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As Olimpíadas de Paris vêm aí, será que a cannabis vai ser uma realidade para os atletas? Dia 24 de Julho iniciam-se os Jogos Olímpicos de Paris, onde o mundo todo estará de olho nas mais diversas modalidades esportivas e seus atletas.
Mas vocês sabem qual será a relação da cannabis com essas Olimpíadas?
Não é segredo que desde 2017 a Agência Mundial Antidoping (WADA) retirou o CBD (canabidiol) da lista de substâncias proibidas. E em 2020, vivemos a estreia do uso oficial do CBD por atletas nos Jogos da Era Moderna, em Tóquio.
Essa liberação foi considerada uma grande conquista para os atletas, visto que o CBD pode auxiliar em uma das principais queixas dos atletas de alta performance: a dor, além de otimizar lesões mais graves e o esgotamento físico e mental.
A cannabis e o mundo esportivo
Porém, apesar dessa vitória, nesse mesmo ano, tivemos um grande escândalo envolvendo a cannabis e que pressionou a WADA e demais agências reguladoras ao redor do mundo esportivo: a suspensão da corredora estadunidense Sha’Carri Richardson – e sua não participação nos Jogos Olímpicos – após a testagem positiva para THC (tetrahidrocanabinol).
Essa pressão trouxe muitos ganhos no universo do esporte: a NBA e o UFC anunciaram no último ano mudanças significativas em seus programas antidoping, onde nenhum atleta que teste positivo para maconha, ou, mais especificamente que tenha vestígio de THC – principal composto psicoativo da droga – no organismo, será passível de punição.
A despeito disso, parece que a WADA e o Comitê Olímpico Internacional (COI) não parecem querer mudar o status da cannabis. Nos últimos anos, a sentença foi a mesma: todos os canabinoides naturais ou sintéticos permanecem proibidos, com exceção do CBD.
Ou seja, se quisermos falar sobre cannabis nas Olimpíadas, é o CBD que deveremos considerar. E claro que pensando nos atletas o uso desse fitocanabinoide, mesmo isolado, tem muitos benefícios.
O uso do CBD
O CBD é uma substância da cannabis não psicoativa, isto é, que não causa euforia, nem intoxicação. Podendo ser utilizada nos protocolos de tratamentos da dor de esportistas, reduzindo também os sintomas relacionados com a prática exaustiva de esportes, a inflamação após os treinos, melhorando e evitando possíveis lesões osteomusculares.
Além disso, possui um efeito ansiolítico que pode ajudar a controlar a ansiedade pré-competição e diminuir a fadiga mental da sobrecarga de treinos e competições.
E seu efeito na melhora da qualidade de sono, traz um sono mais restaurador e profundo, que para atletas de alto rendimento, submetidos aos efeitos do jet lag, pode auxiliar muito para que eles durmam bem e tenham uma regeneração mental e física adequada.
Com certeza vamos acompanhar atletas olímpicos fazendo uso dos óleos sublinguais isolados ou até mesmo dos produtos tópicos de CBD, como os cremes, géis ou roll-on por aí.
O fato é que a história da cannabis no esporte segue sendo escrita e essas Olimpíadas são só mais um capítulo que vai fomentar todo esse processo.
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