Em janeiro a campanha pela vacinação contra a COVID19 estava bastante adiantada nos Estados Unidos, comparado a outros países como o Brasil. Contudo, como em todos os lugares, há algumas resistências.
Foi pensando nisso que uma ONG de Washington resolveu distribuir maconha para quem fosse imunizado. As pessoas só precisavam mostrar o comprovante para obter uma pequena porção de forma gratuita.
Segundo Adam Eidinger, um dos fundadores da organização à Forbes, a campanha chamada “Vaccine Based” é uma forma de apoiar a ciência.
Mas será que não há alguma interação entre a cannabis e as vacinas?
Coronavac, Astrazeneca, Pfizer…Primeiro, é importante ressaltar que todas as vacinas são seguras. Todas foram testadas em humanos e aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Embora sem um estudo que comprove ou não, a utilização da cannabis antes ou depois da vacinação não parece ser um problema. Segundo o órgão ImmunizeBC, não há nenhum risco de interação entre a cannabis e a vacina contra COVID.
Contudo, estar “chapado” na hora de se vacinar não é recomendado. Não porque há alguma interação, mas porque o enfermeiro precisa do consentimento para aplicar a vacina.
Como em vários procedimentos, precisamos responder algumas perguntas, em que uma pessoa sob efeito da erva pode não absorver totalmente as informações.
Por outro lado, é importante ressaltar que o Coronavírus pode afetar o sistema respiratório, por isso, pessoas que fumam qualquer tipo de substâncias podem se tornar mais vulneráveis.
Segundo o pneumologista Albert Rizzo, diretor médico da Associação Americana do Pulmão à CNN, fumar maconha, mesmo que ocasionalmente, pode aumentar o risco de desenvolver complicações mais graves da COVID.
A especialista em doenças infecciosas pela Stanford Health, Dr. Anne Liu destacou ao portal CNBC que a alternativa é moderar o consumo, além de trocar o cigarro por comestíveis e até o uso vaporizado.
Em outubro começa a fase 3 de um novo estudo realizado no Instituto do Coração da Universidade de São Paulo (USP), em que os pesquisadores irão testar o uso do Canabidiol (CBD) para a chamada COVID Longa.
A escolha do canabidiol se deu por causa do seu efeito anti-inflamatório. Algumas pesquisas têm se concentrado principalmente no tratamento de “tempestades de citocinas” , uma reação imunológica grave que pode danificar os pulmões e levar à síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA).
Tainara Cavalcante
Jornalista pela Fapcom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós graduanda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
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