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Primeiro bloco do congresso terá participações de especialistas na terapêutica, e também do deputado estadual Caio França (PSB)
A 4ª edição do CNABIS acontecerá na primeira quinzena de novembro e os assuntos já foram definidos para abranger diversos públicos. No primeiro bloco, os painéis temáticos introduzirão o funcionamento do Sistema Endocanabinoide.
A função deste sistema é equilibrar a homeostase, função humana que mantém o organismo em equilíbrio após situações externas. Inclusive, é através dele que sentimos os efeitos da cannabis, sejam eles terapêuticos ou psicoativos.
No evento, a apresentação será divida entre três médicos: Dr. Bruno Sarcinelli (generalista), Dra. Jessica Durand (médica do esporte) e Dr. Jairo Coutinho (psiquiatra).
Regulamentação da cannabis
Fechando o primeiro bloco, o deputado estadual Caio França (PSB), autor da lei que permitiu a distribuição de medicamentos de cannabis pelo SUS (Sistema Único de Saúde) em São Paulo, contará sobre a evolução da legislação e perspectivas futuras.
Atualmente, é possível adquirir os produtos gratuitamente para três patologias: Síndrome de Dravet, Lennox-Gastaut e esclerose tuberosa.
Sobre o CNABIS
O CNABIS foi idealizado pela Dr. Cannabis, empresa pioneira no mercado canábico brasileiro. A edição deste ano será 100% virtual e gratuita, e acontecerá nos dias 12 e 13 de novembro.
De acordo com Alex Lucena, líder das iniciativas educacionais da Dr. Cannabis, o primeiro bloco é direcionado para participantes com menos experiência ou de “primeira viagem”, pois os conteúdos são iniciais.
“O CNABIS já tem grande importância no calendário de eventos sobre prescrição de canabinoides. O público esperado são profissionais de saúde, e para atender esta demanda, convidamos especialistas que poderão compartilhar de suas experiências pessoais e profissionais”, explica.
Inscreva-se clicando aqui.
https://cannalize.com.br/paineis-sobre-o-sistema-endocanabinoide-abrirao-o-cnabis-2024/ Depressão: o efeito do equilíbrio da menteAo falar de doenças mentais, é importante destacar a regulação de neurotransmissores como a serotonina e a dopamina
Estamos na época do Setembro Amarelo, um mês dedicado à prevenção do suicídio. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o Brasil é o oitavo país com mais vítimas, com cerca de 12 mil casos anualmente.
De acordo com o Ministério da Saúde, 96,8% dos casos estão relacionados a problemas de saúde mental, como ansiedade, depressão e até o Burnout, condição que tem aumentado nos últimos anos.
Problemas que desregulam não apenas a mente, mas também o corpo como um todo. Tiram o apetite, bagunçam o sono, desestabilizam o foco e por aí vai.
Por isso, será que arranjar um meio de regular ou manter o equilíbrio das funções pode ajudar no tratamento de condições como depressão?
Equilíbrio do corpo e da mente
Para responder essa pergunta, é necessário avaliar algumas opções, como o Sistema Endocanabinoide. Presente em praticamente todo o organismo, ele ajuda a regular a homeostase, ou seja, o equilíbrio das funções do corpo.
Se uma pessoa está com dor, por exemplo, ela envia moléculas chamadas endocanabinoides para sinalizar que algo está errado e precisa ser corrigido. Promovendo assim a regulação.
O sistema endocanabinoide pode trabalhar como um neuromodulador para o Sistema Nervoso Central, capaz de regular aspectos emocionais, cognitivos, nervosos e processos motivacionais das pessoas.
Há alguns estudos que indicam que na depressão, há uma baixa de endocanabinoides no cérebro, que deixam de sinalizar quando algo está errado com neurotransmissores como a serotonina ou a dopamina. Por isso, remédios ou a reposição de canabinoides pode elevar os níveis das substâncias químicas.
Há evidências sobre isso?
De acordo com uma pesquisa pré-clínica em 2011, quando o Sistema Endocanabinoide está funcionando bem, pode resultar em efeitos ansiolíticos e antidepressivos, também reduz a atividade estressante do sistema neuroendócrino e melhora a plasticidade do hipocampo.
O THC (tetrahidrocanabinol), por exemplo, conhecido pelos efeitos da maconha, pode ativar o receptor CB1 e regular essa parte química do cérebro.Um estudo de 2006, realizado na Universidade McGill, em Montreal, ainda mostrou que o composto pode agir como antidepressivo, além de estimular a produção de serotonina.
Outra pesquisa também demonstrou que o CBD (canabidiol) atua sobre o sistema serotoninérgico ou potencializa de alguma forma a serotonina. Desta forma, o CBD faria algo parecido com o que os antidepressivos fazem.
Mas, não só isso. O composto e outros canabinoides também possuem efeitos anti-inflamatório, antioxidante e neuroprotetor, que também são necessários no tratamento da depressão.
Consulte um médico
No Brasil, a cannabis é aprovada apenas para fins medicinais e só pode ser comprada com receita. Atualmente, ela pode ser adquirida através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes.
Caso precise de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas, além de auxiliar desde a achar um prescritor até o processo de importação do produto através da nossa parceira Cannect. Clique aqui.
https://cannalize.com.br/depressao-o-efeito-do-equilibrio-da-mente/ Cannabis pode causar problemas na gestação, segundo estudoDados coletados de mais de 300 mil gestantes dos EUA sugerem que o uso da planta está associado à hipertensão gestacional e ao ganho de peso
Um novo estudo publicado na revista científica Jama Internal Medicine sugere que o uso da cannabis durante a gravidez trazer riscos à saúde materna. Segundo os dados, o consumo dos derivados da planta está associado à hipertensão gestacional e outras complicações, como o descolamento prematuro da placenta e o ganho de peso.
Para obtenção dos resultados, os pesquisadores analisaram as informações de mais de 300 mil mulheres da Califórnia, nos Estados Unidos.
O objeto de partida para o estudo foi o aumento do consumo da cannabis entre gestantes estadunidenses. Estresse, depressão e enjoos causadas em decorrência da gravidez podem ser alguns sintomas tratados com a terapêutica.
Por outro lado, as pesquisam apresentam limitações, como a não diferenciação entre os usos da planta (considerando medicinal ou adulto). De acordo com o próprio artigo, os cientistas não avaliaram as concentrações de canabinoides, ou se as entrevistas fizeram o consumo oral.
Dessa forma, estudos mais aprofundados precisam ser feitos para entender qual o real impacto da cannabis em gestantes, e em seus filhos.
Leia mais: Afinal, é de boa usar cannabis na gestação?
Outros estudos sobre cannabis e gravidez
De acordo com um estudo apresentado na FENS 2024 (Fórum da Federação Europeia de Sociedades de Neurociência), que aconteceu na Áustria, o CBD pode provocar alterações cerebrais nos fetos. Isso poderia resultar em dificuldades cognitivas na vida adulta.
Neste caso os pesquisadores observaram que o uso da substância teve relação com a diminuição da resposta sináptica dos neurônios diante de uma ação, e também da resposta inibitória. Porém, cabe destacar que essa análise foi feita com camundongos.
Já uma pesquisa divulgada em 2021 pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos apontou que as mulheres que fumam maconha têm menos chance de engravidar, em comparação com as que não usam.
Para chegar no resultado, os cientistas observaram diferença nos níveis hormonais reprodutivos entre os dois grupos.
Mas vale ressaltar as possíveis interferências na gestação por conta da cannabis ainda são inconclusivas. A quantidade de estudos deve crescer muito para que os resultados sejam mais abrangentes.
Com informações da Folha de S.Paulo
https://cannalize.com.br/cannabis-problemas-na-gestacao/ A influência do canabidiol na TPMQuando falamos sobre tensão pré-menstrual, na realidade é uma coleção de sintomas relacionados a um período do mês antes do início da menstruação.
Após a ovulação, os níveis de estrógeno e progesterona diminuem dramaticamente, causando uma gama de efeitos físicos e emocionais como: fadiga, variação de humor, cefaleia, problemas digestivos e irritabilidade. Se você menstrua, sabe como é, não é mesmo?
Como se já não bastasse, em adição à queda dos níveis hormonais, algumas teorias têm sido sugeridas, como:
Alterações químicas no cérebro
As flutuações nos níveis de serotonina podem desencadear os sintomas da TPM como fadiga, ansiedade, depressão e desejo por um determinado alimento;
Depressão não diagnosticada
As mulheres com depressão não diagnosticada podem notar um aumento na intensidade dos sintomas no período próximo a menstruação e atribui isso somente a TPM;
Endocanabinoide anandamida
Os sintomas típicos da TPM aparecem 5 dias antes da menstruação e desaparecem com o aumento dos níveis hormonais.
São eles: ansiedade, depressão, fadiga, cefaléia, insônia, irritabilidade, queda na libido, dor muscular, ganho de peso, intolerância alcoólica, constipação, diarreia, mamas sensíveis, inchaço e instabilidade emocional.
Mas você sabia que a maior concentração de anandamida (molécula da Felicidade) é encontrada no útero e está relacionada ao Sistema Endocanabinoide e ao sistema reprodutor feminino?
Pois é, o estrógeno estimula a produção de anandamida bem como aumenta os receptores canabinoides.
Canabidiol CBD
E é aí que está a chave da questão: O canabidiol interage diretamente com o Sistema Endocanabinoide restaurando o equilíbrio e a homeostase do aparelho reprodutor.
Ele pode aliviar vários sintomas da TPM, incluindo o desconforto, ansiedade e depressão, pois ativa diretamente os receptores da serotonina.
Sem contar que o CBD também influencia distúrbios digestivos quando normaliza os níveis hormonais, controlando a diarreia e a constipação.
Em relação à dor, o canabidiol ainda é mais eficaz que os analgésicos e os anti-inflamatórios tradicionais.
Tanto que uma dose diária baixa de CBD é o suficiente para controlar a TPM.
Por outro lado, não faz todo o trabalho sozinho, Os parceiros naturais do CBD são a vitamina B6, magnésio, os exercícios diários, a comida integral e um estilo de vida saudável.
Já o uso de medicamentos isentos de prescrição médica, como analgésicos e anti-inflamatórios, pode causar sérios eventos adversos, incluindo a lesão hepática.
Sobre as nossas colunas
As colunas publicadas na Cannalize não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem o propósito de estimular o debate sobre cannabis no Brasil e no mundo e de refletir sobre diversos pontos de vista sobre o tema.
https://cannalize.com.br/tpm-cannabis-canabidiol-tratamento/ Como a cannabis pode ser útil ao longo da vida?A cannabis pode ser usada para uma série de condições, que vão desde a infância até a terceira idade. Veja algumas delas
A cannabis medicinal tem sido uma opção terapêutica mais natural e com poucos efeitos colaterais para uma série de problemas que atingem desde a infância, como convulsões e autismo, até aos 60+, como Alzheimer e Parkinson.
Por meio de estudos e relatos dos próprios pacientes é possível perceber que a planta tem se mostrado uma alternativa até mais efetiva que remédios tradicionais.
Mas você deve estar se perguntando: como isso é possível? E ainda mais para tantas condições diferentes?
Sistema Endocanabinoide
A cannabis pode ajudar boa parte do corpo porque atua no chamado Sistema Endocanabinoide. Trata-se de um sistema que funciona em nível molecular ajudando a restaurar a chamada homeostase, ou seja, o equilíbrio de várias funções do organismo, como sono, fome, humor, sistema nervoso e imunológico.
O nosso próprio corpo produz pequenas moléculas chamadas endocanabinoides, que através de receptores, sinalizam quando algo está errado e precisa ser estabilizado.
Felizmente a cannabis também produz essas substâncias, que são chamadas de fitocanabinoides, como o CBD (canabidiol) e o THC (tetrahidrocanabinol). Elas podem atuar como uma espécie de reforço aos nossos.
O CBD, por exemplo, possui propriedades ansiolíticas, neuroplásticas, anticonvulsivantes e neuroprotetoras. Já o THC, apesar de ser a substância que gera a famosa “alta” da maconha, é extremamente potente como um analgésico e anti-inflamatório.
Cannabis na infância
Quando prescrito por um médico capacitado, produtos feitos com cannabis são eficientes e seguros desde a primeira infância para tratar condições como autismo e até epilepsia de difícil controle.
No caso da epilepsia, por exemplo, o CBD pode ajudar a modular as funções neurológicas, o que ajuda a diminuir as crises.
Já no caso do autismo, a cannabis pode ajudar a diminuir os sintomas, como irritabilidade, insônia e até auxiliar no tratamento de TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção).
Fase adulta
Já na fase adulta, a cannabis também pode ter a sua parcela de ajuda em uma variedade de condições, tanto da mente quanto hormonais, como:
Insônia. A cannabis tem propriedades relaxantes e terapêuticas que diminuem o nível de estresse e ansiedade, causas mais frequentes da insônia. Em abril de 2020, por exemplo, uma pesquisa publicada no periódico Experimental and Clinical Psychopharmacology, mostrou que a cannabis pode ser eficaz no tratamento da insônia crônica.
Ansiedade. Estudos clínicos e também em animais sobre a eficácia da cannabis para o tratamento da ansiedade são feitos em vários países, inclusive o Brasil. Um exemplo é um estudo realizado aqui em 2012 onde mostrou que o canabidiol tem propriedades ansiolíticas.
Depressão. O sistema endocanabinoide pode trabalhar como um neuromodulador para o Sistema Nervoso Central, capaz de regular aspectos emocionais, cognitivos, nervosos e processos motivacionais das pessoas.
Na depressão, há uma baixa de endocanabinoides no cérebro. Então, remédios ou a reposição de canabinoides pode elevar os níveis das substâncias químicas.
Endometriose. As pacientes relatam uma melhora nas dores, depressão, ansiedade e até a redução do uso de medicamentos convencionais, o que inclui opioides e contraceptivos orais, que geram uma série de efeitos colaterais.
A revista científica Journal of Molecular Endocrinology mostrou que o CBD tem um papel importante nos órgãos reprodutores femininos. Segundo a publicação, estas substâncias podem regular algumas funções tais como a migração e a proliferação de células do endométrio.
Glaucoma. Já na década de 1970, estudos mostraram que o uso de cannabis pode aliviar os sintomas de glaucoma, porque diminui a pressão intraocular e tem ações sobre doenças neurodegenerativas.
TEPT (Transtorno de Estresse pós-traumático).Quando se tem o transtorno, a ativação dos receptores é extremamente útil, uma vez que o Sistema Endocanabinoide desempenha um papel importante na influência do humor e também na construção da memória.
A ciência tem descoberto que a ansiedade extrema, que causa o transtorno, está relacionada à falta de canabinoides no corpo. O que consequentemente impede que novas memórias encubram as traumáticas.
Fibromialgia. Os fitocanabinoides agem diretamente em um receptor no do nosso corpo chamado CB2, que influencia o Sistema Nervoso Central. As substâncias da planta têm a capacidade de auxiliar a sensibilidade excessiva que ocasiona a fibromialgia.
Dores crônicas. Segundo análises, alguns estudos observacionais já identificaram associações entre medicamentos feitos com a cannabis e reduções significativas na intensidade da dor. Além da melhoria na qualidade de vida do paciente.
Menopausa. Os canabinoides presentes na planta podem agir no nosso cérebro. Eles auxiliam na regularização da mensagem enviada para as glândulas que produzem os hormônios.
Doenças da terceira idade
A cannabis também pode ajudar a tratar problemas relacionados a condições que aparecem geralmente depois dos 50 anos. Inclusive, muitos especialistas, como o neurocientista Sidarta Ribeiro, ressalta que a cannabis é feita muito mais para velhos do que para jovens.
Isso porque depois de um certo tempo, o corpo perde um pouco a sua capacidade de produção de endocanabinoides, o que torna a cannabis uma ferramenta tão potente para repor as substâncias, que podem ser úteis para:
Além de ajudar em outros sintomas, como depressão, insônia e ansiedade.
Parkinson. De maneira simples, ela pode ser eficaz para a redução dos sintomas pois ela ajuda a regular as alterações químicas que acontecem com a redução dos níveis da dopamina do cérebro. A cannabis tem uma função neuroprotetora, que auxilia tanto nas atividades motoras quanto não motoras.
Por causa do baixo nível de dopamina, o Parkinson pode causar alterações neuroquímicas neste sistema, que se agravam de acordo com a evolução da doença. Os cientistas descobriram que os canabinoides são encontrados em grande quantidade no cérebro. Por isso, eles podem modular as alterações ocasionadas pela condição.
Alzheimer. Dentre as propriedades terapêuticas da cannabis estão a diminuição do estresse oxidativo, retardo da neurodegeneração e das placas amiloides, que sabidamente colaboram para o surgimento e agravo do Alzheimer.
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https://cannalize.com.br/como-a-cannabis-pode-ser-util-ao-longo-da-vida/ Por que o corpo humano reage tão bem ao tratamento com a cannabis?
Os canabinoides da cannabis têm uma ação parecida com os canabinoides do nosso próprio organismo, o que explica a utilização da planta para tantas condições diferentes
A procura por produtos à base de cannabis tem aumentado fortemente ano após ano. A planta, eficaz no tratamento de diversas doenças e tem sido foco de muitas pesquisas – foram 7 mil estudos científicos publicados com o termo “cannabis” nos últimos cinco anos, de acordo com o Anuário da Cannabis Medicinal, divulgado no final do ano pela Kaya Mind.
Mas, afinal, como explicar a ação tão assertiva da cannabis no corpo humano?
Tudo acontece através do SEC (Sistema Endocanabinoide). O sistema que sempre esteve presente no corpo humano, porém, só foi descoberto em 1964 pelo pesquisador Raphael Mechoulam, que mais tarde ficou conhecido como “pai da cannabis medicinal”.
Em geral, as pessoas estão mais familiarizadas com outros sistemas da fisiologia humana, como cardíaco e respiratório, por exemplo.
O SEC, por sua vez, é um sistema intracelular espalhado pelo organismo e que possui relação com uma série de processos cognitivos e fisiológicos, como apetite, dor, inflamação, resposta ao estresse, humor e memória.
Apesar de ser algo relativamente novo, dado o ano de sua descoberta, as pesquisas sobre o funcionamento do sistema endocanabinoide reforçam os benefícios das substâncias derivadas da planta e ampliam as perspectivas para o desenvolvimento de novos tratamentos.
Como o Sistema Endocanabinoide funciona
Thiago Bacellar, médico da Gravital, clínica focada em tratamentos à base de cannabis, explica que o SEC regula o organismo para reequilibrar o que está fora do eixo.
“Funciona como um dimmer de luz automático, que aumenta a claridade quando o ambiente está escuro e reduz quando está claro. Então, num exemplo prático, se durante o dia você trabalhou muito e está estressado, com a adrenalina alta, o SEC te reconduz para um estado de tranquilidade”, explica.
Esse sistema produz substâncias que possuem estrutura semelhante às encontradas na planta, que desempenham papel importante na modulação dos neurotransmissores e, consequentemente, na comunicação intracelular.
Ajudando a manter o sistema regulado
O médico explica que, por se tratar de um sistema intracelular, o SEC está presente em todos os órgãos e sistemas, porém sua atuação principal está no sistema nervoso.
“Ele atua regulando funções como nosso humor, sono, atenção, memória e percepção da dor. Outra função fundamental está em nosso sistema de defesa, melhorando nossa imunidade e protegendo de doenças infecciosas e autoimunes”, diz o médico.
Ele também explica que o Sistema Endocanabinoide atua no organismo independentemente do uso da cannabis medicinal. Entretanto, quando ela é administrada, potencializa o sistema.
“Hábitos de vida saudáveis, como boa alimentação, sono de qualidade, exercícios físicos e lazer ajudam a manter o SEC bem regulado. Quando fatores ambientais desfavoráveis e fatores genéticos coincidem, o nosso Sistema Endocanabinoide fica totalmente desregulado. A cannabis medicinal atua aí, ajudando a reequilibrar o que está fora do eixo”, afirma.
A relação com a cannabis
No tratamento com cannabis medicinal, os fitocanabinoides provenientes da planta atuam diretamente nos receptores CB1 e CB2, presentes no sistema nervoso, imune e outros órgãos. Esses receptores vão ativar o sistema endocanabinoide, trazendo os efeitos desejados.
“SEC fora do eixo é sinônimo de irritabilidade, insônia, alteração do apetite, sensação de angústia, entre outros. Quando temos o sistema endocanabinoide regulado com o auxílio da cannabis medicinal, o paciente tem alívio desses sintomas, melhorando muito sua qualidade de vida”, finaliza o médico.
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https://cannalize.com.br/sistema-endocanabinoide-tratamentos-organismo/ Ciência descobre o mistério por trás da ‘larica’A fome induzida pela cannabis é bastante usada para tratamentos oncológicos e distúrbios alimentares. Mas não se sabia ao certo como funcionava até agora
Mistério resolvido? De acordo com cientistas da Universidade Estadual de Washington, nos Estados Unidos, há uma explicação para a famosa “larica”, aquela fome que vem depois do uso da maconha.
O efeito de “abrir o apetite” da cannabis, é usado em muitos lugares do mundo como uma forma de ajudar em tratamentos, como distúrbios alimentares e quimioterapia, para desencadear a vontade de comer.
Por outro lado, não se sabia muito sobre os mecanismos por trás deste efeito.
Ativação do cérebro
Publicado na revista Scientific Reports, em dezembro do ano passado, o estudo foi o primeiro a investigar as áreas do cérebro que controlam o apetite.
Os exames de imagem feitos em ratos expostos à cannabis vaporizada, mostraram que a planta ativa receptores canabinoides do tipo 1 em um pequeno grupo de neurônios AgRP no hipotálamo.
Trata-se de uma região do cérebro que mantém os hormônios e o sistema nervoso em equilíbrio, controlando a sede, a temperatura, a pressão arterial e claro, o apetite.
Estes receptores impediram que os neurônios recebessem uma mensagem de “parar” dos outros neurônios. Por isso, observou-se que os roedores comiam mais.
“Quando os ratos recebem cannabis, surgem neurônios que normalmente não estão ativos. Há algo importante acontecendo no hipotálamo após o vapor da cannabis”, explica o neurocientista Jon Davis, da WSU. “Agora, já sabemos uma das maneiras pelas quais o cérebro responde à cannabis recreativa quando abre o apetite”, continuou.
Esta ligação não foi vista em animais que não foram expostos à cannabis.
Mas você deve estar se perguntando: o que é o Sistema Endocanabinoide?
Trata-se de um sistema que funciona em nível molecular ajudando a restaurar a homeostase, ou seja, o ajuda a regular várias funções, como sistema nervoso e sistema imunológico, que podem influenciar em áreas como o humor, sono e, claro, a fome.
É o nosso organismo que geralmente produz os chamados canabinoides, que servem para ajudar nesta estabilização. Quando algo não vai bem, ele é produzido e se conecta com os receptores canabinoides, espalhados por todo o organismo.
No entanto, receber algumas destas moléculas de fora, também não é ruim. É por isso que a cannabis é tão benéfica no tratamento de várias condições.
Quando a maconha é inalada, o THC (tetrahidrocanabinol), principal canabinoide que gera os efeitos psicoativos da planta, se conecta com os receptores do sistema nervoso central que controlam a fome e o apetite.
Isso confunde o cérebro, ele não entende que já estamos satisfeitos e a fome vem mesmo quando se acaba de comer.
Influência hormonal
Até o momento, o que se sabia era que o THC poderia desencadear um surto de um hormônio chamado grelina, mais conhecido como hormônio da fome.
O hormônio geralmente é ativado quando o estômago está vazio, enviando uma mensagem para o cérebro dizendo que é hora de comer.
Ele é produzido pelas células do estômago e também é responsável pela sensação de fome e gasto de energia. No entanto, outra das suas funções são as mudanças agressivas nos hábitos alimentares.
Este hormônio influencia na nossa relação com a comida, que pode ser visto no desejo de comer algo doce ou uma comida específica, por exemplo.
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https://cannalize.com.br/ciencia-descobre-o-misterio-por-tras-da-larica/ Por que o tratamento com cannabis é diferente para cada pessoa?Utilizar produtos de cannabis não é tão simples. Achar uma dose ideal pode levar meses, pois envolve a condição tratada, a forma de uso e até o organismo do paciente
Se você já começou a utilizar a cannabis ou conhece alguém que usa produtos feitos com a planta, já deve ter percebido que o tratamento é diferente para cada um, não é mesmo?
Muitas vezes, pessoas com a mesma patologia podem ter experiências diferentes com o mesmo produto e, por isso, precisam utilizar concentrações e até formulações diferentes.
Há pacientes que levam meses para achar uma dose certa. Mas, por que isso acontece?
Sistema Endocanabinoide
Primeiro de tudo, é importante entender que a cannabis funciona através do SEC (Sistema Endocanabinoide), um sistema que funciona à nível molecular ajudando a equilibrar várias funções do organismo, como fome, humor, sono, e até os sistemas imunológico e nervoso.
O SEC trabalha a partir de receptores. Quando algo não vai bem, o próprio corpo produz os chamados endocanabinoides, que sinalizam que algo está errado e precisa ser corrigido.
Porém, nem sempre os nossos endocanabinoides vão dar conta do trabalho, por isso, precisamos repor com substâncias extraídas de fora, como a cannabis. O CBD (canabidiol), por exemplo, é um tipo de fitocanabinoide, ou seja, um canabinoide produzido pela planta.
Propriedades medicinais
Por outro lado, cada canabinoide vai ter propriedades medicinais distintas, principalmente porque interagem com receptores diferentes do nosso corpo.
Enquanto o CBD possui efeitos ansiolíticos, neuroprotetores e antipsicóticos, por exemplo, o THC (tetrahidrocanabinol) é mais voltado para o controle de dores, náuseas, doenças da terceira idade e condições que envolvem a perda de peso, como câncer, anorexia e HIV.
O médico pode até indicar produtos com as substâncias isoladas, mas na maioria das vezes, a receita vem com os dois compostos juntos, pois um potencializa a ação do outro.
E essa junção, muitas vezes, vai até com outros componentes da planta além dos canabinoides, os famosos produtos full-spectrum.
Mas, as proporções de cada componente vão mudar de acordo com a condição tratada e até do organismo do paciente.
Tratamento individual
De acordo com o cirurgião e diretor médico da Cannect, Rafael Pessoa, há uma série de fatores que podem interferir na escolha dos produtos prescritos, como:
- Predisposição genética;
- Perfil de metabolismo das substâncias pelo fígado;
- Afinidade dos receptores do SEC aos fitocanabinoides;
- Outras doenças associadas e remédios sendo utilizados.
Sendo assim, é inevitável individualizar o tratamento, cada indivíduo, que precisa ser avaliado como um paciente único, e seu tratamento acompanhado de perto, para ajuste de doses e eventualmente troca de formulações.
Teste genético
Um jeito de acelerar o processo é através de um teste genético, que pode identificar quais as predisposições de cada organismo e assim, formular um tratamento personalizado de forma direta.
Mas é importante ressaltar que isso não substitui o acompanhamento, pois só o médico pode utilizar esse meio para indicar o que o paciente precisa.
Formas de uso
Dependendo da condição tratada, até a forma de uso pode mudar. Embora o método mais comum seja o óleo de cannabis, há também outros produtos feitos para os mais diferentes casos.
Pessoas com ataques de pânico, dores agudas e até crises de ansiedade, por exemplo, não podem esperar 30 minutos para o óleo fazer efeito. Por isso, alguns médicos recomendam a vaporização, que proporciona o resultado em minutos.
Crianças com autismo, que possuem restrições alimentares, também podem não aceitar o gosto amargo do óleo feito com a planta. Por isso ,as gomas podem ser uma solução mais efetiva.
Ou até mesmo doenças na pele, que precisam ser tratados com cremes e pomadas dermatológicas.
Acompanhamento
Dessa forma, o acompanhamento é fundamental para entender se o tratamento está evoluindo ou não.
Por causa do tratamento individualizado que a cannabis exige, empresas como a Cannect, por exemplo, possui um programa de cuidado coordenado, em que uma equipe de enfermagem acompanha os pacientes semanalmente ou a cada 15 dias.
Todas as informações são encaminhadas ao seu médico ajudando a ter resultados ainda mais rápidos, podendo impactar até mesmo no custo do tratamento.
Consulte um profissional
É importante ressaltar que qualquer produto feito com a cannabis precisa ser prescrito por um profissional de saúde habilitado, que poderá te orientar de forma específica e indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.
Caso precise de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas, além de auxiliar na marcação de uma consulta, dar suporte na compra do produto até no acompanhamento do tratamento. Clique aqui.
https://cannalize.com.br/por-que-o-tratamento-com-cannabis-e-diferente-para-cada-pessoa/ Mirtazapina X Cannabis: é possível substituir?https://cannalize.com.br/mirtazapina-x-cannabis-e-possivel-substituir-2/ Anandamida: A ‘cannabis’ produzida pelo corpo
Já ouviu falar da Anandamida? Trata-se de um canabinoide produzido pelo próprio corpo e que afeta uma série de mecanismos fisiológicos, como o controle da dor e a estimulação do apetite, humor e até fertilidade.
Trata-se de uma molécula bem parecida com as substâncias produzidas pela cannabis. Isso porque ela influencia as mesmas áreas do organismo e pelo mesmo canal.
Mas para entender como isso funciona, é necessário saber o que é o Sistema Endocanabinoide.
Sistema Endocanabinoide
O sistema endocanabinoide funciona como uma rede de receptores presentes em boa parte do corpo humano. Eles trabalham juntos para ajudar a manter o equilíbrio celular, efeito conhecido como homeostase.
Se uma pessoa está com febre, por exemplo, os chamados canabinoides sinalizam ao sistema que é preciso regular a temperatura corporal.
Esse equilibro permite que células, órgãos e sistemas funcionem de maneira correta. Todos os seres humanos e vertebrados tem um sistema endocanabinoide que evolui ao longo do tempo.
Canabinoides endógenos X exógenos
Os canabinoides da cannabis são chamados de canabinoides exógenos, ou seja, de fora.
Já os canabinoides de dentro, como a anandamida, é chamada de canabinoide endógeno, e funciona como uma chave para uma rede dos nossos receptores internos.
Eles ajudam nossos corpos a regular uma série de funções, que variam de apetite, sono, humor, regulação, neuro proteção e função imunológica.
Canabinoides na cannabis
O interessante é que a descoberta deste sistema no corpo veio através de uma tentativa dos cientistas para entender os efeitos de cannabis no corpo humano.
Através de pesquisas, foi descoberto que os cannabinoides existem fora dos nosso copo também, como o THC (Tetrahidrocanabinol) e o CBD (Canabidiol), que são encontrados nas cannabis.
Dentro do organismo, eles imitam o comportamento dos nossos canabinoides, ajudando a restaurar o equiílibro também.
O que é Anandamida?
A palavra anadamida tem origem do termo ”ananda” que na tradução significa ” felicidade” ou ”alegria”, pois uma das propriedades deste canabinoide é estimular o humor.
Também chamada de N-araquidonoil-etanolamina (AEA), a anandamida é um neurotransmissor e um agente de canabinoides, que funciona como um mensageiro que sinaliza os receptores, chamados CB1 e CB2.
O Dr. Raphael Mechoulam, conhecido por sua inovadora pesquisa farmalogica sobre canabinoides, descobriu a anandamida pela primeira vez ao tentar responder a pergunta:
“Porque nossos corpos contem receptores canabinoides que são capazes de ter ligação com canabinoides externos como THC e CBD?”
Como funciona
É importante destacar que o corpo produz anandamida sob demanda, para ser usada para restaurar a homeostase. Ela geralmente faz isso ajudando a regular a inflamação e sinalizando dos neurônios.
Como é um canabinoide criado pelo corpo, ele se liga principalmente aos nossos receptores canabinoides CB1 e CB2, da mesma forma que um canabinoide exógeno como o THC faria.
Qual a função da Anandamida e por que ela é tão importante?
A habilidade da anandamida de se conectar aos receptores CB1 e CB2, pode afetar profundamente uma série de mecanismos fisiológicos, incluindo a estimulação do apetite, humor, controle das dores, e até fertilidade.
A ativação e ligação de anandamida para nossos receptores canabinoides acontece quando o corpo busca constantemente se acalmar e manter o equilíbrio.
Quando nossas células, órgãos e sistemas começam a se afastar dos seus pontos de equilíbrio, nosso sistema endocanabinoide entra em ação.
Ótima performace celular
O corpo muda para se equilibrar, então as condições dos nossos sistemas precisam ser somente colocadas em ordem para manter a performace celular.
Uma das formas que a anandamida contribui para nossa regularização da homeostase, por exemplo, é através da ligação com os receptores CB e o avanço para as células nervosas do cérebro.
Esse processo conhecido como Neurogênese (o processo de formação de novos neurônios no cérebro), é importante porque a formação das novas células nervosas no cérebro é imperativa para funções como a memória e o aprendizado.
Os benefícios da anandamida
A anandamida é parecida com o THC, pois produz propriedades como a euforia, por exemplo. Contudo, ela também possui efeitos analgésicos, ansiolíticos e antidepressivos.
Desde a descoberta deste canabinoide, estudos tem mostrado resultados interessantes quando pessoas são expostas a grande quantidade da substância.
Uma pesquisa feita em 2015 em humanos e camundongos, por exemplo, descobriu que altos níveis de anandamida são catalisadores para melhorar o humor e reduzir o medo.
Em camundongos e humanos, a produção de enzimas responsáveis pela quebra da anandamida também levou para uma diminuição no medo e ansiedade durante o momento que percebiam alguma ameaça.
Um estudo adicional em 2009, mostrou que níveis altos de anandamida são essenciais para a ovulação e que durante o período gestacional pode afetar o desenvolvimento fetal.
A pesquisa concluiu que níveis mais altos durante a ovulação pode ser beneficente na gravidez.
Como o corpo produz anandamida?
De acordo com o médico-cirurgião Rafael Pessoa, a Anandamida é feita através da metabolização dos ácidos do organismo. As enzimas metabólicas sinalizam que o corpo precisa e os neurotransmissores respondem.
Um fato curioso, é que a própria anandamida também sinaliza quando é preciso produzir ou se há demais.
Como aumentar ou estimular a produção de anandamida?
O aumento nos níveis de anandamida já foram encontrados na corrente sanguínea de pessoas, que acabaram de praticar exercícios rigorosos.
Dessa for,a a teoria é que a anandamida pode aparecer à partir de uma alta euforia, que vem com atividade física vigorosa e prolongada.
Curiosamente, a anandamida pode estar presente em trufas, apesar de ainda não sabermos qual efeito biológico que o consumo de trufas possa ter no sistema endocanabinoide.
Há também alguns alimentos que auxiliam neste aumento, como o chocolate meio amargo. Isso porque ele também estimula a produção do neurotransmissor.
Alimentos com Kaempferol, como maçã, tomate, cebola, uva e batata também são úteis, pois inibem a produção de uma enzima que decompõe a anandamida.
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É importante ressaltar que qualquer produto feito com a cannabis precisa ser prescrito por um profissional de saúde habilitado, que poderá te orientar de forma específica e indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.
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Referências:
- Leafly
Você já ouviu falar do Sistema Endocanabinoide? Ele foi descoberto a pouco tempo, mas sempre esteve presente no nosso corpo e tem uma relação muito importante com a planta cannabis.
De maneira geral, é o sistema de comunicação entre o cérebro e os processos do organismo. Ele permite a coordenação entre as células, o que equilibra vários processos cognitivos e fisiológicos. Como por exemplo:
- Fome;
- Humor;
- Inflamações;
- Memória;
- Estresse.
Esse sistema está por todo o nosso corpo e age de maneiras diferentes, mas o seu principal objetivo é regular e homeostase, ou seja, o equilíbrio das funções do organismo. Se uma pessoa está com dor, por exemplo, é ele que sinaliza que algo está errado.
Para que serve o Sistema Endocanabinoide?
Basicamente, ele funciona de maneiras diferente em cada região, e para isso, são necessárias três coisas:
Todas as outras funções do nosso corpo precisam controlar as suas células com bastante cautela para que elas funcionem normalmente.
Por isso, o sistema endocanabinoide se encontra em várias áreas, como nas membranas, no cérebro, e nos órgãos, regulando o comportamento de cada um.
Os endocanabinoides, também chamados de canabinoides endógenos são produzidos naturalmente pelo corpo humano, eles funcionam como um sinalizador que ajuda as outras funções a manter o equilíbrio.
Leia mais sobre isso: Canabinoides: o que são, efeitos e benefícios
Quando o nosso sistema imunológico precisa de uma febre para “fritar” algum vírus ou bactéria, por exemplo, é a sinalização dos endocanabinoides que faz o corpo voltar a temperatura normal.
Esse sistema trabalha em conjunto ao imunológico, assim acontece também em várias outras áreas.
Quando os receptores endocanabinoides são ativados, eles permitem uma série de reações fisiológicas, que influenciam em:
- Inflamações;
- Dores;
- Apetite;
- Pressão dos olhos;
- Sensações;
- Controles musculares;
- Temperatura corporal;
- Energia;
- Metabolismo.
Além disso, o trabalho desse sistema como regulador envolve:
- Reduzir inflamações;
- Relaxar a musculatura;
- Reduzir a pressão arterial;
- Dilatação dos brônquios;
- Normalizar o fluxo sanguíneo cerebral;
- Normalizar os nervos.
Novas perspectivas
O sistema endocanabinoide é encontrado em todos os répteis, anfíbios, aves, mamíferos e peixes, exceto insetos. O seu descobrimento, abriu caminho para um novo olhar dos problemas patológicos e traçou novas estratégias na maneira de tratá-los.
Ele está ligado em quase todos os campos da medicina, até mesmo na área reprodutiva, como explica o Dr. Mauro Maccarrone da Universidade de Teramo, Itália.
Ele elucida que os receptores canabinoides se proliferam na placenta e facilitam a relação entre mãe e filho. Uma falha no sistema pode levar até a um aborto espontâneo.
Quando um bebê nasce, por exemplo, ele recebe bastante endocanabinoides através do leite materno. Por isso, crianças que são amamentadas por mais tempo, ficam menos doentes.
Até mesmo a cólica infantil está relacionada a falta de endocanabinoides.
Problemas no sistema
Quando o nosso corpo falha ao produzir endocanabinoides por alguma razão, pode resultar no desenvolvimento de alguma doença, como fibromialgia, artrite reumatoide, inflamação gastrointestinal, alzeimer, câncer entre outras.
Essa deficiência também é conhecida como Síndrome de Deficiência Clínica de Endocanabinoide. Muitas pessoas nem sabem que sofrem da síndrome.
Quando o sistema não produz o mínimo necessário, a tendência é que os endocanabinoides do corpo se degradem, desencadeando os problemas mencionados acima.
Os endocanabinoides endógenos são responsáveis por regular a serotonina, por exemplo. Quando eles não estão trabalhando direito, os níveis do composto podem subir, o que ocasiona em enxaqueca, ou podem descer demais, o que é a causa da fibromialgia.
Sem nada para sinalizar qual o ponto certo, pode surgir uma infinidade de complicações.
A dependência dos canabinoides para auxiliar no equilíbrio é enorme. Através de experimentos, a Big Pharma provou que os compostos canabinoides podem alterar a progressão de doenças.
O estudo com camundongos alterou geneticamente alguns deles para não terem receptores CB propositalmente. Estes não mamavam e morriam prematuramente.
A relação com a cannabis
A descoberta do Sistema Endocanabinoide é relativamente recente, os primeiros receptores foram percebidos em 1994, logo depois da descoberta dos canabinoides.
O próprio Químico Raphael Mechoulam, considerado o “avô da cannabis”, quis entender como o THC (tetrahidrocanabinol) e o CBD (canabidiol) agiam no organismo e nas suas explorações encontrou uma rede dentro do próprio organismo.
Apesar do nosso corpo produzir endocanabinoides, o sistema pode receber suplementos de fora. Estes, por sua vez, podem ser encontrados em algumas plantas, como a cannabis.
Inclusive, o sistema endocanabinoide só foi descoberto, graças aos estudos de cannabis e a sua ação no corpo humano.
Não apenas na cannabis, mas também em uma variedade de plantas ricas em fitocanabinoides, também conhecidos como canabinoides exógenos.
Os fitocanabinoides, têm uma função parecida com a dos endocanabinoides.
Dentro do nosso organismo eles funcionam com um substituto, imitam a maneira de interagir com os receptores CB1 e CB2 e manter tudo em equilíbrio.
Os recetpores são uma espécie de sinalização que avisa quando algo está errado. Junto às enzimas metabólicas, responsáveis pelas reações químicas do organismo, eles garantem que os canabinoides sejam usados quando necessário.
Leia mais sobre isso: Receptores Canabinoides: O que é CB1 e CB2?
Já se perguntou por que a cannabis gera efeitos no nosso corpo? A planta tem pelo menos 85 tipos diferentes de fitocanabinoides, os dois mais importantes são o THC e o CBD.
Há estudos que mostram que a introdução de fitocanabinoides induz a produção de endocanabinoides e a criação de novos receptores pelo organismo.
Já nass plantas, a ação dos fitocanabinoides não está diretamente ligado ao crescimento e ao desenvolvimento das plantas, mas sim uma proteção contra pragas, doenças e radiações ultravioletas.
THC
Pesquisas mostram que o THC afeta o CB1 e o CB2 da mesma forma que os endocanabinoides agiriam.
Apesar dos efeitos psicoativos, ele pode ser um forte aliado na luta contra dores, crônicas, náuseas, asma, glaucoma e até contra o câncer.
CBD
O canabidiol não se relaciona com os receptores, mas pode agir como antagonista, agindo indiretamente e bloqueando algumas ações. Diferente do THC ele age fisiologicamente.
O CBD pode reduzir e prevenir náuseas, diabetes, inflamações, estresse pós-traumático, epilepsia, artrite reumatoide, doenças cardiovasculares, pode ajudar a inibir o crescimento de tumores e até servir como analgésico.
Como o canabidiol age no cérebro?
Quando ingerimos CBD, ele passa pela corrente sanguínea até chegar ao cérebro. Depois disso, eles interagem com os neurônios, que possuem receptores de canabinoides bem aguçados.
Se há falta de anandamida por exemplo, um neurotransmissor e considerado canabinoide endógeno que ajuda a acalmar e relaxar, o canabidiol pode funcionar como um reforço.
E a maconha?
Quando ela é consumida, libera um dos canabinoides mais conhecidos: o Tetrahidrocanabinol ou mais comumente chamado de THC.
É ele que dá a sensação de “barato” e faz com que o cérebro libere dopamina, o hormônio que dá a sensação de bem-estar. Ele é parecido com a anandamida, que regula o nosso humor, sono, memória e apetite.
É por isso que a pessoa que consome maconha fica “feliz”, sonolenta, não se lembra de muita coisa ou até com fome.
Uma coisa curiosa é que os efeitos são ambíguos, enquanto alguns sentem sonolência e diminuição da atividade motora, muitos tem uma reação contrária, sentirão euforia e intensificação dos movimentos.
Sempre vai depender do indivíduo e da quantidade que ele ingere.
No cérebro a maconha afeta também o equilíbrio, a coordenação motora, a postura e a noção do tempo, por um curto período em que o indivíduo está fumando.
Por isso, é muito importante que o indivíduo não dirija depois de consumir a maconha.
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