Algumas horas depois da reunião da Comissão Especial de Medicamentos Formulados com Cannabis, que estuda um projeto de lei para a legislação sobre o tema no Brasil, o assunto não demorou muito para chegar aos ouvidos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
O presidente chamou o Projeto de Lei 399 de “porcaria” e disse que seria vetado, caso chegue as suas mãos.
O assunto veio à tona depois de uma votação feita na comissão especial hoje. Com apoiadores do governo derrotados, o assunto causou polêmica nas redes sociais, principalmente bolsonaristas.
“Hoje uma comissão da Câmara vota a liberação da maconha. Tem o veto depois, é difícil…Eles agora podem até aprovar, sem ser o voto nominal, mas tem o veto”, disse o presidente a apoiadores no Palácio da Alvorada.
“Ridículo até, né, um país com tantos problemas (e) o cara desperdiçando força para votar uma porcaria de um projeto desses”, completou.
Essa não é a primeira vez que Bolsonaro critica a proposta. Em setembro do ano passado, o presidente já dizia que não iria sancionar o PL.
Questionado por um apoiador, Bolsonaro disse que “o agronegócio não inclui maconha”. Na época, ainda acrescentou: “Comigo não tem liberação de droga e nem plantio”.
O Projeto de Lei foi proposto ainda em 2015, pelo deputado Fábio Mitidieri (PSD-CE) e tem o intuito de alterar a política de drogas no Brasil.
Caso entre em vigor, empresas poderão cultivar a planta para fins exclusivamente medicinais. A cannabis tem sido de grande ajuda na vida de pacientes com doenças como Epilepsia de difícil controle, Parkinson, Alzheimer e até câncer.
Em muitos casos, é a única opção.
A proposta também prevê o cultivo para fins industriais, como têxteis, cordas e até alimentos. Contudo, para essa categoria, só será permitido o cultivo do cânhamo, uma variação de cannabis que não contém ativos psicotrópicos.
Depois que foi para a Câmara dos Deputados no ano passado, a PL tem gerado muitas polêmicas, principalmente do governo.
Secretários e Ministros já se pronunciaram contra a proposta também, como a Ministra Damares Alves, que até criou uma cartilha sobre maconha.
Tainara Cavalcante
Jornalista pela Facom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós doutoranda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
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