Em algum momento você já ouviu falar ou conhece alguém que sofreu de traumatismo craniano em algum acidente. Mas vamos entender melhor sobre.
Basicamente, o traumatismo craniano, ou traumatismo cranioencefálico, é uma lesão que ocorre no crânio provocada por uma pancada ou trauma na cabeça, que pode atingir de forma negativa o cérebro e ocasiona sangramento e coágulos.
Os ossos do crânio, grandes e duros, ajudam a proteger o cérebro de lesões. Além disso, o cérebro está rodeado de camadas de tecido (meninges) que contêm líquido cefalorraquidiano e o protegem de traumatismos.
Portanto, a maioria das colisões e danos na cabeça não lesionam o cérebro. Os traumatismos cranianos que não afetam o cérebro são considerados pouco graves.
Mas caso afete o cérebro tornando o quadro mais grave, a pessoa pode perder a consciência ou ter sintomas de disfunção cerebral.
Geralmente, nos Estados Unidos, cerca de 50 a cada 10 mil pessoas sofrem um traumatismo craniano todos os anos.
O traumatismo craniano pode ser classificado em vários tipos, dependendo da gravidade da pancada, do grau das lesões no cérebro e dos sintomas apresentados, como:
Leve: É o tipo mais comum, em que a pessoa se recupera mais rapidamente, pois ocorre lesões cerebrais menores. Nestes casos, a pessoa geralmente passa algumas horas de observação em emergência e pode seguir com tratamento em casa, mantendo-se sempre em observação;
Moderado: Ocorre uma lesão que atinge uma área maior do cérebro e a pessoa tem maior risco de ter complicações. Nesse caso o paciente precisa ficar internado.
Grave: Está relacionado a lesões cerebrais extensas, com presença de grandes sangramentos na cabeça, sendo que, nestas situações, a pessoa deve ficar internada em uma UTI.
Como já foi dito, uma das principais causas do traumatismo craniano é a queda acompanhada de uma pancada na cabeça (principalmente em idosos e crianças pequenas).
Em muitos casos essas quedas podem ser ocasionados pelos seguintes fatores:
No ano de 2014, a causa mais comum de lesão cerebral traumática foram as quedas.
Os sintomas de traumatismo craniano podem surgir imediatamente após o acidente ou só aparecerem depois de algumas horas, ou até semanas, após a pancada na cabeça, sendo que os mais comuns são:
No caso de crianças, os sintomas de traumatismo craniano podem também incluir:
Mas afinal, existem alguns tratamentos?
A resposta é sim. O tratamento para traumatismo craniano depende do tipo, gravidade e extensão das lesões no cérebro e é indicado por um neurologista após a realização de tomografia computadorizada ou ressonância magnética.
Contudo, diante disso, pode ser necessário atendimento de médicos de outras especialidades, como o ortopedista, por exemplo.
Em paciente com quadro mais graves, o médico poderá recomendar uso de medicamentos para dor, realização de sutura ou curativos, no caso de lesões cortantes, e um período de vigilância e observar se a pessoa não apresenta sinais e sintomas de gravidade, sendo possível ter alta hospitalar nas primeiras 12 horas, mantendo os remédios por via oral e observação.
Nos casos de traumatismo craniano moderado a grave, em que existem hemorragias, fraturas ou lesões cerebrais graves, poderá ser indicada cirurgia para aliviar a pressão na cabeça e reduzir o sangramento e, por isso, pode ser necessária a internação em UTI e a pessoa poderá ter que ficar muitos dias até que se recupere.
Além disso, muitas vezes, pode-se justificar o coma induzido, que serve para diminuir a atividade cerebral, de forma a acelerar a recuperação. Durante o coma induzido, a pessoa respira por aparelhos e recebe medicamentos na veia.
O traumatismo craniano pode provocar sequelas físicas e levar a alterações de comportamento, que podem surgir logo após o trauma, ou aparecer um tempo depois. Algumas das sequelas físicas são perda dos movimentos de partes do corpo, alterações na visão, no controle da respiração, problemas intestinais ou urinários.
A pessoa que sofreu de um traumatismo craniano pode ainda ter dificuldades para falar, para engolir, perda de memória, apatia, agressividade, irritabilidade e alterações no ciclo do sono.
Entretanto, após diagnosticar uma sequela, o médico indicará a reabilitação, que é um conjunto de atividades desenvolvidas por profissionais como fisiatra, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, psicólogo, terapeuta ocupacional que vão ajudar na recuperação dos movimentos e melhorar a qualidade de vida da pessoa que sofreu o traumatismo craniano
Bruno Oliveira
Tradutor e produtor de conteúdo do site Cannalize, apaixonado por música, fotografia, esportes radicais e culturas.
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