Quando falamos sobre anticoncepcional é preciso ficar bem atento. Não é de hoje que estudos evidenciam a interferência de vários remédios na funcionalidade do método contraceptivo.
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), alguns fitoterápicos, isto é, medicamentos feitos à base de plantas podem influenciar também. Assim como a erva doce e o cravo da índia podem ser abortivos, algumas plantas também podem interferir quando a mulher não quer engravidar.
A erva de São João, por exemplo, também conhecida como Hipérico ou Hipericão, é uma das plantas que podem cortar o efeito do anticoncepcional e resultar em uma gravidez indesejada.
Mas e a cannabis, ela pode cortar o efeito anticoncepcional?
Os remédios que tomamos são importantes. Se estamos ingerindo é por alguma razão. Contudo, isso não deve impedir de ter uma vida sexual ativa.
No entanto, alguns medicamentos, como antiepilépticos, antimicrobianos, corticoides e até remédios contra o HIV podem acelerar a metabolização dos anticoncepcionais, o que pode diminuir e até mesmo cortar o efeito do método preventivo.
Se tratando da cannabis, ainda não há uma resposta certa sobre isso. Os estudos feitos até agora, só mostraram a sua interação com a gravidez.
Segundo um estudo feito nos Estados Unidos, mulheres que estão tentando engravidar e usam maconha têm menos chances, comparado com as que não usam. O uso da substância por grávidas ou mulheres amamentando já era contra indicado, mesmo quando o assunto era óleo medicinal.
Conversando com o Dr. Thiago Braga, do Medicina.In, uma clínica especializada em cannabis, ele acrescentou que faltam dados concretos na literatura para afirmar se existe interação com anticoncepcionais e o uso recreativo da cannabis.
Em pesquisa a bancos de dados farmacológicos, ele diz ter encontrado menção a uma possível interação entre o Canabidiol (CBD) e o Etinilestradiol em específico. Um tipo de anticoncepcional que teria sua ação reduzida pelo CBD.
“Porém as fontes ainda são ralas, e a citação que disponibilizam é de um trial clínico que ainda está em andamento e tem previsão para terminar em Agosto de 2021, sem resultados publicados até o momento”, acrescentou.
Também não há dados suficientes para afirmar que a maconha possa interferir, por isso também estamos no escuro em relação ao uso recreativo.
É importante ressaltar que qualquer produto feito com a cannabis precisa ser prescrito por um profissional de saúde habilitado, que poderá te orientar de forma específica e indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.
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Tainara Cavalcante
Jornalista pela Fapcom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós graduanda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
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