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‘Negócios no mercado da cannabis’ é um dos temas do CBCM

O empreendedor e investidor Alex Lucena, pioneiro no setor, é um dos palestrantes confirmados no primeiro dia do congresso

‘Negócios no mercado da cannabis’ é um dos temas da CBCM.
Foto: Congresso Brasileiro da Cannabis Medicinal

A edição de 2024 do Congresso Brasileiro da Cannabis Medicinal (CBCM) começará nesta quinta-feira (23) e deverá contar com a participação de profissionais que desejam conhecer mais sobre este mercado. Inclusive, o módulo de negócios está na agenda do primeiro dia.

Um dos entusiastas do assunto é Alex Lucena, empreendedor e investidor pioneiro no mercado brasileiro da cannabis. Ele será um dos palestrantes do painel “Desbravando Oportunidades e Navegando pelos Impactos do Mercado da Cannabis”

Lucena acompanha o desenvolvimento do setor há cerca de oito anos, época em que se tornou sócio da plataforma de inovação The Green Hub, que apoia projetos de cannabis medicinal. 

“Quando decidi entrar neste mercado, nós contávamos nos dedos a quantidade de startups de cannabis. Em quatro anos [de The Green Hub] eu consegui mapear mais de 270 empresas, considerando apenas as do setor de educação, comunicação e serviços”, explica.

Alex Lucena.
Foto: Reprodução

Em suas palestras, além de compartilhar suas percepções sobre um mercado em ascensão, ele falará sobre empresas que estão atingindo clientes de todo o país, como o grupo Cannect.

“Neste ecossistema também entra a influência da Dr. Cannabis, empresa pioneira no mercado da cannabis, que ao meu ver atua no setor mais nobre e necessário da indústria: a educação. Hoje eu trabalho mais perto da empresa e isso me enche de orgulho”, afirma o investidor.

Clique aqui para saber mais sobre o CBCM. 

Quais são as projeções para o futuro?

Segundo o último anuário da Kaya Mind, empresa especializada em dados sobre cannabis medicinal, o mercado brasileiro fechou 2023 com um rendimento superior a R$700 milhões. O valor foi 92% maior que o do ano anterior (R$364 milhões). 

A expectativa é que neste ano o faturamento ultrapasse o primeiro bilhão.

A evolução deste setor foi reconhecida pelo CEO e cofundador da Cannect, Allan Paiotti, em entrevista à Cannalize.

“Nos próximos anos, veremos uma aceleração muito veloz. Quanto mais educarmos os profissionais de saúde e falarmos com o público, mais estruturada será essa terapia no Brasil”, opinou Paiotti.

Um levantamento feito pela healthtech com dados do SUS (Sistema Único de Saúde) indica que cerca de 130 milhões de brasileiros poderiam se beneficiar dos produtos à base de cannabis para tratar alguma patologia. 

Leia mais: Começa a distribuição de cannabis no SUS em SP

O que é preciso para empreender neste mercado?

Tanto o setor da cannabis medicinal quanto dos serviços relacionados ainda estão em amadurecimento. Para Danilo Lang, fundador da plataforma Cannabis Empregos, o mais importante para quem quer empreender na área é ter foco e saber onde chegar.

“É um mercado desafiador e que exige resiliência de quem atua nele. Uma ferramenta que te ajudará é o planejamento de negócio. Planejar sem executar não vale, e executar sem planejar custa caro”, esclarece Lang. 

Leia mais: Mercado britânico de cannabis cresce graças ao setor privado

O empresário ressalta que para um crescimento sólido, são necessários os mesmos profissionais especializados de outras áreas de atuação. Também é recomendável se atentar à experiência do cliente e às novas tecnologias (como a Inteligência Artificial).

“As profissões que mais acredito para o futuro do mercado são: representante comercial, propagandista farmacêutico, profissionais da Saúde e de Marketing, além de especialistas em vendas, logística e gestão de projetos”, opina. 

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Legislação brasileira

No Brasil, a cannabis é aprovada apenas para fins medicinais e só pode ser comprada com receita. Atualmente, ela pode ser adquirida através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes.

Caso precise de ajuda, a Cannect possui um canal atendimento que poderá esclarecer todas as suas dúvidas e auxiliar na busca por um especialista em cannabis medicinal

https://cannalize.com.br/negocios-mercado-da-cannabis-cbcm/ ExpoCannabis: Palestrantes pedem mais representatividade no mercado da cannabis

Durante a primeira edição do evento, um dos assuntos abordados foi a representatividade e a inclusão no mercado de trabalho canábico

No último final de semana, aconteceu a primeira edição da ExpoCannabis Brasil em São Paulo. Além de exposições, atrações e shows, também teve dois espaços com palestras simultâneas o dia todo.  

Uma delas foi sobre diversidade e inclusão no mercado da cannabis. Com a mediação da educadora Luna Vargas, o painel recebeu o influenciador Marcio Makana, além das consultoras Lívia Oliveira e Vera Missen.

Todos tiveram um espaço para compartilhar suas experiências com a cannabis e a influência no mercado de trabalho, além de destacar a importância de ter um olhar para inclusão no mercado canábico.

A consultora Vera Lúcia, por exemplo, contou que a sua vida foi transformada depois que entrou nos negócios de cannabis. Sem trabalhar por anos para cuidar dos filhos, ela viu a sua vida mudar radicalmente quando foi para a ExpoCannabis do Uruguai e se apaixonou pelo assunto.

Preconceito

É claro que a pauta do preconceito também não ficou de fora. Lívia Oliveira, mais conhecida como Transcanábica, contou como sofreu preconceito do próprio meio em que foi acolhida. 

Depois de se assumir trans na adolescência, ela contou que foi expulsa de uma Ong Lgbtqia+ após expor o uso da maconha nas redes sociais. Também perdeu seguidores e até amigos por causa da erva.

Vera Lúcia complementa que o preconceito começa quando as pessoas não entendem o porquê as pessoas fumam. “Será que ela tem insônia? Será que ela só quer aliviar o estresse?”, questionou.

A importância da inclusão nas empresas de cannabis

Na palestra, Livia Oliveira contou que fez um levantamento de 40 empresas que atuam no mercado de cannabis no Brasil, e descobriu que apenas 2% delas empregam pessoas trans. “É necessário reparar isso agora, aproveitar que as empresas ainda estão começando”, acrescenta.

Makana ainda lembrou que o start inicial da legalização nos Estados Unidos aconteceu por causa das minorias. “Foi autorizado pela primeira vez na Califórnia para tratar pessoas com HIV lá na década de 1990”, disse.

Por isso, segundo ele, é necessário incluir a diversidade neste mercado.

Os convidados também defenderam  mais cotas e mais diversidade das empresas focadas nesse nicho. 

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https://cannalize.com.br/expocannabis-palestrantes-pedem-mais-representatividade-no-mercado-da-cannabis/