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Dúvidas quanto a receita médica podem surgir ao começar um tratamento com CBD. Por isso, vamos esclarecer algumas questões
O uso da cannabis medicinal cresce todos os anos no Brasil. De acordo com dados da Kaya Mind, o Brasil possui aproximadamente 430 mil pacientes que utilizam a opção terapêutica, seja por associações, por importações e até pela farmácia.
Por outro lado, comprar produtos de cannabis ainda geram muitas dúvidas em quem quer começar o tratamento. Uma das mais comuns é sobre receita.
Por isso, selecionamos algumas questões sobre esse assunto para ficar por dentro.
Dentistas ou médicos. A primeira delas é que apenas médicos e dentistas podem prescrever cannabis medicinal.
A cannabis é regulada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que autoriza a importação e a venda nas farmácias. No ano passado, ela esclareceu que as receitas só podem ser emitidas por profissionais dessas áreas.
Receitas diferentes. Outro ponto para se atentar é que a receita muda se for para produtos importados ou comprados nas drogarias.
Para produtos disponíveis nas farmácias, por exemplo, é necessário que seja uma receita de controle especial azul tipo B. Caso o produto tenha concentrações maiores de THC (tetrahidrocanabinol), aí será a receita amarela tipo A.
Estas, por sua vez, valem 30 dias apenas. Alguns profissionais até prescrevem mais de um produto, para que o paciente possa comprar mais frascos do óleo e usar depois que a prescrição vencer.
Receita canábica. No geral, prescrições de medicamentos de uso contínuo ou até para medicamentos que não exigem retenção de receita, têm validade de 60 dias, podendo variar de acordo com o remédio.
Por outro lado, de acordo com a resolução 660 da Anvisa, as prescrições de produtos de cannabis possuem um prazo de seis meses para a compra.
Porém, de acordo com o Cannect Cuida, uma rede de cuidado continuado da health tech Cannect, é recomendado que o paciente compre pelo menos um mês antes do prazo vencer.
Isso porque os trâmites dos produtos importados demoram, em média, 25 dias para chegar ao paciente. Caso a receita esteja vencida, isso pode gerar algum problema ao chegar ao Brasil.
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https://cannalize.com.br/quanto-tempo-dura-uma-receita-de-cbd/ ‘Os resultados vieram de forma rápida’, diz paciente sobre a cannabis medicinalA cannabis foi o único tratamento que efetivamente deu certo e não causou efeitos colaterais. Mas a maior dificuldade foi achar quem prescrevesse
O servidor público Erick Aguiar, de 42 anos, passou a ter insônia há alguns anos. Além da falta de sono, ele também sentia o peito apertar e suas noites eram intermináveis. Passou a tomar uma série de remédios, mas a sua situação não melhorou.
Aguiar também temia pelos efeitos colaterais. Embora os remédios para dormir possam ajudar de alguma forma, também podem desencadear uma série de reações adversas, como lentidão, tontura, dificuldade de concentração e muito mais.
Foi preciso mais de um ano nessa agonia para que um amigo com ansiedade falasse sobre o tratamento com a cannabis. Sem receio ou preconceitos sobre o assunto, ele não pensou duas vezes em tentar o tratamento.
E os resultados vieram de forma rápida. “ Eu tomei e realmente melhorou muito nesse ponto, até mais durante o dia do que a noite (…) a dor no peito também sumiu completamente”, disse.
Hoje, o servidor público usa cerca de 30 gotas de CBD (canabidiol) todos os dias e não tem nenhum efeito colateral. “Na verdade, só tenho efeitos positivos”, comenta.
Um problema cada vez mais presente
De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), cerca de 11 milhões de brasileiros utilizam algum tipo de medicação para conseguir dormir. Para se ter uma ideia, só entre janeiro e setembro de 2023, as farmácias compraram mais de 90 milhões de caixas de remédios contra a insônia.
A quantidade de remédios revelada pelo Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos, ainda mostrou que o Zolpidem é o mais famoso deles. Contudo, estudos mostram que o remédio pode trazer problemas a curto e a longo prazo.
De acordo com um estudo desenvolvido pelo American Journal of Public Health em 2015, o remédio pode trazer duas vezes mais chances de alguém se envolver em um acidente de carro. Parece que ele afeta a concentração de forma semelhante ao álcool.
Não é incomum que remédios para dormir como o Zolpidem também cause sonolência, dependência, sonambulismo e até alterações na memória.
Dificuldades em encontrar um prescritor
Em 2021, quando o servidor público pensou em tentar a cannabis medicinal, a dificuldade maior foi encontrar um profissional que prescrevesse. Aguiar precisou passar por três médicos para poder encontrar um tratamento ideal.
“Não é todo mundo que prescreve, os médicos morrem de medo (…) eu tive que passar por uns três médicos, o primeiro deles me passava uma dosagem tão pequena que não dava para nada”, complementa.
O servidor público começou a utilizar o óleo de uma associação, a forma mais acessível que conseguiu achar para obter o produto na época.
Embora a cannabis seja usada por mais de 400 mil pacientes hoje, a comercialização é relativamente recente. Para se ter uma ideia, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) só permitiu a venda nas farmácias no final de 2019.
Contudo, os primeiros produtos não saíam por menos de R$2 mil. “Na época que eu comecei, era impossível, inviável financeiramente falando”, disse Aguiar.
Com o número de pacientes aumentando e a flexibilização da Anvisa para a importação dos produtos, mais marcas passaram a investir no setor no Brasil, o que facilitou ainda mais o uso.
O valor começou a diminuir. De quase R$400, o servidor público paga hoje em dia cerca de R$300 ao mês para trazer de fora. “Não dá para dizer que é barato, mas deixou de ser inacessível”, completa.
Por outro lado, o remédio passou a ser indispensável. Se Aguiar deixar de tomar a cannabis por um tempo, os sintomas voltam a acontecer.
https://cannalize.com.br/insonia-cannabis-medicinal-relato-canabidiol/ Saúde da mulher: O que é preciso saber para começar a prescreverA cannabis está cada vez mais presente na vida das mulheres como um tratamento complementar. Mas o que é necessário aprender sobre cannabis para receitar?
Em agosto de 2022, um estudo mostrou que a cannabis é cada vez mais usada nos EUA para conter os sintomas da menopausa. Um ano antes, os cientistas também evidenciaram que quase metade das mulheres com câncer de mama fazem o uso medicinal da planta.
Na Austrália, outra pesquisa também já tinha demonstrado que mais mulheres recorrem ao tratamento canábico para tratar endometriose.
E esse crescimento não é à toa. A cannabis tem sido usada como uma opção para várias condições da saúde da mulher de forma bastante efetiva. O problema está na falta de profissionais que saibam como prescrever. Mas por que poucos prescrevem?
É necessário aprender para prescrever
De acordo com o médico experiente em saúde feminina e professor de medicina da Unicap, Hélio Mororó, prescrever cannabis está muito além de passar uma receita. Mesmo conhecendo (e muito bem) a fisiologia feminina, também é necessário aprender sobre o Sistema Endocanabinoide, por onde a cannabis trabalha.
Este sistema é uma descoberta relativamente nova, por isso, é pouco explorado pelos profissionais de saúde. Contudo, é fundamental, segundo o médico.
Trata-se de um sistema que funciona em nível molecular e ajuda a restaurar a homeostase, ou seja, o equilíbrio de várias funções do organismo, como sono, fome, humor, sistema nervoso e sistema imunológico.
“Para você prescrever, pressupõe-se que entenda muito bem de fisiologia de efeitos colaterais, interações medicamentosas e que saiba que esse não é um óleo mágico. E que nem tudo é para todo mundo da mesma forma o tempo todo”, diz.
Mas como a cannabis vai ajudar nas condições femininas?
O médico especializado explica que a cannabis pode ser usada para vários problemas relacionados à saúde da mulher como um tratamento complementar às práticas convencionais.
Como a endometriose, ajudando a reduzir a dor, a inflamação e até as células que estão desreguladas. Ou então, para os ovários policísticos, auxiliando na regulação dos hormônios .
Além do mais, a planta também pode ser útil para condições que atingem ambos os sexos, como fibromialgia e câncer.
Aprenda mais sobre saúde da mulher
O médico estará à frente do curso da Dr. Cannabis, Cannabis Medicinal na Saúde Feminina, que busca ensinar, esclarecer dúvidas e dar segurança para todos os profissionais de saúde que querem prescrever.
Será ensinado sobre dosagens, canabinoides, variação de aplicabilidade terapêutica, e o uso em conjunto com as terapias clássicas.
“Quando a gente apresenta a cannabis, faz todo o caminho médico, metabólico, mostra o que funciona, onde e como funciona, começa a fazer muito sentido. Invariavelmente os colegas replicam isso de maneira espetacular na sua prática clínica, principalmente para dar alívio e conforto para as mulheres que estão desamparadas “, diz o médico.
O curso será inaugurado nesta sexta (19) e terá uma condição especial para as primeiras 50 pessoas que se inscreverem.
Para saber mais, confira a live de amanhã com o médico sobre o curso na @dreducacao.
https://cannalize.com.br/saude-da-mulher-o-que-e-preciso-saber-para-comecar-a-prescrever/ De paciente a prescritora de cannabis medicinalDepois da sua própria experiência, a veterinária de São Paulo utiliza a cannabis para ajudar na recuperação dos animais
Muito antes de virar veterinária, Ana Flávia Cascão, de 44 anos, já tinha um olhar mais integrativo sobre cuidados, medicações e tratamentos. Com uma tia homeopata, ela foi criada desde a infância com a ideia de que cuidar de alguém era muito mais do que tratar sintomas.
Continuou com esse pensamento depois que começou a exercer a profissão. Por causa disso, algumas coisas a incomodavam, como a reabilitação dos pacientes internados. Fato que a fez estudar acupuntura, fisioterapia, homeopatia, quiropraxia e ferramentas que trouxessem uma qualidade de vida aos seus pacientes.
Mas a cannabis medicinal só apareceu bem depois, com uma experiência que Cascão teve que sentir na própria pele.
Tratando a ansiedade com cannabis
Em 2020 a veterinária passou a ter crises de ansiedade de forma frequente. “Eu comecei a perceber que dentro das minhas crises, fiquei muito tempo sem comer, tinha náuseas e emagreci muito”, lembra.
Como não tinha nenhum tabu em relação à cannabis, Cascão procurou um médico prescritor e começou a usar o óleo. A melhora foi visível
Por que não receitar também?
Mas a experiência com a cannabis não ficou apenas para a sua ansiedade. A veterinária percebeu que a planta também poderia ajudar os animais que tratava. “Comecei a olhar como possibilidade de tratamento para os meus pacientes, pesquisei e vi que tinham algumas pessoas trabalhando nisso”, conta.
Não demorou muito para que Cascão fizesse um curso de prescrição e começasse a tratar os bichos que chegavam ao seu consultório com cannabis medicinal.
“Eu sinto que é uma das coisas que dá mais qualidade de vida principalmente para os pacientes crônicos. Quando a gente fala de pacientes que têm dor crônica, quando a gente fala de pacientes oncológicos, pacientes geriátricos com doenças cognitivas, então a gente consegue melhorar muito a qualidade de vida”, relata.
E a veterinária complementa que essa melhora da qualidade de vida não é só no paciente, mas também dos tutores, que não precisam trocar o dia pela noite e nem direcionar toda a sua preocupação para os bichos.
Junto à prática da medicina integrativa, Cascão entende que a cannabis pode agir como um complemento para o organismo.
A cannabis para pets é legal?
Atualmente, a cannabis para pets vive em um limbo, em que não há proibição, mas também nenhuma legislação sobre o assunto. Por causa disso, muitos tutores precisam recorrer às associações ou comprar o produto como se fosse para eles.
Motivo que também gera receio em muitos veterinários. Mas parece que alguns conselhos estão juntos na causa. Há dois anos, o CRMV – SP (Conselho de Medicina Veterinária de São Paulo), por exemplo, criou um grupo de trabalho para promover estudos e debates sobre a incorporação da cannabis na prática clínica.
O CRMV de São Paulo também contribuiu para o projeto de lei sobre cannabis para animais em 2021. Proposta que foi incorporada ao PL 399/15, que busca uma nova legislação da cannabis como um todo.
Enquanto os trâmites legais ainda acontecem, Cascão não deixa de prescrever. “Comprovadamente, não tenho a menor dúvida que a cannabis é benéfica. Então é uma conversa com os meus pacientes, de que estamos em processo de regulamentação”, diz.
A veterinária também comenta que, de maneira geral, os tutores já chegam a procura do tratamento com a cannabis, o que mostra que a demanda é grande.
Conte com a gente
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