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Tradicional manifestação de São Paulo, a edição de 2024 aconteceu neste domingo (16) na Avenida Paulista e contou com milhares de pessoas

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PEC das drogas foi destaque na 16ª Marcha da Maconha
Foto: Paulo Pinto/Agencia Brasil

A Marcha da Maconha de São Paulo chegou a sua 16ª edição neste domingo (16). PEC das Drogas, legalização da cannabis, “PL do Aborto” e fim da violência policial foram alguns dos temas debatidos pelos manifestantes.

Sob o manifesto “Bolando o Futuro sem Guerra”, o ato começou oficialmente às 16h20 em frente ao MASP (Museu de Arte de São Paulo). A marcha seguiu pela Avenida Paulista, desceu a Rua Augusta e terminou na Praça da República.

Em praticamente toda a extensão do ato era possível encontrar faixas e cartazes com dizeres contrários à votação do Congresso Nacional. 

Na última quarta-feira (12) a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) aprovou o texto que prevê incluir na Constituição Federal a criminalização de qualquer droga ilícita independente da quantidade, incluindo a maconha.

Os organizadores defenderam a importância de legalizar todos os usos da cannabis, não apenas pelo consumo da planta, mas como uma luta de classes. Além disso, o uso medicinal também foi bastante pontuado, assim como em edições anteriores.

Confira o manifesto da Marcha da Maconha deste ano:

Legislação brasileira

No Brasil, a cannabis é aprovada para fins medicinais desde 2015. Porém, os produtos só podem ser comprados com receita assinada por um profissional de saúde legalmente habilitado a prescrever derivados da planta. 

Atualmente, ela pode ser adquirida através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes.

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https://cannalize.com.br/marcha-da-maconha-2024/ Alemanha mapeia áreas onde uso recreativo é permitido mapa-cannabis-alemanha

Um desenvolvedor alemão se dedicou a produzir um mapa em software livre mostrando onde pode – e onde não pode – consumir maconha livremente naquele país

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Com informações de Canna Reporter e Correio Braziliense

A última segunda-feira (1) ficou marcada pelo início da descriminalização da maconha na Alemanha. A partir desta data. maiores de 18 anos podem portar até 25 gramas de cannabis em público e cultivar até três plantas em casa.

As restrições de consumo são voltadas para horários e regiões. Por exemplo, pessoas não poderão fumar maconha perto de escolas, centros desportivos ou em “zonas de pedestres” entre as 7h00 e as 20h00.

Pensando nisso, um desenvolvedor de software anônimo resolveu literalmente mapear as distâncias mencionadas na lei e o que isso significaria. “Nunca tinha criado um mapa assim, por isso acabou por ser um projeto interessante”, disse o dev ao portal português CannaReporter.

O mapa chama-se BubatzKarte e é baseado em dados públicos do OpenStreetMap, o que significa que todos podem sugerir alterações, como um projeto de software livre. As distâncias para proibição do consumo de canábis em espaços públicos são visualizadas em vermelho.

O desenvolvedor disse que desde que a lei foi aprovada, o número de utilizadores diários do BubatzKarte tem aumentado para 50.000 a 100.000 utilizadores por dia.

No intuito de proteger as crianças e menores de idade, a lei alemã menciona “Sichtweite” (que em Português significa visibilidade), ou seja, o consumo também é proibido se for visível a uma distância de até 100 metros de locais como escolas e centros desportivos.  

O desenvolvedor alemão diz que esta é “pelo menos uma maneira de ver se algum local relevante conhecido está a uma distância de 100 metros. Mesmo limitando a utilidade do mapa, ainda assim é útil ter uma ideia do que observar e ter em conta”.

https://cannalize.com.br/mapa-cannabis-alemanha/ 15a. Marcha da Maconha exige fim da guerra às drogas dsc04087_0007_dsc04160-1024x576

Em seu aniversário de 15 anos, a marcha clamou pelo fim da “guerra às drogas”, por reparação histórica e por um mercado de drogas legalizado no Brasil.

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Tradicional fumaça verde dando início à 15ª Marcha da Maconha em São Paulo – Foto: Gabriel Moraes

No último sábado (17), milhares de manifestantes se reuniram na Avenida Paulista, em São Paulo, na décima quinta edição da Marcha da Maconha. Por volta das duas da tarde, a marcha se concentrou no vão do MASP e, às 16h20 partiu pela Paulista sentido Centro, descendo a rua da Consolação até a região da Praça da República.

Com o tema “Antiproibicionismo por uma questão de classe – reparação por necessidade”, a marcha clamou pelo fim da “guerra às drogas”, por reparação histórica e por um mercado de drogas legalizado no Brasil.

O ato ocorreu uma semana antes da nova data de julgamento sobre a descriminalização da posse de drogas para uso pessoal pelo STF (Supremo Tribunal Federal), prevista para a próxima quarta (21).

Descriminalização

O tema da descriminalização estava presente na maioria das reivindicações dos manifestantes. Para Cidinha Carvalho, ativista canábica histórica e símbolo das conquistas do movimento, é importante que haja uma regulamentação que atenda a todos.

“A marcha é um símbolo de luta, de resistência, de luta por direitos humanos, e luta para que acabe essa guerra às drogas, e que possa privilegiar quem necessita e sempre esteve à frente dessa luta sofrendo violência e encarceramento pra fazer justamente o que a indústria já faz, que é vender. Nós precisamos de uma regulamentação que atenda a todos, e não privilegie quem já é privilegiado”.

Outros presentes também pensam dessa forma. É o caso do educador social para redução de danos Miro Rolim. 

“Marchar é um ato político, eu estou aqui para exigir uma outra política de drogas. É pensar numa outra alternativa a esta política falida que temos hoje, que não produz bem-estar social, adoece e prejudica principalmente a população preta, periférica e de juventude, e ainda reforça o encarceramento em massa da pobreza.”

Experiências próprias

Muitos manifestantes traziam experiências próprias e testemunhos como base de seus argumentos pró-descriminalização. É o caso da cantora e compositora Amanda Lyra.

“A melhora da dor e a qualidade de vida [que se ganha] é absurda, principalmente para pessoas como eu, por exemplo, que tem atrofia muscular espinhal, ou outras condições degenerativas. A gente precisa conscientizar, porque é um preconceito que já vem enraizado. Eu tomava remédios que atacavam o fígado, tinha uma sequência de dificuldades por conta de remédios e a cannabis é natural.”

Também defensora do uso medicinal, a atriz Carol Mafra é diabética e conta que a cannabis ajudou a regular sua glicemia. 

“Sou diabética desde criança e descobri que alguns tipos de extração me ajudavam a controlar melhor a glicemia. O óleo de CBD que me ajuda a manter a melhor qualidade de sono, metabolismo, mas ativa… Eu devo a minha vida à maconha.”

https://cannalize.com.br/marcha-da-maconha-exige-fim-da-guerra-as-drogas-por-saude-liberdade-e-direitos/