É possível obter diversos nutrientes importantes para a saúde através do uso da semente de cânhamo na alimentação
Pelo menos é o que aponta o relatório Cânhamo no Brasil, da empresa de análise de dados do segmento canábico Kaya Mind.
Ela que analisou a parte da planta considerada uma superfood, que pode ser consumida in natura em iogurtes, em pó, como alternativa ao whey protein, ou como base do leite e da carne vegetal: a semente de cânhamo.
Além dessas alternativas, o óleo de semente pode ser consumido como substituto do azeite e da manteiga, bem como suplemento alimentar, proporcionando efeitos ansiolíticos e a diminuição do risco de doenças cardiovasculares por sua alta quantidade de ômega-3 e outros nutrientes.
O óleo extraído das flores de cânhamo, por sua vez, contém CBD, um fitocanabinoide com potenciais medicinais cada vez mais estudados, mas com vantagens anti-inflamatórias e antioxidantes, duas muito importantes para a indústria da beleza e já comprovadas.
Limbo jurídico
Hoje, o cânhamo se encontra em uma zona cinzenta em relação à sua legalidade no Brasil, pois contém quantidades insignificantes de fitocanabinoides psicotrópicos, mas, ao mesmo tempo, ainda é proveniente da Cannabis sativa L.
Entretanto, mesmo em contradição à lei, que não permitia o uso de derivados da cannabis, a Kaya Mind identificou que o Brasil tem registros de importações de insumos do cânhamo de 1999 a 2021.
A partir de uma pesquisa interna que teve como base a imprensa, a empresa também mapeou que diversas indústrias já são relacionadas com o mercado. Três delas são de alimentos, bebidas e cosméticos.
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