UFRGS irá encaminhar pedido de cannabis apreendida à Justiça Federal 

UFRGS irá encaminhar pedido de cannabis apreendida à Justiça Federal 

Sobre as colunas

As colunas publicadas na Cannalize não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem o propósito de estimular o debate sobre cannabis no Brasil e no mundo e de refletir sobre diversos pontos de vista sobre o tema.​

O objetivo é explorar os componentes da cannabis pela universidade, utilizando a maconha apreendida pela Polícia Federal. 

Nas próximas semanas, a  Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) vai encaminhar uma solicitação para um projeto piloto à Justiça Federal. Trata-se da obtenção de maconha apreendida, que costuma ser incinerada pela política.

Embora outras federais no Brasil já façam estudos com a planta, a universidade do Rio Grande do Sul tem uma abordagem um pouco diferente. 

Ao invés de plantar ou importar, ela pretende utilizar maconhas apreendidas pela Polícia Federal. O objetivo é aproveitar uma pequena parte das toneladas apreendidas todos os anos para as pesquisas.

Ela quer aproveitar a maconha para a extração de Canabidiol (CBD), componente da maconha que não gera efeitos alucinógenos. A expectativa é que os efeitos do chamado canabinoide sejam explorados pela UFRGS.

Pequenos passos 

Em julho, o reitor da UFRGS Carlos André Bulhões e o senador Lasier Martins (Podemos) apresentaram a proposta ao Ministério da Saúde em Brasília. 

Segundo informações do jornal Gauchazh, a ideia foi bem recebida na reunião. No mesmo dia, ambos também bateram um papo com os diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). 

Então o projeto seguiu para uma análise mais técnica da Comissão Nacional de Conitec.

Próximos passos da UFRGS

Nos últimos dias, de acordo com o pró-reitor de inovação e Relações Institucionais, Geraldo Pereira Jotz, atualizou o andamento do projeto.  

Ele ainda acrescentou que a solicitação será de apenas 5 kg de cannabis, que deve ser feito através da procuradoria-geral da universidade. 

“Esse processo terá toda a orientação e acompanhamento da PF. E a partir daí vamos fazer os testes, descobrir quanto canabidiol podemos extrair e de qual qualidade”, explica Jotz ao GHZ.

Os dados da primeira extração serão encaminhados à Anvisa, que ainda poderá aprovar ou não a utilização da cannabis apreendida.

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