Universidades brasileiras recebem 15 milhões para estudos com o CBD

Universidades brasileiras recebem 15 milhões para estudos com o CBD

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O investimento será destinado a seis estudos diferentes em três universidades federais. Um deles, para o tratamento da endometriose, pode ser o primeiro do mundo. 

Três universidades públicas do Brasil obtiveram um total de 15 milhões de reais para utilizar o Canabidiol (CBD) em seis estudos diferentes. O objetivo é testar as propriedades medicinais da substância em algumas doenças.

O CBD é uma das principais moléculas encontradas na cannabis. Bastante usada como terapia, ela não possui os efeitos alucinógenos presentes da maconha e é segura para os humanos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Os incentivos às pesquisas são da empresa farmacêutica canábica Greencare, e serão destinados à Universidade Pública de São Paulo (USP), Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e também para a Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

No final de fevereiro deste ano, a empresa já havia anunciado um aporte de 40 milhões de reais para ampliar a sua equipe de consultores, investimentos em pesquisas e até para a construção de fábricas.

Primeiro estudo do mundo?

O objetivo é dar continuidade aos projetos, pois alguns estudos já estão em andamento. O mais avançado até agora, é sobre cannabis para o tratamento da endometriose, desenvolvido pela Unifesp.

Ele já está em fase de testes clínicos, ou seja, já pode ser testado em pacientes humanos. Através de um recrutamento voluntário, cerca de 30 mulheres serão selecionadas para a pesquisa. 

Embora um estudo espanhol sobre o tratamento da doença com a cannabis tenha mostrado alguns resultados, a pesquisa brasileira pode ser a primeira no mundo a testar o canabidiol.

Isso porque o projeto desenvolvido pela universidade europeia Pompeu Fabra utilizou o tetraidrocanabinol (THC) nas suas pesquisas. O composto também é presente em abundância na  planta e o principal composto que gera o famoso “barato” da maconha.

Além da endometriose, o canabidiol também é testado para o tratamento da ansiedade pela USP e para Parkinson pela UFPB. Os outros três, serão anunciados em 2022.

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