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Chame como quiser: maconha, cânhamo ou cannabis. O fato é que mais uma vez nosso assunto ganha espaço na grande mídia

O programa Conversa com o Bial da última segunda-feira (27) exibido na TV Globo, teve toda a sua grade de entrevistas sobre o mesmo assunto: nossa querida plantinha.
Compondo o time de entrevistados estavam três grandes referências no assunto: o neurocientista Sidarta Ribeiro, o jornalista Bruno Levinson e a médica e consultora Dra. Carolina Nocetti.
Seja chamada por cannabis, cânhamo ou maconha, esta discussão certamente está entre os assuntos mais comentados do ano, mas não avança sem quebrar alguns velhos tabus, como por exemplo, o que Bruno Levinson chama de “preconceito semântico”.
“Existe um preconceito semântico com a palavra maconha. Vejo pessoas com constrangimento de ter um livro com essa palavra escrita na capa. Mas acho que está na hora de poder falar livremente, porque é um bem de consumo”. Bruno se refere à capa de seu novo livro “Baseado em papos reais – MACONHA”.
Outro tabu comumente associado à cannabis é a de que a erva “mata neurônios”. Sidarta Ribeiro, neurocirurgião, que também está lançando seu livro “As Flores do Bem” é uma das principais autoridades para desmentir este boato:
“É muito comum encontrar pessoas que acreditam que maconha mata neurônio, quando na verdade é o contrário, os canabinoides presentes nas plantas podem promover a formação de novos neurônios. Por isso a maconha hoje é uma revolução na geriatria, por exemplo.”.
Já a médica Carolina Nocetti expôs sua expertise de 10 anos de jornada com a terapia canábica, revelando que já atendeu mais de 8 mil pacientes. “É uma jornada desafiadora, mas está melhorando. Vemos que as pessoas tem mais acesso ao tema e ganham qualidade de vida”.
O entrevistador Pedro Bial ainda entrou em temas de relevância mais recente, como Habeas Corpus preventivo, a “farmaconha”, o vislumbre de um mercado bilionário e ainda provocou seus convidados a refletir sobre a comparação do modelo de regulação uruguaio ao modelo norte-americano.
https://cannalize.com.br/conversa-bial-cannabis/ Depois de Brasília, O Dispensár.io abre loja em São Paulo
Inauguração está marcada para o sábado (25), no bairro de Pinheiros, com informação, experiências e comercialização de produtos lícitos

A partir do próximo sábado (25), os entusiastas de São Paulo tem mais um ponto de encontro para aprender sobre cannabis. Trata-se do ODispensár.io, um espaço totalmente dedicado à cultura canábica.
Nos moldes da matriz em Brasília, a filial paulistana fica no bairro de Pinheiros e pretende oferecer informação, consultoria e experiências, além de apresentar e comercializar novos produtos lícitos e regulados deste mercado em ascensão.
“Temos uma área de prestação de serviços para a comunidade, apresentando os caminhos lícitos e regulados no para ter acesso aos produtos terapêuticos de cannabis aqui no Brasil, o passo-a-passo, e os riscos e benefícios de todas eles”, contam Juliana Guimarães e Fernando Santiago, proprietários do espaço.
As novidades preparadas especialmente para o público paulista são os produtos de marca própria e a parceria com empresas de sementes que atuam no limbo jurídico no mercado brasileiro, além de produtos terpenados, itens de tabacaria, cultivo, moda e acessórios.
https://cannalize.com.br/inauguracao-o-dispensario/ Califórnia apreende quase 100 mil plantas de cannabis
Durante o terceiro trimestre de 2023, a Força-Tarefa Unificada de Fiscalização da Cannabis da Califórnia confiscou quase 100.000 plantas de cannabis.
Traduzido e adaptado de High Times
Nos últimos três meses, a Força-Tarefa Unificada de Fiscalização da Cannabis da Califórnia confiscou quase 100.000 plantas de cannabis. Na sexta-feira (06), as autoridades estaduais elogiaram as apreensões, destacando que tais cultivos ilegais da planta representam uma ameaça à segurança dos consumidores e frequentemente têm ligações com o crime organizado.
Bill Jones, que lidera a Divisão de Aplicação da Lei no Departamento de Controle de Cannabis da Califórnia (DCC), destacou que, durante o terceiro trimestre de 2023, a força-tarefa concentrou seus esforços nos maiores locais de cultivo de cannabis não licenciados na Califórnia.
“Muitas destas operações ilegais de cannabis estão ligadas ao crime organizado e, além de ameaçarem o ambiente e as comunidades, os produtos vindos destas operações representam uma ameaça direta à saúde do consumidor e à estabilidade do mercado legal de cannabis” disse Jones em comunicado à imprensa.
Mais de trinta toneladas de maconha apreendidas
Durante os três meses, que se encerraram em 30 de setembro, a Força-Tarefa Unificada de Fiscalização da Cannabis da Califórnia eliminou um total de 98.054 plantas de cannabis ilegais, em comparação com as 120.970 plantas apreendidas no segundo trimestre deste ano.
Além disso, a força-tarefa confiscou 61.415,75 libras de cannabis, quase equivalente às 66.315,01 libras de maconha apreendidas nos três meses anteriores. No entanto, as autoridades estaduais observaram que os resultados do terceiro trimestre foram alcançados por meio da execução de 60 mandados de busca, uma redução de 35% em relação ao número de mandados de busca cumpridos no segundo trimestre.
Entre julho e setembro, durante as confiscações em instalações de cultivo de maconha não licenciada, a força-tarefa também fez a apreensão de 69 armas de fogo, representando um aumento de 363% em relação ao trimestre anterior. Contudo, é importante notar que, durante o terceiro trimestre, não houve apreensões de dinheiro, ao contrário dos US$ 223.809 de dólares em dinheiro confiscados durante os três meses anteriores.
“Durante o último trimestre, a Força-Tarefa Unificada de Fiscalização da Cannabis da Califórnia conduziu várias operações altamente coordenadas que irão perturbar a cadeia de abastecimento ilegal e melhorar a segurança pública e do consumidor. A força-tarefa concentrou-se em áreas rurais onde cultivadores ilegais têm conduzido operações não licenciadas”, comentou Nathaniel Arnold, chefe interino de Fiscalização do Departamento de Pesca e Vida Selvagem da Califórnia.
“Esses números de fiscalização representam o trabalho árduo e o comprometimento de nossas equipes multiagências. Aplaudo nossos oficiais e agências parceiras que trabalharam incansavelmente para identificar essas operações clandestinas e fornecer uma boa medida de segurança pública e do consumidor.”
A agência relatou que a cannabis apreendida durante os mandados de busca — cumpridos no último trimestre — tem um valor de mercado estimado em US$ 101.349.657, uma redução de quase US$ 8 milhões em comparação com a estimativa de US$ 109.277.688,94 do trimestre anterior.
As estimativas policiais sobre o valor da maconha apreendida têm sido consistentemente infladas ao longo dos anos. Em vez de relatar o valor de atacado da cannabis confiscada em operações significativas, as autoridades de aplicação da lei frequentemente avaliam a cannabis com base no preço de mercado de um grama no mercado ilegal, o que resulta em uma estimativa significativamente inflada, mas enganosa.
“Inflar as avaliações das apreensões de drogas na imprensa” é uma “tática bastante comum na aplicação da lei”, como disse Alex Kreit, professor de direito na Northern Kentucky University e diretor do Centro de Legislação e Política sobre Dependência da escola, em um e-mail à Forbes em 2021.
https://cannalize.com.br/forca-tarefa-da-california-apreende-quase-100-mil-plantas-de-maconha-em-tres-meses/ Cannabis vs. Fake News: por que apurar é importante?
Quando o assunto é cannabis, aposto que você já deve ter escutado diversas fake news sobre a planta. Mas, afinal, de onde elas surgiram? E por que é tão importante combatê-las?

Ao longo das décadas, a cannabis se tornou um terreno fértil para um fenômeno preocupante: as fake news. Desde os anos de estigmatização até o presente momento de regulamentação da cannabis medicinal no Brasil — e de legalização do uso adulto em diversos países e estados —, essa planta versátil tem sido envolvida em uma teia de desinformação e mitos.
Afinal, quando as pessoas não entendem muito bem um assunto, a tendência é que a imaginação vá cada vez mais longe, não é mesmo? Daí vêm as teorias da conspiração e tudo o mais.
A história das fake news sobre cannabis, porém, vem de muito tempo atrás, e é repleta de exageros, sensacionalismo e falta de embasamento científico, sendo que alguns dos recursos de desinformação utilizados há décadas persistem até hoje. Mas quais são essas fake news — você, sem sombra de dúvidas, já deve ter escutado pelo menos duas delas — e como elas surgiram, afinal?
1. A cannabis faz mal
A demonização da cannabis começou no início do século 20, quando os Estados Unidos iniciaram campanhas de proibição e desinformação sobre a planta, utilizando como recurso narrativas sensacionalistas que contribuíram para a disseminação do estigma em relação à cannabis.
Além disso, a classificação da cannabis como uma droga de Classe I nos Estados Unidos em 1970 a colocou ao lado de substâncias altamente viciantes, criando a ideia de que ela era extremamente prejudicial. Pesquisas subsequentes, contudo, revelaram que a cannabis não é tão danosa quanto uma droga de Classe I e possui aplicações médicas legítimas.
Hoje, ao passo que os estudos avançam e a compreensão pública evolui, fica cada vez mais claro que o estigma em torno da cannabis não se justifica em muitos casos, uma vez que, embora o uso indevido ou excessivo da planta possa ter efeitos negativos, a cannabis também demonstrou benefícios terapêuticos significativos.
2. Cannabis causa dependência
Este mito é clássico e vem persistindo há anos — levando a uma série de equívocos sobre os seus reais efeitos: o de que a cannabis causa dependência.
Sua origem remonta ao início do século 20, quando a cannabis começou a ser regulamentada e proibida em várias partes do mundo. Nos Estados Unidos, por exemplo, a Lei das Substâncias Controladas de 1970 a classificou como uma droga de Classe I, colocando-a ao lado de substâncias altamente viciantes, como a heroína. Essa classificação criou a ideia de que a cannabis era absolutamente viciante, apesar da falta de evidências científicas sólidas que a respaldassem.
3. É a porta de entrada para drogas mais fortes
Geralmente, o disparate anterior é acompanhado deste segundo argumento infudado: a crença de que a cannabis é uma “porta de entrada” que leva inexoravelmente ao uso de drogas mais pesadas.
Essa noção, muitas vezes usada para justificar a proibição da cannabis, tem uma história complexa e, em grande parte, desmentida.
O mito da “porta de entrada” vem da década de 1930, quando os Estados Unidos iniciaram uma campanha anti-cannabis bastante fervorosa. Com a criação do filme “Reefer Madness” em 1936, a narrativa ganhou força, retratando a cannabis como uma substância que transformaria usuários em criminosos e os levaria diretamente ao uso de narcóticos mais perigosos.
No entanto, ao passo que a pesquisa científica em torno da cannabis progrediu, tornou-se cada vez mais claro que essa suposição era simplista e imprecisa.
A grande maioria das pessoas que usam cannabis não avança para drogas mais pesadas. Isso porque, o uso de substâncias é influenciado por uma série de fatores, incluindo predisposição genética, ambiente social e econômico, e não pela simples experimentação da planta.
4. Seu uso destrói os neurônios e prejudica a memória
A crença de que a cannabis destrói neurônios teve origem em estudos realizados na década de 1970, que pareciam indicar danos cerebrais significativos em animais expostos à alta concentração de THC, o principal composto psicoativo da cannabis.
Na época, esses estudos foram amplamente divulgados, alimentando o mito de que a cannabis era tóxica para o cérebro humano.
As pesquisas mais recentes, contudo, mostraram que os efeitos da cannabis no cérebro são muito mais complexos. Embora o THC afete temporariamente as funções cognitivas, como a memória de curto prazo, esses efeitos geralmente são reversíveis após a interrupção do uso. A destruição permanente de neurônios não é uma característica comum do uso moderado de cannabis.
A compreensão atual dos efeitos da cannabis no cérebro destaca a importância de usar essa substância com responsabilidade e considerar os fatores individuais de cada usuário.
5. A cannabis está associada a comportamentos agressivos
Sabe aquele filme que mecionamos antes, o Reefer Madness, de 1936? Então, ele também foi responsável por propagar uma outra grande fake news: a de que pessoas que usavam cannabis tornavam-se agressivas e violentas.
Ao retratar a cannabis como uma droga que levaria as pessoas à loucura e à violência — exagerando os seus supostos efeitos perigosos, incluindo a ideia de que ela transformava os usuários em criminosos violentos —, a narrativa sensacionalista contribuiu para a disseminação do mito da dependência da cannabis.
A realidade, contudo, é de que embora alguns indivíduos possam experimentar ansiedade ou paranóia sob o efeito da cannabis, associar seu consumo a comportamentos agressivos não é fundamentado em evidências sólidas, uma vez que seus efeitos variam amplamente de pessoa para pessoa, e a grande maioria dos usuários não apresenta tendências agressivas.
Hoje, temos a compreensão de que é irrevogavelmente necessário avaliar os fatores individuais, bem como o ambiente em que a substância é consumida.
Baseado em fake news
Conforme mais países e estados regulamentam o uso medicinal e adulto da cannabis, a conversa sobre a planta se tornou mais aberta do que nunca. No entanto, em meio a essa mudança, a importância da apuração rigorosa de informações se destaca, especialmente quando se trata da narrativa sensacionalista que ainda persiste em alguns círculos.
A máxima “confiar, mas verificar” nunca foi tão necessária, especialmente com a eclosão da internet e das redes sociais, onde a busca por informações tornou-se mais acessível do que nunca. Todavia, ainda assim, a facilidade de disseminação de notícias e dados trouxe consigo um desafio significativo: a crescente disseminação de informações imprecisas ou até mesmo falsas.
Apurar informações sobre a cannabis ajuda a separar os fatos da ficção. Isso não significa ignorar os benefícios terapêuticos reais que a planta oferece, mas sim adotar uma abordagem equilibrada e informada.
Ao fazermos isso, contribuímos para uma discussão mais esclarecedora e garantimos que as decisões sobre o uso da cannabis sejam tomadas com base em dados sólidos, beneficiando pacientes, pesquisadores e a sociedade em geral.
https://cannalize.com.br/as-5-fake-news-mais-contadas-sobre-a-cannabis/ ExpoCannabis chega ao Brasil em setembro
Depois de 10 anos de sucesso no Uruguai, o primeiro país do mundo a legalizar o consumo de cannabis, uma das maiores feiras da cultura canábica chega ao Brasil.

A ExpoCannabis é uma das maiores feiras de cultura canábica do mundo. Com uma forte veia ativista e antiproibicionista, o evento une marcas, experiências, palestras e aprendizados relacionados à cultura e à indústria da cannabis, normalizando a planta e suas finalidades.
Estreando em terras brasileiras, a Expocannabis acontece nos dias 15, 16 e 17 de setembro, na São Paulo Expo, no bairro do Jabaquara, em São Paulo, e promete ser um “hub de conhecimento”, através de conferências e oficinas que permitem o compartilhamento de experiências de empresários, médicos, pesquisadores, juristas, políticos e outros profissionais.
A feira chega com produção assinada pela CannExp, uma joint venture formada por empresas tradicionais no segmento, como Smoke Buddies, aLeda, Open Green, Bamo!, King Paper e King Blunt, além de contar com o know how internacional da ExpoCannabis Uruguai.
A escolha por São Paulo para sediar o evento tem justificativa estatística. Segundo dados da Anvisa levantados pelos organizadores, o estado paulista concentra o maior número de prescrições de produtos derivados da cannabis (41%).
Você ainda pode comprar ingressos por aqui.
Tradição na cultura canábica
Com dez anos de tradição, a marca já tem história, sendo inaugurada em 2013, um ano após a legalização da cannabis no Uruguai. De lá pra cá, a cultura se fortalece cada vez mais, e muito por conta de sua atividade.
Ano passado, em entrevista à Cannalize, a idealizadora da feira no Uruguai, Mercedes Pónce de Leon, já acreditava nos rumos brasileiros no mercado canábico.
“O Brasil já é um dos maiores comerciantes de cannabis da América Latina, e vislumbrando um futuro legalizado o Brasil pode ser uma potência, porque é um país rico em tudo, em terra, em população, em recursos e em oportunidades”, disse ela.
Arena do Conhecimento
Dividindo a programação com shows e o fórum internacional, a feira apresenta a Arena do Conhecimento, patrocinada pela vertical de educação Dr. Cannabis. Trata-se de uma série de palestras e rodas de conversa sobre os mais variados assuntos ligados à cultura canábica, como: Direito, Gastronomia, Política, Ciência, Negócios e mais. Você pode conferir a programação da Arena do Conhecimento todos os dias por aqui.
https://cannalize.com.br/com-shows-palestras-e-arena-do-conhecimento-expocannabis-chega-ao-brasil-em-setembro/