Será que a maconha que vai para a incineração poderia ter um outro destino? Pesquisadores da federal do Rio Grande do Sul diz que sim.
Nesta quinta-feira (15), pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) pretendem se reunir com a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia no SUS (CONITEC) para falar sobre medicina canábica.
Embora outras federais no Brasil já fazem estudos com a planta, a universidade do Rio Grande do Sul tem uma abordagem um pouco diferente.
Ao invés de plantar ou importar, ela pretende utilizar maconhas apreendidas pela Polícia Federal, que geralmente é incinerada. O objetivo é aproveitar o material para as pesquisas.

Expectativas
Na semana passada (7), o reitor da Universidade Carlos André Bulhões e o senador Lasier Martins (Podemos) apresentaram a proposta ao Ministério da Saúde em Brasília.
Segundo informações do jornal Gauchazh, a ideia foi bem recebida na reunião. No mesmo dia, ambos também bateram um papo com os diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Agora, o projeto será analisado com um olhar mais técnico da Conitec.
“O Brasil gasta hoje cerca de R$300 milhões por ano importando canabidiol. Estávamos já discutindo o assunto, levamos à PF, que gostou muito. A UFRGS está pronta para isso, temos o conhecimento, a estrutura e os equipamentos. Teríamos capacidade para atender a demanda nacional”, afirma o pró-reitor de Inovação e Relações Institucionais, Geraldo Pereira Jotz ao jornal.
Caso haja um sinal verde a Universidade terá pela frente outras etapas, como transporte e segurança do insumo. Contudo, só a aprovação já será um grande avanço.