Em fevereiro deste ano, o estado do Michigan, nos Estados Unidos, autorizou o processo químico que converte o CBD (canabidiol) em THC (tetrahidrocanabinol). A nova legislação foi uma tentativa de frear o procedimento que era feito de forma clandestina.
O THC nada mais é que a principal substância que gera os efeitos da maconha, a famosa alta.
Por causa das taxas mais altas do plantio de THC, a prática é feita para economizar dinheiro.
De acordo com as novas regras da agência reguladora de maconha do estado, os produtores de cânhamo estarão autorizados a vender as suas safras para operadores licenciados a processar maconha e THC.
De acordo com o químico e idealizador do Reaja, Fabiano Soares, a transformação do CBD em derivados do THC não é tão incomum nos EUA, e é uma forma de aproveitar o cânhamo produzido em excesso.
“Nos Estados Unidos, o mercado do CBD cresceu muito rápido e várias fazendas começaram a cultivar, o que tornou o produto em disponível e barato. Contudo, eles produziam mais do que podiam vender”, diz.
Segundo Soares, trata-se de um processo químico laboratorial e há caminhos para transformar em outras derivações de THC, como delta-9 e até em delta-10.
O químico diz que o processo é feito em laboratório e a conversão pode acontecer em até uma semana.
Embora os dois canabinoides interajam de maneiras diferentes no organismo, as moléculas do canabidiol e o tetrahidrocanabinol são muito parecidas, o que torna a conversão possível.
No processo, o CBD é diluído em álcool e um tipo de ácido, que são agitados e expostos a altas temperaturas, resultando em uma reação química que transforma o CBD em THC sintético.
De acordo com Soares, o organismo não enxerga diferenças entre o THC sintético e o natural, por isso, metaboliza da mesma forma.
Ele também acrescenta que, até onde se sabe, não há reações adversas. Por outro lado, é preciso ter atenção com a modificação de canabinoides, como a forma em que o processo é feito, por exemplo.
Dependendo de como a modificação é desenvolvida, é preciso ter cuidado para não deixar resíduos, que podem ser prejudiciais para o organismo.
Motivo pelo qual o estado do Michigan legalizou a prática, que era feita de forma clandestina.
É importante ressaltar que qualquer produto feito com a cannabis precisa ser prescrito por um médico que, inclusive, poderá indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.
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Tainara Cavalcante
Jornalista pela Facom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós doutoranda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
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