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Procuramos interessados em reduzir danos do abuso de substâncias, e preparamos um Guia exclusivo para quem participar de nossa pesquisa
A dependência de substâncias é uma realidade que afeta milhões de famílias em todo o mundo. No Brasil, o álcool e o tabaco estão entre as substâncias mais consumidas, gerando preocupações tanto de saúde pública quanto individual.
Você conhece alguém que enfrenta esse desafio? Já ouviu falar da redução de danos (RD) como alternativa de apoio?
A Cannalize divulga nesta quinta-feira (11) uma pesquisa para mapear o perfil dos interessados na cannabis medicinal como alternativa para redução de danos. Como retribuição, preparamos um Guia exclusivo, revisado por médicos e especialistas, explicando o papel da cannabis medicinal na diminuição da toxicodependência.
O guia é gratuito e a pesquisa leva menos de 1 minuto! Participe clicando aqui.
O Que é a Redução de Danos?
A redução de danos é uma abordagem inovadora e eficaz que busca minimizar os riscos associados ao consumo de substâncias, sem exigir abstinência completa. Reconhecida como uma política pública no Brasil, a RD oferece suporte prático e informações úteis para os usuários, ao invés de focar apenas na criminalização.
Esse modelo inclui estratégias multidisciplinares que atendem a diferentes níveis de uso, abrangendo desde substâncias altamente prejudiciais, como cocaína e crack, até casos de uso excessivo de maconha. A ideia é reduzir riscos à saúde, como transtornos de ansiedade e paranoia, promovendo qualidade de vida.
Cannabis Medicinal: Uma Aliada no Tratamento
Um complemento promissor dentro da abordagem de redução de danos é o uso da cannabis medicinal. Essa terapia, realizada sob orientação médica e com suporte de uma equipe multidisciplinar, tem mostrado resultados positivos na diminuição da dependência e no alívio de sintomas psicológicos.
Descubra Mais Sobre Redução de Danos
Quer saber como a redução de danos pode transformar o tratamento da dependência de substâncias? Participe da pesquisa e receba nosso guia completo!
https://cannalize.com.br/pesquisa-reducao-de-danos/ Redução de danos: o que é e como funcionaPersonalizada para cada um, a redução de danos é uma alternativa mais humanizada para conter os efeitos negativos das substâncias
Em maio de 2024, a Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados aprovou um projeto que limita a destinação de recursos públicos para políticas de redução de danos apenas para estudos.
A ideia é que os recursos utilizados para ajudar os pacientes que querem reduzir o uso de substâncias, sejam oferecidos apenas durante a realização de pesquisas.
De acordo com o autor do projeto, o Coronel Meira (PL-PE), o objetivo é “evitar que as medidas de redução de danos sirvam para estimular o consumo de drogas, em vez de reduzir”.
Caso sancionado, o projeto pode alterar a lei de drogas, que possui políticas claras para minimizar o reflexo negativo do uso de substâncias.Mas será que este é realmente o caminho?
Quais são os princípios da redução de danos?
Para entender, é necessário conhecer um pouco mais sobre quais são as estratégias de redução de danos.
A técnica nasceu após o uso problemático de opioides nos EUA. A solução encontrada foi fornecer substitutos menos “danosos” para que o paciente não ficasse em abstinência e logo voltasse ao vício.
Na prática de redução de danos, o foco não é a abstinência, mas tentar minimizar os impactos negativos que a substância traz.
No Brasil, a técnica foi adotada pela primeira vez em 1989 em Santos (SP), quando os profissionais de saúde perceberam que os altos índices de transmissão de HIV estavam relacionados ao uso indevido de drogas injetáveis.
Mas a estratégia virou lei. A partir de 2003, as ações de redução de danos deixaram de ser uma estratégia exclusiva dos Programas de DST/AIDS e tornaram-se uma política do Ministério da Saúde para o uso de álcool, drogas e saúde mental.
Atualmente há até agentes de redução de danos, que, junto aos CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), trabalham com a conscientização das pessoas para promover estratégias e reduzir os riscos de danos causados pelas drogas.
De acordo com o coordenador científico da Plataforma Brasileira de Política de Drogas, Renato Filev, à Cannalize em 2021, o que a guerra às drogas traz hoje, é um cenário que só há dois lados, contra ou a favor do uso de drogas.
Mas não precisa ser assim.
Personalizada para cada um
Não há uma fórmula certa para a redução de danos. Ela acontece de maneira diferente para cada pessoa. É necessário entender a vida do paciente como um todo, principalmente os seus hábitos.
Isso combinado a maior compreensão dos seus relacionamentos e experiências, darão suporte para identificar os danos e como o processo será feito. De acordo com Filev, a abstinência precisa ser um ponto de chegada e não de partida.
Aqui, o acompanhamento com um psicólogo será fundamental em toda a jornada. Para a redução de danos dar certo, se conhecer e entender os seus limites vai ajudar em todo o processo.
Juntos, eles poderão estabelecer estratégias para introduzir cada processo de redução de danos. Estabelecendo horários para o uso, substituição de substâncias para “drogas mais leves” e até com a individualização dos instrumentos, como piteiras ou seringas próprias.
Veja na tabela algumas alternativas que podem ser adotadas na redução de danos:
Formas indiretas de redução de danos
Uma das abordagens dentro da redução de danos, é a redução indireta. Ela acontece porque muitas pessoas são viciadas em mais um tipo de substância, como álcool e cocaína, por exemplo.
A ideia aqui é diminuir o hábito de um dos vícios para reduzir os prejuízos causados pela junção dos dois. Sem contar que a estratégia também pode ser um auxílio na redução (e até a remissão) da outra substância.
Precauções como não dirigir e nem operar maquinários, consumir substâncias de origens confiáveis, trocar a forma de administração também são consideradas ferramentas de redução de danos.
Uma pessoa que fuma maconha, por exemplo, pode passar a utilizar de forma inalada, uma vez que o principal problema aqui é a combustão da fumaça do cigarro.
Outra forma indireta bastante conhecida é a divulgação dos malefícios da substância, como os avisos em cigarros. O tabaco não foi proibido, mas a propaganda nas embalagens e a proibição do fumo em lugares fechados ,reduziu pela metade o número de consumidores.
Segundo dados de 2022 da OMS (Organização Mundial da Saúde) o Brasil se destaca entre os países com a maior diminuição do consumo, com uma redução de 35% desde 2010.
Substituição com cannabis
Outra alternativa bastante utilizada na redução de danos é a substituição de uma substância pela outra. Muitas pessoas têm utilizado a maconha como alternativa para drogas mais “pesadas”, por exemplo.
Isso porque a classificação de dependência da erva é considerada leve e moderada, segundo a OMS. Isso quer dizer que nunca terá alguém correndo atrás da maconha como um usuário de cocaína ou crack por exemplo.
E a cannabis medicinal também pode entrar nessa história. Com a quantidade certa de canabinoides, ela pode ser um tratamento totalmente seguro e eficaz para tratar o vício em substâncias.
Efeitos que foram vistos em um estudo publicado em 2024, que mostrou que o tratamento de usuários de crack com o CBD (canabidiol) tem melhores resultados na redução de dependência que medicamentos convencionais usados nos Caps AD (Centros Psicossociais de Álcool e Drogas).
A pesquisa foi realizada pela UNB (Universidade de Brasília) e publicada na revista International Journal Health and Addiction.
Como a cannabis funciona
As drogas têm a capacidade de causar uma influência gigante no nosso sistema de recompensa.O uso contínuo faz o corpo querer cada vez mais, perdendo o interesse em outros prazeres ou funções, como comer.
A cocaína, por exemplo, pode agir como um facilitador das descargas dos neurotransmissores na fenda sináptica do cérebro, ou seja, após o efeito da droga nesta área, acaba acontecendo um esgotamento destes transmissores, que estão ligados ao comportamento compulsivo.
Mas a cannabis pode ser útil porque ela trabalha através de um sistema chamado Sistema Endocanabinoide. Ele funciona em nível celular ajudando a regular alguns efeitos do nosso organismo, como a fome, sono e humor.
Quando os canabinoides da cannabis entram no nosso corpo,podem ajudar a recuperar o equilíbrio e fazer as coisas voltarem ao normal. Ele vai reduzindo gradativamente a compulsão pelos efeitos químicos, porque auxilia na regularização dos neurotransmissores.
Isso explica também porque não é possível uma pessoa ter uma overdose de maconha, por exemplo.
Consulte um médico
No Brasil, a cannabis é aprovada apenas para fins medicinais e só pode ser comprada com receita. Atualmente, ela pode ser adquirida através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes.
Caso precise de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas, além de auxiliar desde a achar um prescritor até o processo de importação do produto através da nossa parceira Cannect. Clique aqui.
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