Você sabia que os Estados Unidos arrecada mais dinheiro com os impostos de maconha do que com os impostos de bebidas alcóolicas?
Segundo um levantamento do órgão norte-americano Itep (Instituto de Tributação e Política Econômica), as receitas de produtos à base de cannabis foram maiores que a de álcool no ano passado.
Realizada em 11 estados onde a maconha é legalizada, a pesquisa mostrou que o país arrecadou US$ 3 bi em impostos, cerca de 20% mais que a tributação sobre produtos alcoólicos.
Já parou para pensar se isso poderia acontecer aqui também? Pois é, parece que já pensaram. E ainda fizeram os cálculos.
Que a maconha já é vendida no Brasil não é nenhuma novidade. Contudo, o mercado não é legalizado, o que resulta não só em produtos de péssima qualidade, quanto prejuízos econômicos para o próprio Estado em diversas frentes.
De acordo com uma pesquisa realizada pela empresa de inteligência de mercado canábico, Kaya Mind, o governo poderia arrecadar R$ 8 bi em tributos de cannabis apenas nos quatro primeiros anos de legalização.
O cálculo levou em conta todas as formas de consumo, como a cannabis medicinal, do cânhamo industrial e o uso adulto da maconha.
Para chegar a esse valor, a empresa de dados levou em consideração uma série de fatores, como o preço do dólar (que em maio, quando a pesquisa foi feita, estava em média R$ 5,30), e a taxa cobrada sobre medicamentos nacionais (entre 30% a 33% sobre o valor do remédio), por exemplo.
Como o cânhamo é útil para vários segmentos da indústria, a pesquisa focou no imposto sobre o agronegócio, que, segundo a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro, por exemplo, possui uma taxa de 6,7%.
Já o levantamento sobre o uso recreativo foi feito com base nos tributos de álcool e tabaco, que variam de 30% a 70%.
Mas essa não é a primeira vez que a estimativa é feita. De acordo com outro levantamento feito pelo economista Newton Marques, do Corecon (Conselho Regional de Economia), o país poderia faturar entre R$ 10,73 bilhões a R$ 12,9 bilhões em impostos.
Ela poderia ser tributada como é o cigarro, por exemplo, o que geraria até cinco tributos federais como:
Isso sem contar com os tributos estaduais, como o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e sobre Serviços de Transporte Interestadual, Intermunicipal e de Comunicações (ICMS).
Até o momento, a principal proposta para uma regulamentação da cannabis no país é o PL 399/15, que visa o cultivo e o comércio da cannabis no Brasil, mas exclui o uso adulto.
A proposta foi aprovada em uma comissão especial e já poderia ir direto para o Senado, mas através de um recurso feito pelo deputado Diego Garcia (Podemos-PR), ela voltou para Câmara dos Deputados e aguarda que o presidente do Plenário, Arthur Lira (Progressistas) coloque em pauta.
É importante ressaltar que só há regulamentação para o uso medicinal no Brasil. Contudo, qualquer produto feito com a cannabis precisa ser prescrito por um médico, que inclusive, poderá indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.
Caso precise de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas, além de auxiliar desde a achar um médico prescritor até o processo de importação do produto. Clique aqui.
Tainara Cavalcante
Jornalista pela Fapcom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós graduanda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
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