Recentemente a Associação Abrace Esperança divulgou a venda de um óleo de cannabis mais em conta. O produto, segundo a entidade, tem o objetivo de ser acessível para mais pacientes de renda baixa.
O óleo com 30 mililitros custará R$79,00 e pode durar um mês. Ele vai começar a ser disponibilizado a partir de janeiro de 2021.
Remédios à base de cannabis não são baratos. Os dois únicos medicamentos aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) custam mais de dois mil reais.
As importações também não costumam sair mais barato, principalmente porque são comprados com o preço em dólar. Isso fora o frete.
Há também muitos jardineiros que produzem e vendem de forma ilegal, mas o preço sempre é superior a R$100,00.
A Abrace foi a primeira entidade a receber o aval judicial para o plantio de cannabis no Brasil. Depois dela, apenas a APEPI no Rio de Janeiro conseguiu a decisão também, mas foi derrubada.
Apesar do produto ser disponibilizado em todas as concentrações na entidade, o novo óleo à base de cannabis da Abrace é indicado para pacientes no início do tratamento, que usam em média, apenas 5 gotas três vezes ao dia.
Segundo a associação, assim como os demais óleos produzidos, o frasco mais em conta será oferecido apenas para associados.
O valor do óleo pode variar de acordo com vários fatores, como origem, patologia e concentração.
As associações, por exemplo, tendem a vender mais barato. Por outro lado, as empresa são capazes de garantir um óleo com um grau farmacêutico.
Dependendo da condição médica, o óleo pode variar de R$150,00 (para ansiedade, por exemplo), a R$2.500,00 (para epilepsia, por exemplo).
Por outro lado, há também a opção do custeamento pelo convênio médico ou pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Mas em ambas é necessário entrar com uma ação judicial para o custeamento.
Saiba mais sobre judicialização aqui.
Este é um exemplo de como o plantio pode baratear os custos. Há até um projeto de lei tramitando na câmara dos deputados sobre o assunto.
Ele prevê o cultivo por empresas tanto para o uso industrial, quanto medicinal da cannabis. A proposta tem causado polêmica e divisão até no senado, onde a pauta ainda nem chegou.
A principal crítica dos opositores é de possíveis desvios para o tráfico. Porém, muitos dos produtos e medicamentos à base de cannabis são geralmente feitos com o cânhamo, uma derivação da planta que é rica em canabidiol (CBD).
O cânhamo tem uma concentração bem pequena de tetra-tetraidrocanabinol (THC), substância que causa os efeitos alucinógenos. Esse tipo de planta, que também tem o cultivo bem diferente da maconha, deve ter no máximo, 0,3% de THC.
Hoje, há inúmeras cepas de cannabis. Por isso, remédios com concentrações maiores do componente alucinógeno, são devidamente controladas.
O Brasil é um país de agricultores e com um clima favorável ao cultivo. O que também seria economia.
Segundo um relatório da ADWA Cannabis, o país tem quase 8 bilhões de quilômetros quadrados que serviriam para criar um valor de insumos de até S$2,4 bilhões de reais, o que deixa os empreendedores eufóricos.
Tainara Cavalcante
Jornalista pela Facom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós doutoranda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
Inscreva-se grátis na nossa Newsletter!
Kamala Harris lança plano nacional de legalização da maconha
STF pode decidir sobre a cannabis em farmácias de manipulação
Cidade catarinense aprova cannabis no SUS
Ministro propõe ‘mais rigor’ ao autorizar cultivo de cannabis
Califórnia aprova ‘proibição de emergência’ do THC
Anvisa atualiza formulário de importação de cannabis
Copyright 2019/2023 Cannalize – Todos os direitos reservados
Solicitação de remoção de imagem
Termos e Condições de Uso