta.
Contudo, esse tipo de abordagem é um pouco mais criteriosa, envolvendo perícia médica, área de plantio e fiscalização.
Pietricovsky, que já atuou em mais de 20 ações como essa, ressalta que o processo é parecido, é bem parecido e analisado em uma velocidade equivalente com requisitos como:
É importante que o laudo enfatize que não há medicamento nacional acessível e que a melhora só foi obtida graças ao óleo medicinal. Resumindo, o laudo deve servir de fundamento para o uso da cannabis medicinal.
Há outros fatores importantes também a considerar que não são essenciais, mas podem fazer toda a diferença no processo.
Uma vez que a pessoa já cultiva de forma ilegal, é bom ter um respaldo jurídico.
Gabriel Petrovicky ainda acrescenta que a receita médica comprova a finalidade do uso, e a aprovação da Anvisa é importante para mostrar uma certa incoerência nas leis, onde o país permite a importação, mas não permite o auto cultivo legal.
“O curso de cultivo também comprova que a pessoa tem capacidade técnica não só do cultivo, mas para conseguir extrair os canabinoides da planta”, ressalta.
Contudo, processos feitos pela esfera cível são um pouco mais exigentes e demandam alguns detalhes a mais, como por exemplo:
Tainara Cavalcante
Jornalista pela Facom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós doutoranda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
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