10 Curiosidades da Cannabis no mundo animal

10 Curiosidades da Cannabis no mundo animal

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As colunas publicadas na Cannalize não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem o propósito de estimular o debate sobre cannabis no Brasil e no mundo e de refletir sobre diversos pontos de vista sobre o tema.​

A cannabis não é usada apenas para tratar pessoas, mas também uma variedade de animais. Será que você sabia de alguma destas 10 curiosidades da cannabis para os pets?

O mundo voltou a reparar as propriedades terapêuticas da cannabis aos poucos. 

Algumas universidades brasileiras, por exemplo, já tem falado dela, sobretudo do Sistema Endocanabinoide, por onde a cannabis atua no organismo.

No entanto, o conhecimento da cannabis no mundo animal ainda é escasso, principalmente no Brasil.

Foi pensando nisso que no dia 4 de dezembro nós batemos um papo com o veterinário João Lourenço, que nos esclareceu todas as dúvidas sobre como os animais podem se beneficiar da planta.

O veterinário teve a oportunidade de estagiar em uma clínica no Colorado, nos Estados Unidos, onde conheceu um pouco sobre os tratamentos da cannabis em animais.

Na live, ele tirou as dúvidas de quem estava assistindo e trouxe também muitas curiosidades sobre a planta no mundo animal. Veja 10 delas:


  1.     Os animais não gostam dos efeitos alucinógenos do THC

João Lourenço explicou que, ao contrário do que muitos pensam, os animais não são fãs da famosa “brisa”.

Eles ficam confusos, um pouco tontos, não conseguem ficar em pé direito. Em últimos casos, os animais podem apresentar até uma incontinência urinária.  

É importante ressaltar que os animais não gostam dos efeitos e devemos evitá-los a todo custo. Até mesmo em dosagens medicinais. Por isso, é preciso saber dosar.

A continência urinária, por exemplo, é ocasionada quando introduzimos alguma dose de THC muito alta sem habituar o corpo do pet.

A intoxicação também pode ocasionar um aumento da pressão arterial e aumentar a frequência cardíaca.


  1.     A cannabis pode ajudar até 70% das doenças dos animais

O veterinário acrescenta que os principais usos da cannabis nos animais são voltados aos efeitos analgésicos contra a dor e também inflamação.

Nesta lógica, 60% a 70% das doenças que acometem os animais podem ser pelo menos, amenizadas pelo uso da cannabis.

Caso a utilização da cannabis seja para fins inflamatórios ou para dores, ela pode substituir remédios convencionais.


  1.     Remédios derivados da cannabis não prejudicam o organismo dos animais.

João Lourenço diz que até agora, não viu nenhum estudo dizendo que os remédios à base da planta tenham algum efeito prejudicial ao fígado e aos rins.

Isso a torna bastante segura, principalmente para pacientes muito debilitados. Em animais idosos, por exemplo, a cannabis consegue fazer uma manutenção da qualidade de vida deles.

No entanto, o THC é a única molécula que tem efeito intoxicante, tanto nos animais quanto nos humanos.

A preocupação maior é que os animais podem se intoxicar com esta molécula, caso haja dosagens erradas.


  1.     Animais carnívoros toleram mais o THC

O veterinário explica que alguns animais têm uma tolerância maior ao THC, especialmente os carnívoros.

Isso pode ajudar para o aumento da substância em alguns remédios sem causar a intoxicação dos animais.


  1.     Todos os animais podem usar a cannabis

A especialidade do João Lourenço é cães e gatos. No entanto, ele complementa que até onde ele saiba, não há nenhuma contra indicação da cannabis por espécies.

Atualmente, a cannabis já é administrada em elefantes, cavalos, papagaios, vacas entre outros animais.


  1.     Praticamente todos os bichos possuem Sistema Endocanabinoide

O médico veterinário ainda acrescenta que todos os animais vertebrados e mamíferos possuem o sistema, que ajuda a regular várias funções do organismo, como fome, humor, sono, sistema nervoso, imunológico e por aí vai.

O Sistema Endocanabinoide funciona a nível celular, que através de receptores, sinaliza quando algo não vai bem e precisa ser regulado.

A cannabis age através deste sistema. Como uma espécie de reforço, ela auxilia com os chamados canabinoides, que podem trabalhar da mesma forma que os canabinoides produzidos pelo nosso organismo.


  1.     Os resultados são bem rápidos que remédios convencionais

João Lourenço acrescenta que, embora este tempo seja relativo de animal para animal ou também da condição tratada, a cannabis não demora a fazer efeito.

Em condições como o câncer, por exemplo, pode demorar certo tempo para o animal desenvolver uma resposta. Porém já na primeira semana, já é possível perceber alguns efeitos positivos.

O veterinário ainda ressalta que assim como em pessoas, a dosagem para cada animal é relativa. Pode ser que dois gatos da mesma espécie, por exemplo, precisem de dosagens diferentes.

  1.    

    Os animais não desenvolvem tolerância à remédios derivados da cannabis

Há remédios para humanos e animais que, depois de um tempo, ocasionam uma resistência maior no organismo. Onde o médico ou veterinário se vê obrigado a aumentar a dose.

Mas, segundo João Lourenço, com a cannabis não é assim.  Os animais não desenvolvem resistência aos efeitos benéficos.

É possível administrar a mesma dosagem por bastante tempo, sem precisar aumentar ou diminuir.


  1.     A cannabis pode potencializar os efeitos de outras medicações

É importante destacar que, embora a cannabis seja segura, é preciso ter cautela em relação aos medicamentos já administrados.

O veterinário alerta que a cannabis pode potencializar os efeitos de outros remédios, o que pode ser bom e ruim.

O lado positivo é o de que é possível fazer uma redução da dose para ter o mesmo efeito com as medicações

A parte ruim é que a cannabis pode ocasionar uma superdosagem, o que não é aconselhável e pode prejudicar principalmente animais que são mais debilitados.


  1. Associações voltadas para PETS já são uma realidade no Brasil

Embora em uma quantidade bem menor que entidades voltadas ao tratamento humano com a cannabis, as associações para pets já estão funcionando no Brasil.

Como por exemplo, a Abracepet Esperança, na Paraíba. A entidade foi criada pelos mesmos responsáveis pela Abrace.

Os prescritores para animais também já são uma realidade no país. A Universidade Federal de Santa Catarina, por exemplo, já dá aulas sobre o Sistema Endocanabinoide no curso de veterinária.

Perdeu a live? Não se preocupe, ela está salva no nosso perfil do Instagram ou abaixo:

https://www.instagram.com/p/CIZDrvuAmDf/

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