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A pesquisa é apenas uma das dezenas de estudos que mostram os benefícios e a segurança da cannabis para os animais
O NASC (Conselho Nacional de Suplementos Animais, sigla em inglês) dos Estados Unidos, divulgou um novo estudo que afirma que o CBD (canabidiol) é seguro para uso a longo prazo para os cães.
O estudo, publicado nos últimos dias na revista Frontiers in Veterinary Science, descobriu que uma variedade de canabinoides, incluindo CBD, CBDA e CBG, foram bem tolerados em cães saudáveis em uma dose de 5 miligramas por quilograma de peso corporal por dia.
Para fazer a descoberta, os pesquisadores desenvolveram um estudo randomizado de 90 dias com um período de recuperação de duas semanas.
Trinta e dois cães saudáveis receberam placebo, CBD, CBD+CBG ou CBD+CBDA e foram testados semanalmente quanto ao peso corporal, consumo de alimentos e patologias clínicas.
Pesquisas a longo prazo
De acordo com o estudo, os canabinoides foram bem tolerados em beagles machos e fêmeas saudáveis durante 90 dias consecutivos. Com base nos dados disponíveis, os autores concluiriam que as substâncias “não representam um risco significativo para os cães quando utilizadas a longo prazo.” Escreveram.
Por outro lado, os cientistas também deixaram claro que, por mais bem controlados ou meticulosamente definidos que sejam os estudos, é impossível contabilizar tudo o que pode ocorrer quando um produto é comercializado.
“É por isso que este estudo de segurança inclui não apenas dados de um protocolo de estudo bem concebido, mas também dados de 10 anos de vigilância pós-comercialização”, escreveram. “Nenhum outro estudo que tenhamos conhecimento é tão abrangente e inclui ambos os conjuntos de dados.”
Outros estudos
O arigo contribui para a crescente literatura científica sobre cannabis e caninos.
Outro estudo de caso, por exemplo, descobriu que a cannabis parece ser uma opção de tratamento viável para cães que sofrem de uma doença de pele comum – especialmente se apresentarem efeitos secundários adversos das terapias convencionais com esteroides.
Uma pesquisa publicada em janeiro também descobriu que cães que recebem doses diárias de CBD apresentam reduções significativas no estresse e na ansiedade relacionados às viagens de carro.
Outro artigo demonstrou os benefícios do canabidiol, na redução da frequência de convulsões entre cães que recebem o canabinoide. Além disso, um estudo publicado em 2018 mostrou que cães com artrite apresentam melhorias com o tratamento com CBD.
Benefícios para além dos cães
Em Agosto passado, o Departamento de Agricultura dos EUA também descobriu que as vacas que são alimentadas com bolo de sementes de cânhamo retêm concentrações muito baixas de THC (tetrahidrocanabinol) e CBD nos seus corpos, o que indica que os produtos de carne provenientes de gado alimentado com cânhamo são seguros para consumo humano.
Outro estudo financiado pelo governo federal publicado em 2022 descobriu que alimentar as vacas com cânhamo reduz o estresse.
Cannabis para pets
O uso animal da cannabis ainda vive em um limbo no Brasil, em que não é regulamentado e nem proibido. Até que se tenha uma nova legislação, os veterinários têm prescrito colocando o seu registro em risco.
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https://cannalize.com.br/cbd-caes-seguro-longo-prazo-estudo/ “Melhor investimento”, diz tutora que deu CBD para cãoDaniela Locastro ainda criou um instagram para mostrar a evolução do cãozinho que hoje vive sem dores
Pouco depois que se recuperou de uma leucemia, o pequeno Pedro pediu um novo cachorrinho. O pet da família havia sido doado por causa do seu antigo estado de saúde, então ele cobrou um novo.
Foi aí que o Rick apareceu. O cão tinha alguns meses quando foi adotado pela Daniela Locastro (40), tia do Pedro. Não demorou muito para que se tornasse o xodozinho da família.
Contudo, alguns anos depois, o Rick foi pular do sofá e travou. “A gente levou ele na veterinária e ela falou que era uma inflamação. Mas ele foi paralisando, paralisando e não tinha um profissional que soubesse o que ele tinha”, acrescenta Locastro.
Foi após um Raio X que descobriram uma hérnia de disco. Trata-se de uma lesão que acontece principalmente na lombar, tanto dos humanos quanto dos animais. Além das dores, o problema também pode causar alteração da sensibilidade da coxa, perna e pé.
Atualmente a condição é a principal causa de doenças da coluna dos cães, principalmente os salsichas, raça do pequeno Rick.
Vai ter que sacrificar?
O cachorro estava sofrendo. Não andava, não brincava e nem se mexia direito.
Daniela Locastro conta que o que a veterinária então falou da temida eutanásia. Uma injeção letal para animais que não respondem mais a tratamentos.
De acordo com um estudo publicado em 2019, problemas na coluna estão entre as principais causas para fazer o procedimento em pets no país. Sem contar que os cães são os mais afetados, correspondendo a mais de 90% dos casos, em relação aos gatos.
“A gente não sabia como lidar e a veterinária falou que não teria o que fazer além da eutanásia. Eu lembro que a gente chorou um dia inteirinho. O Pedro chorou e chorou, porque ele cresceu junto”, ressalta.
Uma nova chance para o cãozinho
Mas quando chegou o dia, a veterinária que faria o procedimento se recusou a aplicar a injeção, pois, segundo ela, o pequeno Rick ainda tinha chances de viver. “ Quando a gente chegou lá, ela falou: ‘ele é o cachorro? Imagina, ele quer viver’”.
A veterinária ainda acrescentou que o cãozinho não reagia por causa da quantidade de remédios que estava tomando, eram eles que o deixavam dopado e sem reação. Na época, o cachorro tomava sete medicações diferentes.
Por isso, a veterinária tirou a maioria dos medicamentos e o encaminhou para a fisioterapia.
Tratando com a cannabis
Por outro lado, as chances de andar novamente estavam fora de questão. A família também tinha que esvaziar a sua bexiga e ajudá-lo a fazer as necessidades fisiológicas. Mas o que mais incomodava eram as dores que o cãozinho ainda sentia.
Daniela lembra que Rick gritava, uivava de dor. A família ficou desesperada, pois não podiam sequer encostar nele sem que gritasse.
Foi através de uma médica veterinária que ela soube da cannabis. Não pensou duas vezes em utilizar o método para tentar aliviar as dores do cãozinho.
E a melhora veio de forma rápida. “Foi outra vida. Hoje em dia, de todos os remédios que ele tomava, está apenas com um, mas está desmamando. Hoje ele é outro cachorro”, acrescenta.
Assim como em humanos, os pets também precisam tratar a hérnia de disco com anti-inflamatórios, que poderão amenizar os inchaços e diminuir a dor. Felizmente a cannabis também tem um efeito poderoso na inflamação.
Cannabis para o tratamento da inflamação
Diversos estudos já mostraram o potencial de diversas substâncias da cannabis, como o CBD (canabidiol), no controle da dor e da inflamação.
Leia também: A cannabis no tratamento de inflamações
Mas o seu diferencial está na forma única de atuar, bem diferente dos medicamentos tradicionais. A cannabis funciona através do chamado Sistema Endocanabinoide, um sistema que funciona em nível molecular ajudando a restaurar a homeostase.
Ou seja, ajuda a restaurar o equilíbrio de várias substâncias do corpo, como fome, sono, humor, sistema nervoso, imune, inflamação e consequentemente, a dor.
Quando algo não está funcionando corretamente, o próprio organismo produz os chamados canabinoides, que por meio de receptores, ajudam a estabilizar alguma função.
A cannabis também possui estas substâncias, que quando administradas podem fazer um trabalho similar aos nossos canabinoides.
Instagram só do cãozinho
Foi através da sua experiência que Daniela criou um perfil no Instagram para mostrar a evolução do Rick. Para ela, é necessário mostrar que animais com paraplegia ainda podem viver e serem felizes.
A página do cãozinho tem quase quatro mil seguidores e mostra o dia a dia do cachorro e a evolução do seu tratamento com a cannabis.
“Eu falo que o canabidiol mudou a vida dele totalmente. Não tem dor, come pula, brinca do jeitinho dele, e foi o melhor investimento da vida para dar qualidade de vida pra ele”, conclui.
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https://cannalize.com.br/foi-o-melhor-investimento-da-vida-diz-tutora-que-deu-cbd-para-cao-paraplegico/ De paciente a prescritora de cannabis medicinalDepois da sua própria experiência, a veterinária de São Paulo utiliza a cannabis para ajudar na recuperação dos animais
Muito antes de virar veterinária, Ana Flávia Cascão, de 44 anos, já tinha um olhar mais integrativo sobre cuidados, medicações e tratamentos. Com uma tia homeopata, ela foi criada desde a infância com a ideia de que cuidar de alguém era muito mais do que tratar sintomas.
Continuou com esse pensamento depois que começou a exercer a profissão. Por causa disso, algumas coisas a incomodavam, como a reabilitação dos pacientes internados. Fato que a fez estudar acupuntura, fisioterapia, homeopatia, quiropraxia e ferramentas que trouxessem uma qualidade de vida aos seus pacientes.
Mas a cannabis medicinal só apareceu bem depois, com uma experiência que Cascão teve que sentir na própria pele.
Tratando a ansiedade com cannabis
Em 2020 a veterinária passou a ter crises de ansiedade de forma frequente. “Eu comecei a perceber que dentro das minhas crises, fiquei muito tempo sem comer, tinha náuseas e emagreci muito”, lembra.
Como não tinha nenhum tabu em relação à cannabis, Cascão procurou um médico prescritor e começou a usar o óleo. A melhora foi visível
Por que não receitar também?
Mas a experiência com a cannabis não ficou apenas para a sua ansiedade. A veterinária percebeu que a planta também poderia ajudar os animais que tratava. “Comecei a olhar como possibilidade de tratamento para os meus pacientes, pesquisei e vi que tinham algumas pessoas trabalhando nisso”, conta.
Não demorou muito para que Cascão fizesse um curso de prescrição e começasse a tratar os bichos que chegavam ao seu consultório com cannabis medicinal.
“Eu sinto que é uma das coisas que dá mais qualidade de vida principalmente para os pacientes crônicos. Quando a gente fala de pacientes que têm dor crônica, quando a gente fala de pacientes oncológicos, pacientes geriátricos com doenças cognitivas, então a gente consegue melhorar muito a qualidade de vida”, relata.
E a veterinária complementa que essa melhora da qualidade de vida não é só no paciente, mas também dos tutores, que não precisam trocar o dia pela noite e nem direcionar toda a sua preocupação para os bichos.
Junto à prática da medicina integrativa, Cascão entende que a cannabis pode agir como um complemento para o organismo.
A cannabis para pets é legal?
Atualmente, a cannabis para pets vive em um limbo, em que não há proibição, mas também nenhuma legislação sobre o assunto. Por causa disso, muitos tutores precisam recorrer às associações ou comprar o produto como se fosse para eles.
Motivo que também gera receio em muitos veterinários. Mas parece que alguns conselhos estão juntos na causa. Há dois anos, o CRMV – SP (Conselho de Medicina Veterinária de São Paulo), por exemplo, criou um grupo de trabalho para promover estudos e debates sobre a incorporação da cannabis na prática clínica.
O CRMV de São Paulo também contribuiu para o projeto de lei sobre cannabis para animais em 2021. Proposta que foi incorporada ao PL 399/15, que busca uma nova legislação da cannabis como um todo.
Enquanto os trâmites legais ainda acontecem, Cascão não deixa de prescrever. “Comprovadamente, não tenho a menor dúvida que a cannabis é benéfica. Então é uma conversa com os meus pacientes, de que estamos em processo de regulamentação”, diz.
A veterinária também comenta que, de maneira geral, os tutores já chegam a procura do tratamento com a cannabis, o que mostra que a demanda é grande.
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https://cannalize.com.br/de-paciente-a-prescritora-de-cannabis-medicinal/ 5 questões sobre cannabis e pets que você deveria saberListamos as cinco dúvidas mais comuns que todo mundo tem sobre o tratamento de cannabis para animais
De acordo com um relatório da Kaya Mind lançado em junho do ano passado, há mais de 200 produtos destinados para pets disponíveis para importação. Quase 60% ainda são especificamente para cães.
Na lista de marcas está até uma startup brasileira, que produz óleos, cremes sprays tanto para uso adulto quanto animal.
Por outro lado, a maioria das pessoas não faz ideia de como comprar e muito menos se é legal dar cannabis para animais. Por isso, listamos 5 questões que você precisa saber antes de começar um tratamento para o seu pet.
1. Posso dar cannabis para o meu pet?
Tecnicamente sim, mas primeiro você terá que passar com ele em um veterinário.
Os principais usos da cannabis nos animais são voltados aos efeitos analgésicos contra a dor e também inflamação.Nesta lógica, 60% a 70% das doenças que acometem os animais podem ser pelo menos, amenizadas pelo uso da cannabis.
Isso porque todos os animais vertebrados e mamíferos possuem um sistema que ajuda a regular várias funções do organismo, como fome, humor, sono, sistema nervoso, imunológico e por aí vai.
O chamado Sistema Endocanabinoide funciona em nível celular, que através de receptores, sinaliza quando algo não vai bem e precisa ser regulado.
A cannabis age através deste sistema. Como uma espécie de reforço, ela produz canabinoides, que podem trabalhar de forma semelhante aos canabinoides produzidos pelo nosso organismo (e dos animais).
2. A cannabis para pets é legal no Brasil?
Na verdade, não tem legislação.
A cannabis medicinal para animais ainda vive em um limbo, onde não há proibição e nem autorização, o que faz muitos profissionais ficarem com receio de prescrever.
Sem contar que, segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), apenas médicos e cirurgiões dentistas podem prescrever cannabis.
Por outro lado, isso não impediu o mercado no Brasil. De acordo com a advogada Pamela Godoy, geralmente os tutores importam os produtos como se fosse para eles e não mencionam os bichinhos no pedido de autorização de produtos controlados.
Ainda segundo o relatório da Kaya Mind, caso houvesse uma regulamentação da planta para fins veterinários, o Brasil teria uma movimentação de até R$1,45 bilhão, gerando até R$109,5 milhões de arrecadação de impostos.
3. Os animais ficam intoxicados?
Sim.
Em países como os Estados Unidos, por exemplo, em que o uso adulto é mais flexível, não é incomum notícias de animais que foram intoxicados por comer a maconha do seu dono sem que ele se desse conta.
Os animais não gostam dos efeitos da “alta”, portanto, deve-se evitá-los a todo custo. Eles podem ficar confusos, um pouco tontos, não conseguem ficar em pé direito. Em últimos casos, os animais podem apresentar até uma incontinência urinária.
A intoxicação também pode ocasionar um aumento da pressão arterial e aumentar a frequência cardíaca.
Os riscos podem surgir até quando há uma dose exagerada de medicamento.
Leia também: Cannabis em NY: Por que o aumento do uso adulto está adoecendo cães?
4. Quanto custa a cannabis para pets?
Já percebeu que muitos remédios servem tanto para pessoas como para animais? No caso da cannabis é bem parecido.
Portanto, os preços de produtos de cannabis para pets não variam muito dos valores de produtos para pacientes humanos. Tudo vai depender da concentração e da quantidade, da mesma forma, que acontece para uma pessoa.
Produtos específicos para animais também não fogem do valor.
5. Onde comprar cannabis para pets?
Como dito acima, o Brasil ainda vive em um limbo, em que não há uma legislação que proíba ou autorize. Insegurança jurídica que faz com que os pacientes importem os produtos como se fosse para eles.
Há também associações no Brasil que cultivam e vendem, mas em desobediência civil.
Em novembro de 2021, o deputado Stephanes Júnior (PSB-PR) propôs o Projeto de Lei 3.790/21 para autorizar a importação, prescrição e comercialização de produtos derivados da cannabis voltados à medicina veterinária.
O PL também pede a manipulação da cannabis no Brasil. Ele foi apresentado em outubro na Câmara dos Deputados, mas foi apensado a um Projeto de Lei ainda mais antigo, proposto em 2018 que também quer a autorização da prescrição e comercialização de produtos de cannabis para pets.
Além do PL, uma associação fez uma petição para que os profissionais da saúde tenham mais segurança jurídica na hora de prescrever a cannabis.
Legislação brasileira
No Brasil, a cannabis é aprovada apenas para fins medicinais e só pode ser comprada com receita. Atualmente, ela pode ser adquirida através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes.
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