Há um verme específico que interage com os canabinoides da mesma forma que os humanos. Semelhança que pode ser útil para entender como a planta afeta o sistema nervoso
Parece que ficar com aquela fome estranha depois de um “beck” não é coisa exclusiva de humanos, pelo menos de acordo com um estudo feito pela Universidade do Oregon, nos Estados Unidos.
De acordo com pesquisas anteriores, até o momento, a alimentação hedônica, ou seja, comer apenas por prazer, era vista apenas em mamíferos, como ratos e primatas. Mas agora os vermes também entram na lista.
Segundo a pesquisa, o mecanismo pelo qual a cannabis afeta o apetite evoluiu há mais de 500 milhões de anos em um ancestral comum dos humanos e de vermes da espécie Caenorhabditis elegans.
Semelhança que pode ser útil para entender como a planta afeta o sistema nervoso.
A cannabis gera os efeitos no nosso organismo, por causa dos seus canabinoides, pequenas moléculas que podem interagir com um sistema do nosso corpo chamado Sistema Endocanabinoide.
Ele ajuda a regular várias funções, como sistema nervoso e sistema imunológico, que podem influenciar em áreas como o humor, sono e, claro, a fome. É o nosso organismo que geralmente produz canabinoides, mas também pode receber moléculas de fora, como a cannabis.
Quando a maconha é inalada o THC (tetrahidrocanabinol), principal canabinoide que gera a “brisa” da planta, se conecta aos receptores do sistema nervoso central que controlam a fome e o apetite. E é aí que desenvolve a larica.
Isso confunde o cérebro, ele não entende que já estamos satisfeitos e a fome vem mesmo quando se acaba de comer. O canabinoide também pode desencadear um surto de um hormônio chamado grelina, mais conhecido como hormônio da fome.
Ao investigar o efeito dos canabinoides nos vermes, os pesquisadores mergulharam o C. elegans em uma solução com anandamida, o canabinoide produzido naturalmente pelo organismo.
Logo em seguida, os pequenos seres foram colocados em um labirinto em forma de T, em que de um lado havia bactérias mais apetitosas e do outro, menos atraentes. Os vermes que receberam a dose de anandamida optaram pela primeira opção, além de passar mais tempo comendo.
O C.elegans ainda foi comparado a vermes geneticamente modificados com receptores humanos em seu sistema endocanabinoide. Ao serem mergulhados na anandamida, os resultados foram os mesmos.
“Isso enfatiza a semelhança dos efeitos canabinoides em nematóides e humanos, mesmo após 500 milhões de anos de evolução.” Disse Shawn Lockery, professor de biologia da Universidade de Oregon e autor do estudo, ao portal Live Science.
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Tainara Cavalcante
Jornalista pela Fapcom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós graduanda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
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