Com o crescimento do uso no país, muitas pessoas estão sujeitas a cair em golpes ou fazer compras de produtos duvidosos. Por isso, separamos 5 dicas importantes
O uso da cannabis tem crescido no Brasil. De acordo com dados da inteligência de mercado Kaya Mind, atualmente mais de 200 mil pessoas utilizam produtos à base da planta, seja através de importações, associações ou farmácias.
Contudo, o preço não é barato. Um óleo com uma alta concentração de CBD (canabidiol), nas drogarias, por exemplo, pode chegar a um custo de R$2.500. Valor inviável para boa parte da população.
Dessa forma, muitos acabam optando por comprar de produtores caseiros, feitos por cultivadores que trabalham na ilegalidade. O que pode ser perigoso, uma vez que não se sabe ao certo quais são as concentrações, as substâncias contidas ou se há contaminantes.
Por isso, listamos cinco dicas para não cair em golpes na hora de comprar o seu produto:
Ao contrário do que muitos pensam, o uso da cannabis para fins medicinais é regulado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) desde 2015, quando aprovou a importação e posteriormente, a venda nas drogarias.
Mas antes de procurar o óleo de cannabis na internet, é importante entender que os produtos só podem ser vendidos com prescrição. No caso das farmácias, ainda precisa ser com receita especial.
Por isso, se alguém te oferecer os produtos sem prescrição médica, desconfie.
Atualmente, a maioria dos produtos são importados de países como Estados Unidos e Canadá. Contudo, lá fora eles não são medicamentos, mas classificados como suplementos alimentares.
Por causa disso, se for importar, é importante se fazer algumas perguntas, como: Será que foi testado? É feito por uma empresa séria? Tem algum tipo de registro?
Algumas empresas sérias disponibilizam o COA, uma espécie de certificação que contém todas as informações do produto, como quantidade exata de CBD, THC (tetrahidrocanabinol) e outros compostos. Além de informar onde a cannabis foi plantada e até a qualidade do solo.
Também evite comprar por redes sociais, whatsapp e sites estranhos sem muitas informações e que não pedem documentos como autorização da Anvisa. Hoje, a importação só pode ser feita se o paciente tiver um documento que autorize a importação. Saiba como fazer o seu documento aqui. Caso não peça, pode ser um golpe.
Alguns levantamentos mostram que há cerca de 40 associações canábicas no Brasil. A maioria trabalha em desobediência civil, mas isso não quer dizer que ela não seja séria. Por isso, levantamos alguns pontos para se avaliar, como:
A entidade possui algum laboratório para a formulação do óleo? Os testes para saber a quantidade de canabinoides são feitos por alguma universidade? A entidade coloca rótulo nos produtos? É transparente quanto a formulação? Busca o aval da Anvisa?
Também converse com os associados e entenda as suas experiências e queixas. Na dúvida, recorra a instituições com autorização judicial para plantar.
Se você está lendo esse texto depois de comprar o óleo, não precisa jogar fora! Saiba que você também pode testar o seu produto.
Atualmente há empresas que vendem pequenos testes que verificam a qualidade do produto, quais as substâncias contidas e intensidades.
Como dito anteriormente, o mercado da cannabis já está a todo o vapor no Brasil, com heath techs especializadas na importação dos produtos.
Caso precise de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas, além de auxiliar na marcação de uma consulta, dar suporte na compra do produto até no acompanhamento do tratamento. Clique aqui.
Tainara Cavalcante
Jornalista pela Facom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós doutoranda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
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