A cannabis já é usada para tratar várias condições femininas. Por isso, será que podemos usar a cannabis no tratamento da vaginose também?
Cannabis no tratamento da vaginose
Explorar os benefícios da cannabis nunca é demais. A planta produz substâncias que podem interagir com a maioria das funções do organismo, inclusive, relacionadas à região pélvica.
Até hoje, várias mulheres já utilizam os benefícios da planta no tratamento de problemas como endometriose, cólicas, menopausa, TPM (Tensão Pré-Menstrual) e outros problemas relacionados ao sistema feminino.
Dessa forma, será que ela pode tratar problemas como vaginose?
Também chamada de VB, a vaginose bacteriana é uma condição comum que afeta muitas mulheres em algum momento de suas vidas.
Embora não seja considerada uma IST ( infecção sexualmente transmissível), ela está relacionada a um desequilíbrio na flora vaginal, o que pode causar desconforto e preocupação.
Ela ocorre quando há um desequilíbrio entre as bactérias naturais presentes na vagina. Em condições normais, a vagina é habitada por uma variedade de bactérias.
O que inclui lactobacilos, que ajudam a manter o pH vaginal ácido e a prevenir o crescimento de bactérias nocivas. No entanto, quando há uma redução nos lactobacilos e um aumento em outras bactérias, como a Gardnerella vaginalis, ocorre a vaginose bacteriana.
As causas exatas da vaginose bacteriana ainda não são totalmente compreendidas, mas alguns fatores podem contribuir para o desequilíbrio bacteriano:
Nem todas as mulheres com vaginose apresentam sintomas, mas quando eles aparecem, podem incluir:
O diagnóstico geralmente é feito através de um exame físico e da análise de uma amostra do corrimento vaginal. Por isso, se você notar qualquer mudança no corrimento vaginal, odor forte ou desconforto, é importante procurar um médico.
A vaginose bacteriana não tratada pode levar a complicações, especialmente em mulheres grávidas, como parto prematuro ou infecções pélvicas.
O tratamento mais comum para tratar a vaginose bacteriana é o uso de antibióticos, como o metronidazol ou a clindamicina, que podem ser administrados por via oral ou em forma de creme vaginal.
É crucial seguir as orientações médicas e completar o tratamento, mesmo que os sintomas desapareçam antes do fim do medicamento.
Nos últimos anos, algumas pesquisas já demonstraram o potencial antibacteriano e antioxidante do CBD (canabidiol). Trata-se de um dos principais componentes presentes na cannabis.
Estudos recentes também demonstram que outras substâncias, como o CBG canabigerol e o CBN canabinol, possuem propriedades antibacterianas e anti-inflamatórias, que podem ser aliados contra a resistência a antibióticos.
De acordo com uma pesquisa de 2025, publicada na edição especial da revista científica Antibiotics, o CBD apresentou efeitos antibacterianos e antioxidantes contra a Gardnerella vaginalis, um microrganismo que, quando desequilibrado, pode causar vaginose bacteriana.
Isso significa que ele não apenas combate a bactéria, mas também é capaz de destruir as comunidades microbianas resistentes que se formam durante a infecção.
Esses biofilmes são conhecidos por serem um grande desafio para os tratamentos convencionais, pois protegem as bactérias da ação de antibióticos, tornando-as mais difíceis de eliminar.
A cannabis trabalha através do chamado Sistema Endocanabinoide. Ele está presente em boa parte do organismo e ajuda a restaurar a homeostase, ou seja, o equilíbrio das funções do corpo.
Se uma pessoa está com dor, por exemplo, este sistema envia os chamados canabinoides que sinalizam que algo está errado e precisa ser resolvido. Assim como o corpo, a cannabis também produz canabinoides, que trabalham de forma semelhante aos nossos. O CBD, por exemplo, é um deles.
Através de receptores os canabinoides da cannabis podem auxiliar na redução da dor, inflamação e até nos sintomas emocionais, como ansiedade e estresse. Isso porque o corpo também encontra esses receptores no endométrio, miométrio, ovários, mamas e vagina.
Há uma série de produtos que podem ser utilizados com a cannabis no tratamento de vaginose, como pomadas, adesivos, cremes, lubrificantes e até supositórios vaginais e retais.
Há a possibilidade de ingerir o remédio também, como óleos, gummies e cápsulas. Tudo vai depender da recomendação médica.
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Tainara Cavalcante
Jornalista pela Fapcom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós graduada na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
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