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Saúde e Ciência

Transtorno Bipolar: O que é, Causas, Sintomas e Tratamentos



18/01/2021



Cerca de 8% da população adulta brasileira é diagnosticada com transtorno bipolar. A Associação Brasileira de Transtorno Bipolar (ABTB) estima que cerca de 15 milhões de brasileiros sejam portadores do quadro psicopatológico.

A mudança de humor é algo normal em qualquer pessoa. Mas quando se trata de oscilações de humor frequentes e com intensidades maiores do que o comum, podem ser um transtorno. Como por exemplo, o transtorno bipolar.

Primeiro, é necessário entender o que é esse transtorno.

É uma condição psiquiátrica que provoca alterações no comportamento e leva uma pessoa a oscilar entre momentos de euforia e depressão.

O termo “oscilações de humor” significa mudança entre os chamados estados de mania, hipomania e depressão. 

Sua frequência pode variar, assim como a intensidade do quadro que pode ser leve, moderada ou grave.

Existem diferentes tipos de transtorno bipolar e todos eles afetam os níveis de humor, energia e eficiência da pessoa. Sendo assim é possível que a pessoa manifeste estados de humor extremamente enérgico ou muito tristes e sem energia.

Mas quais os tipos de bipolaridades?

Pessoas com episódios maníacos podem manifestar comportamentos dispropocionais ao momento e ambiente, como gastar muito dinheiro, ter mais relações sexuais, ter planos e ideias que perdem o contato com a realidade, sendo guiado simplesmente pelo que esta sentindo. 

Transtorno bipolar 1 – Nesse tipo, o paciente apresenta ciclos definidos, no qual é possível identificar pelo menos um episódio maníaco, de curta duração e períodos de depressão profunda;

Transtorno bipolar tipo 2 – Pessoas com transtorno bipolar tipo 2 não possuem ciclos de oscilação tão definidos quanto os pacientes tipo 1, são oscilações de humor mais sutis;

Ciclotimia – Existe uma forma leve de transtorno bipolar chamada ciclotimia, que envolve oscilações de humor menos graves.Pessoas com essa forma alternam entre hipomania e depressão leve. As pessoas com transtorno bipolar do tipo 2 ou ciclotimia podem ser diagnosticadas incorretamente como tendo apenas depressão.

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Sintomas do transtorno

  • Desânimo diário ou tristeza; 
  • Dificuldade de se concentrar, de lembrar ou de tomar decisões; 
  • Perda de peso e falta de apetite; 
  • Comer excessivamente e ganho de peso; 
  • Fadiga ou falta de energia; 
  • Se sentir inútil, sem esperança ou culpado; 
  • Perda de interesse nas atividades que antes eram prazerosas; 
  • Baixa autoestima; 
  • Pensamentos sobre morte e suicídio; 
  • Problemas para dormir ou excesso de sono; 
  • Afastamento dos amigos ou das atividades que antes eram prazerosas.

O risco de tentativas de suicídio em pessoas com transtorno bipolar é grande. Os pacientes podem abusar do álcool ou de outras substâncias, piorando os sintomas.

As mudanças de humor podem acontecer com mais frequência em algumas pessoas, com oscilações acontecendo de quatro a cinco vezes por ano e, em alguns casos, até mesmo várias vezes ao dia.


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Causas

Ainda não se sabe a causa exata do transtorno bipolar, mas alguns fatores podem contribuir para este problema, como as peculiaridades biológicas, por exemplo:

  • Fisiologia do cérebro; 
  • Desequilíbrio entre os neurotransmissores; 
  • Desequilíbrio hormonal; 
  • Fatores genéticos; 
  • Estresse; 
  • Violência sexual e outras experiências traumáticas.

Tratamento do transtorno

A triste realidade é que o transtorno bipolar não tem cura, mas pode ser controlado.

O tratamento se baseia no uso de medicamentos, psicoterapia e mudanças no estilo de vida como o fim do consumo de substâncias psicoativas (cafeína, anfetaminas, álcool e cocaína, por exemplo), o desenvolvimento de hábitos saudáveis de alimentação e sono e redução dos níveis de estresse.

Medicamentos para Transtorno bipolar

Os medicamentos mais usados para tratar os sintomas de transtorno bipolar são:

  • Aripiprazol; 
  • Bromazepam; 
  • Carbonato de Litio; 
  • Clonazepam; 
  • Carbolitium; 
  • Clopam; 
  • Depakote; 
  • Lexotan; 
  • Mirtazapina; 
  • Olanzapina; 
  • Risperidona; 
  • Rivotril; 
  • ZAP.

É importante lembrar que, somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para cada caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. 

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Bruno Oliveira

Tradutor e produtor de conteúdo do site Cannalize, apaixonado por música, fotografia, esportes radicais e culturas.