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Com informações da Cannalize
A leucemia é o tipo de câncer mais comum em crianças e jovens, embora os casos sejam raros. Segundo estimativa do Instituto Nacional do Câncer, 11 mil novos casos de leucemia devem ser registrados entre entre 2023 e 2025.
Para conscientizar a população sobre essa doença que pode levar ao óbito, foi criada a campanha Fevereiro Laranja. Entre os assuntos debatidos, estão os possíveis tratamentos e novas ferramentas terapêuticas que estão sendo testadas, entre elas a cannabis medicinal.
De acordo com a médica generalista, Danielle Gonzalez, a leucemia é um tipo de câncer causado pela má formação dos glóbulos brancos, as chamadas células de defesa do organismo. Esse “fenômeno” acontece na medula óssea, onde essas células se acumulam, causando febre, enjoo, dores e outros sintomas.
Danielle esclarece que as variedades do câncer podem ser divididas entre agudos e crônicos. Conheça alguns exemplos:
Leucemia mieloide aguda (LMA): Trata-se de uma série de mutações genéticas nas células-tronco mieloides que resultam na formação de blastos, ou seja, células que ficam “presas” em estágios anteriores ao amadurecimento e ainda passam a se multiplicar de forma descontrolada. Os blastos também se desenvolvem de forma rápida e passam a atrapalhar as células saudáveis.
Leucemia mieloide crônica (LMC): Neste caso, há uma superprodução dos glóbulos brancos, o que pode causar muitos problemas. Aqui, a doença se manifesta de forma lenta e torna-se crônica.
Leucemia linfoide aguda (LLA): Este é o tipo de câncer mais comum na infância, mas as suas causas ainda não são completamente esclarecidas. Ela basicamente surge quando aparecem células danificadas na medula óssea.
Leucemia linfoide crônica (LLC): Acontece quando os linfócitos passam a se desenvolver de forma descontrolada e não realizam mais as suas funções. Ela é crônica porque cresce junto com as células saudáveis.
Assim como em outros tipos de cânceres, o tratamento é feito a partir de quimioterapia, que tem a finalidade de destruir as células com problemas. Neste caso, são células localizadas na medula óssea.
Medicamentos e até mesmo transplantes da medula podem se fazer necessários, caso haja a resistência do corpo aos tratamentos mais leves.
A escolha do tratamento irá depender da evolução dos pacientes e também do diagnóstico feito pelos médicos, que se baseará no perfil das pessoas atendidas e em como as medicações poderão influenciar na qualidade de vida.
A cannabis pode ser usada como terapia complementar ao tratamento da leucemia. Sua principal ação com evidências científicas é a diminuição dos efeitos colaterais causados pela quimioterapia.
Segundo a médica, a planta ajuda na melhora do apetite, na redução das náuseas e na redução das dores. Além disso, alguns canabinoides podem ser usados para melhora do sono e da saúde mental, sobretudo em sintomas de ansiedade ou depressão causados pela doença.
Um estudo publicado pelo Centro Nacional de Biotecnologia dos Estados Unidos sugeriu que a cannabis também pode melhorar os sintomas de fadiga, perda de peso e anorexia que podem ocorrer com alguns pacientes oncológicos.
De acordo com dados do Instituto Americano do Câncer, os canabinoides podem eliminar as células cancerígenas, além de impedir o crescimento de novas células. Essa conclusão veio a partir de uma revisão que durou dois anos, na qual os pesquisadores perceberam a diminuição dos tumores em ratos com câncer após consumirem doses de tetrahidrocanabinol (THC).
Por outro lado, os resultados encontrados até o momento ainda não são suficientes para concluir que os derivados da cannabis podem ser usados para esses fins.
Embora a cannabis possa ajudar a reduzir os sintomas da quimioterapia, os produtos medicinais também não estão isentos de efeitos colaterais, que mudam de acordo com a substância utilizada, seja o canabidiol (CBD) ou o próprio THC.
“O CBD, por exemplo, pode dar sintomas de boca seca, dor de estômago, diarreia e diminuição do apetite. Já o THC pode dar sintomas psicoativos como agitação, euforia, alterações no humor, alucinações, aumento do apetite. Claro que tudo depende da dose e forma de uso”, explica Danielle.
Por isso, o uso dos canabinoides deve ser acompanhado por profissionais de saúde, assim como toda a evolução do tratamento.
A cannabis medicinal é permitida no Brasil desde 2015, porém, seu uso deve ser prescrito por um médico ou profissional de saúde legalmente habilitado.
Leia mais: Tratamento com cannabis: o que esperar?
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