Um novo estudo de pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte determinou que variações genéticas em um receptor de serotonina podem ser responsáveis pelos efeitos variados de substâncias psicodélicas nas pessoas.
Variações genéticas comuns em um determinado receptor de serotonina podem ser responsáveis pelos efeitos variados que os psicodélicos têm em diferentes indivíduos, de acordo com um estudo publicado recentemente por pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte.
O estudo, que vem em um momento importante de pesquisas sobre os potenciais benefícios terapêuticos dos psicodélicos, pode esclarecer os motivos dessas substâncias terem efeitos positivos para alguns pacientes com problemas graves de saúde mental, enquanto outros encontram pouco valor terapêutico nessas substâncias.
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Bryan Roth liderou uma equipe de pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte para concluir o estudo. O objetivo da pesquisa era explorar como as variações neste receptor de serotonina alteram a atividade de quatro terapias psicodélicas.
O estudo de laboratório em células mostrou que sete variantes impactam de forma única e diferenciada a resposta do receptor a quatro substâncias psicodélicas:
Os pesquisadores acreditam que a pesquisa in vitro pode ser útil para determinar terapias de saúde mental adequadas para os pacientes.
“Com base em nosso estudo, esperamos que pacientes com diferentes variações genéticas reajam de maneira diferente aos tratamentos assistidos por psicodélicos”, disse Roth, que lidera o Programa de Triagem de Drogas Psicodélicas dos Instituto Nacional de Saúde.
“Achamos que os médicos devem considerar a genética dos receptores de serotonina de um paciente para identificar qual composto psicodélico provavelmente será o tratamento mais eficaz em futuros ensaios clínicos”, completou.
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Embora sejam muito promissoras, as drogas psicodélicas não parecem ser eficazes como tratamento para todos.
Dustin Hines, PhD, professor assistente de neurociência no departamento de psicologia da Universidade de Nevada, Las Vegas, que não esteve envolvido no estudo da UNC, disse que a pesquisa pode esclarecer porque as terapias psicodélicas variam de pessoa para pessoa.
“A variação genética neste receptor demonstrou influenciar na resposta dos pacientes a outras drogas”, disse Hines à Healthline.
Hines também observou que as diferenças nas condições de saúde mental de pessoa para pessoa também podem contribuir para a forma como os pacientes respondem a tratamentos psicodélicos ou mais tradicionais.
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Os pesquisadores da UNC observaram que o estudo pode ajudar a fornecer informações aos médicos que consideram os psicodélicos como tratamento para seus pacientes.
“Mais pesquisas nos ajudarão a continuar a encontrar as melhores alternativas para ajudar pacientes individuais”, disse Roth.
Arthur Pomares
Jornalista e produtor de conteúdo da Cannalize. Apaixonado por café, futebol e boa música. Axé.
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