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As diferenças estão nos efeitos colaterais e no preço. Entenda se a substituição do remédio pelo derivado de cannabis pode valer à pena
Nos últimos tempos, o uso de Ozempic cresceu no Brasil e em alguns países. O remédio, usado para o tratamento de diabetes tipo 2, passou a ser usado por muita gente para outros fins: o emagrecimento.
A febre foi tão grande que a farmacêutica Novo Nordisk anunciou que o remédio passaria por uma escassez. Devido a alta demanda, a fabricante ainda divulgou que está investindo US$6,7 milhões (cerca de R$37 milhões) para atender o crescente número de novos consumidores.
Mas será que há opções mais saudáveis e que também tenham um efeito no emagrecimento? A resposta para essa pergunta, pode estar no THCV (Tetrahidrocanabivarina).
Sem fome, sem aumento de peso
Para entender se essa substituição vale a pena ou não, é preciso saber como ambos funcionam no organismo.
O Ozempic, por exemplo, tem como o seu principal ativo a semaglutida, um componente que ajuda a tatar a diabetes do tipo 2. Eventualmente, foi descoberto também que a substância poderia ser útil para ajudar a tratar obesidade e sobrepeso.
Isso porque o componente simula a ação do GLP-1, um hormônio produzido pelo intestino que, além de regular a glicemia, também influencia na resposta à saciedade. Consequentemente, o paciente quase não sente fome ao longo do dia e acaba emagrecendo.
Mas é importante lembrar que essa indicação nem está na bula do Ozempic.
Ação do THCV
A cannabis também influencia na fome das pessoas. Não é à toa que pessoas que usam maconha, por exemplo, tendem a ter a famosa larica e comer tudo o que veem pela frente.
Isso acontece por causa de uma molécula chamada THC (tetrahidrocanabinol), que também é usada para o tratamento de pessoas com anorexia e de pacientes com câncer a se alimentarem melhor.
O THCV é uma molécula bastante similar, tanto que até o nome é parecido. Mas tem efeitos diferentes, ao invés de dar fome ou provocar a “brisa”, a substância inibe a vontade de comer.
Sistema Endocanabinoide
Para entender como isso acontece, é necessário saber o que é o Sistema Endocanabinoide. Trata-se de um sistema que funciona em nível molecular ajudando a restaurar a homeostase, ou seja, o equilíbrio das funções do corpo, como sono, humor e claro, a fome.
Através dos chamados canabinoides, produzidos pelo próprio corpo, estes compostos sinalizam algumas ações do organismo. A grande vantagem da cannabis é porque ela também possui essa substância, que influenciam da mesma forma.
O THC e o THCV também são canabinoides. Mas enquanto o primeiro aumenta a sinalização de um receptor chamado CB1, o segundo inibe. O que diminui a vontade de comer ao invés de aumentar.
De acordo com alguns estudos e revisões, o componente ainda consegue reduzir os níveis de açúcar no sangue e reduzir a resistência à insulina. O composto ainda tem outras vantagens, como ação antiinflamatória, neuroprotetora, e ansiolítica.
THCV X Ozempic
Para fazer essa comparação, conversamos com o Charles-Henry Calfat-Salem, responsável pela Swiss Vitalis, uma marca especializada em THCV. Segundo o empresário, o produto é uma opção emergente que tem a possibilidade de bombar muito em breve.
Charles passou a utilizar o componente da cannabis justamente para substituir o Ozempic. Depois de ganhar uns quilos a mais e não conseguir emagrecer, o seu médico o receitou o medicamento com a semaglutida.
Contudo, o empresário passava mal e sofria enjoos frequentes. Efeitos colaterais bastante comuns do Ozempic. Não demorou muito para que ele desistisse do tratamento. “Ele me passou para um colega médico que me falou do THCV. Foi a solução”, acrescenta.
Charles ainda afirma que, além de ajudar a reduzir a fome, o composto também ajuda a dar energia para treinar.
A troca é viável?
O empresário acrescenta que há alguns pontos a se considerar, como o uso contínuo dos dos remédios. Enquanto as canetas de Ozempic custam de R$900 a R$1300, óleos ou gummies de THCV custam bem menos, em valores que variam de R$300 a R$600.
O produto derivado da cannabis também é bem aceito pelo organismo, causando pouco ou nenhum efeito colateral. “É bem mais seguro que o Ozempic”, ressalta.
O lado ruim é que o THCV ainda não está disponível nas farmácias. Embora já existam produtos de cannabis à venda nas drogarias, esse ainda não é o caso dos produtos feitos com o composto. Por isso, é necessário importar.
Mas não são muitas marcas que fazem a importação deste produto.
“Por outro lado, os nossos produtos, por exemplo, são vendidos em concentrações grandes, que duram mais e consequentemente, ficam ainda mais baratos no final das contas”, acrescenta.
Consulte um médico
No Brasil, a cannabis é aprovada apenas para fins medicinais e só pode ser comprada com receita. Atualmente, ela pode ser adquirida através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes.
Caso precise de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas, além de auxiliar desde a achar um prescritor até o processo de importação do produto através da nossa parceira Cannect. Clique aqui.
https://cannalize.com.br/o-thcv-e-o-novo-ozempic/ Cannabis emagrece?É muito comum associarmos a cannabis com o aumento de apetite, dessa forma, falar sobre cannabis e emagrecimento, parece contraditório. Porém, muitos estudos têm constatado, na verdade, que a cannabis pode exercer um papel na manutenção e na perda de peso.
O THC (tetrahidrocanabinol), no geral, é um fitocanabinoide oroxígeno, isto é, ele estimula o apetite. É daí que vem a famosa “larica”, aquela fome ou vontade de comer insaciavelmente que surge após o consumo.
Esse efeito estimulante do apetite ocorre porque o tetrtahidrocanabinol possui uma interação específica com os neurônios responsáveis pelo controle do fome e, ao invés de ativar os receptores que sinalizam a saciedade, há uma maior produção de endorfinas, que acabam por estimular a vontade de comer.
Além disso, o THC também apura os receptores do bulbo olfatório, onde acontece a captura e elaboração de sinais olfativos, sendo fundamental para o funcionamento do olfato, aumentando ainda mais o apetite e tornando os alimentos mais saborosos.
Em benefício da saúde
É por isso que o tetrahidrocanabinol é um composto bem indicado para o tratamento de pessoas que vivem com HIV/aids e indivíduos que estão tratando doenças oncológicas – condições em que há falta de apetite e costumam cursar com uma baixa ingesta calóricoproteica.
Apesar disso, pesquisas têm mostrado que, mesmo com o consumo do THC e o aumento da ingestão de calorias, usuários de cannabis costumam ter um IMC (índice de massa corporal) menor em comparação aos não usuários.
Os fatores envolvidos nesses dados, que soam opostos, ainda são pouco esclarecidos. Porém, há outros fitocanabinoides cujo papel no controle do apetite e na regulação do peso têm sido bem estudados.
Uso do CBD
O CBD (canabidiol) tem sido apontado como um aliado na perda de peso devido a seus efeitos moduladores no organismo, por meio de suas interações com o SEC (Sistema Endocanabinoide) levando nosso corpo à um estado de equilíbrio. Há diversos mecanismos que explicam o papel do CBD na manutenção e perda de peso.
O primeiro se dá pela inibição aos receptores canabinoides presentes nas células de gordura, o tecido adiposo. Com esse bloqueio, o canabidiol inibe a leptina, hormônio produzido pelas células de gordura, que controla o apetite saciedade. Dessa forma, há uma redução do apetite significativa.
Ainda, o CBD é capaz de melhorar o metabolismo energético, ao converter tecido adiposo branco – muito associado com o sobrepeso e a obesidade – em marrom.
As células de gordura marrom são especializadas em queimar energia, agindo como um termogênicas, deixando o metabolismo mais acelerado, e, como resultado, influenciando no metabolismo de gorduras e de açúcar no sangue, atuando assim, na perda de peso e sendo um fator protetor para diabetes.
Além disso, em outras pesquisas, o canabidiol tem mostrado reduzir a resistência à insulina – que é uma condição que ocorre em pacientes com diabetes e, muitas vezes, leva à síndrome metabólica, aumentando o risco cardiovascular.
Outros fitocanabinoides
O THCV (tetrahidrocanabivarina) é outro fitocanabinoide tem sido considerado promissor na inibição do apetite e perda de peso.
Indicado nos últimos estudos como um suplemento capaz de promover a perda de peso devido à sua capacidade de suprimir o apetite, sem causar qualquer efeito colateral negativo, permitindo, dessa forma, um maior controle sobre a ingestão de alimentos.
A cannabis é uma planta muito rica e repleta de substâncias com efeitos ainda em estudo. O que sabemos é que o uso de alguns fitocanabinoides pode ser utilizado como um complemento às diversas terapias para emagrecimento existentes.
Processo de emagrecimento saudável
O processo de emagrecimento, saudável, envolve uma mudança completa de estilo de vida e um acompanhamento multidisciplinar. Médicos, psicólogos, nutricionistas, educadores físicos, são alguns dos profissionais que devem atuar em conjunto no auxílio ao emagrecimento.
E estratégias medicamentosas com poucos efeitos colaterais podem e devem ser utilizadas em alguns casos.
O CBD não só é promissor no processo de emagrecimento pelo controle do apetite e pela homeostase energética que provê, mas também por controlar a ansiedade – muito relacionada à compulsão alimentar e aos fatores que levam ao sobrepeso e obesidade –, por diminuir a inflamação sistêmica, por melhorar a qualidade do sono e por trabalhar no
nosso corpo nessa busca de bem-estar.
E com o avanço da medicina no campo da cannabis, mais estudos seguirão na busca de demonstrar esses efeitos positivos do canabidiol e dos outros fitocanabinoides como possíveis tratamentos farmacológicos para o emagrecimento.
Sobre as nossas colunas
As colunas publicadas na Cannalize não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem o propósito de estimular o debate sobre cannabis no Brasil e no mundo e de refletir sobre diversos pontos de vista sobre o tema.
https://cannalize.com.br/cannabis-emagrece/ THCV: O que é, benefícios e efeitosExistem dois principais canabinoides muito famosos na planta cannabis, o CBD e o THC. Mas além deles, também existem outros que são tão importantes quanto, como o THCV
O , é uma molécula encontrada na planta cannabis que oferece uma variedade de efeitos e benefícios específicos diferentes de outros canabinoides como o e o .
Talvez você não saiba, mas há uma centena de outros canabinoides na cannabis além do CBD (canabidiol)e do THC (tetrahidrocanabinol). Embora os dois sejam os principais, há também outras moléculas, que aparecem à partir de uma série de fatores, como o tipo de planta, como ela é cultivada e até a sua idade.
Há canabinoides, por exemplo, que aparecem quando a planta ainda é nova. Outros, apenas quando ela envelhece. Alguns são até o CBD ou o THC “crus” e outros aparecem em concentrações que não chegam a 1%. Como é o caso do THCV ou tetrahidrocanabivarina.
Mas espera… o que é um canabinoide?
Trata-se de substâncias produzidas tanto pela cannabis como diversas plantas, que no nosso organismo, podem ajudar a restaurar a homeostase, ou seja, o equilíbrio do corpo humano.
Isso porque o nosso corpo também produz moléculas similares. E quando ingerimos os canabinoides externos, eles podem agir de maneira parecida com os nossos.
Dessa forma, a cannabis pode ajudar no tratamento de uma série de condições médicas.
O que é THCV?
Agora que você já sabe, vamos voltar ao THCV. O canabinoide é produzido durante as primeiras fases do desenvolvimento do cânhamo, subespécie de cannabis rica em CBD. Contudo, é produzido em baixas concentrações. Geralmente de 0,2%. Por isso, não é tão fácil de ser encontrado.
Ele é produzido através da descarboxilação de outro canabinoide, conhecido com THCVA. Trata-se de um processo que aquece a planta e modifica a molécula. Saiba mais aqui.
Quais os seus benefícios e efeitos?
Como o próprio nome sugere, o THCV é semelhante ao THC em sua estrutura molecular, mas sem a parte psicoativa. Também pode fornecer uma variedade de efeitos completamente diferentes.
Abaixo temos alguns benefícios que esse composto pode oferecer aos pacientes que o consomem:
- Inibidor de apetite: ao contrário do THC, que causa fome, esse composto pode diminuir o apetite. Isso pode ser bom para as pessoas que querem perder peso, mas pacientes que estão tratando doenças como anorexia devem evitar o uso da substância;
- Tratamento de diabete: algumas pesquisas mostraram que o THCV consegue regular os níveis de açúcar no sangue e reduzir a resistência à insulina;
- Reduzir ataques de pânico: pode ajudar a controlar os ataques de ansiedade em pacientes com TEPT (Transtorno de Estresse Pós-Traumático) sem prejudicar o estado emocional;
- Tratamento de Alzheimer: pode auxiliar em sintomas como tremores, perda de coordenação motora e lesões cerebrais associadas à doença;
- Crescimento ósseo: por promover o crescimento de novas células ósseas, o THCV pode ser promissor para tratar a osteoporose e outras condições relacionadas aos ossos. Contudo, as suas propriedades ainda são estudadas;
- Ação anti-inflamatória: Alguns estudos, como uma pesquisa publicada em 2010, sugerem que o canabinoide possui uma ação anti-inflamatória, que ainda pode ajudar a combater doenças autoimunes. Contudo, a hipótese também precisa de mais investigações;
- Efeito anticonvulsivo: Quando combinado a outros canabinoides, como o CBD, o THC pode ser um reforço para o tratamento da epilepsia;
- Ação neuroportetora: Em estudos feitos com animais, o THCV ajudou a evitar a progressão de condições como Parkinson e Esclerose Múltipla;
- Ansiolítico: O THCV induz a sensação de relaxamento, principalmente em conjunto com o THC.
Onde pode ser encontrado?
O THCV não é encontrado em abundância em produtos normais, como óleo de CBD ou mesmo produtos de THC. É necessário que sejam produtos específicos feitos com alto teor da molécula, uma vez que ela é considerada um “canabinoide menor”.
A maioria das cepas e produtos de cannabis, contém quantidades indetectáveis de THCV, dificultando o efeito terapêutico desejado.
De onde vem o THCV:
- Cannabis sativas: os resultados de laboratórios mostram que o THCV esta é mais abundante em cannabis do tipo de subespécie sativas;
- Entender a genética do THCV: muitas das cepas tem genéticas africanas hibridizadas que geram maior quantidade do canabinoide. A Cherry Pie, por exemplo, pode conter um alto nível de THCV por meio de seu parentesco Durban Poison;
- Solicitar resultados de teste: A genética por si só não pode prometer um alto teor de THCV, isso pode variar de colheita para colheita. O ideal, é pedir amostras testadas em laboratório para garantir que realmente adquirindo o produto é rico em THCV;
- Produtos com THCV. Ou simplesmente procurar por produtos feitos com o composto para a compra. Hoje em dia, já há uma variedade enorme de lugares que vendem produtos feitos especificamente com o composto.
Onde comprar
No Brasil, a cannabis é aprovada apenas para fins medicinais e só pode ser comprada com receita.
Atualmente, ela pode ser adquirida através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes.
Caso precise de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas, além de auxiliar desde a achar um prescritor até o processo de importação do produto. Clique aqui.
https://cannalize.com.br/thcv-o-que-e-quais-seus-beneficios-e-efeitos/