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Janeiro Branco: como a cannabis e o exercício físico podem ajudar a cuidar da mente janeiro-branco-como-a-cannabis-e-o-exercicio-fisico-podem-ajudar-a-cuidar-da-mente

Janeiro branco é o mês de conscientização da saúde mental e emocional. Um tema muito importante e que cada vez mais tem sido colocado em pauta. Mas afinal, o que é saúde mental?

Por muitos anos, acreditou-se que saúde mental era a simples ausência de transtornos mentais. Porém, hoje em dia, já se sabe que saúde mental é bem mais do que isso e pode ser considerada como um estado de bem-estar vivido pelo indivíduo. 

Esse estado de bem-estar possibilita o desenvolvimento de suas habilidades pessoais para responder aos desafios da vida e contribuir com a vivência em comunidade.

Crescimento de transtornos mentais

Muitos fatores afetam a saúde mental e emocional de um indivíduo, desde questões intrínsecas à ele, relacionadas à genética e aspectos biológicos, como também todas as suas relações interpessoais, a política e as condições socioeconômicas em que ele está inserido.

Falar de saúde mental atualmente é muito importante, tendo em vista que mundialmente temos vivido uma epidemia de transtornos mentais. Principalmente no contexto pós-covid. 

E se pensarmos a nível de Brasil, isso é ainda pior. O país tem o terceiro pior índice de saúde mental no mundo, com o maior número de pessoas ansiosas do planeta e também é líder de pessoas com depressão na América Latina.

É necessário refletirmos sobre esse tema, já que gera muitos impactos preocupantes na sociedade, como o aumento no consumo de antidepressivos e estabilizadores do humor.

E o que podemos fazer para contribuir na construção de uma a cultura de saúde mental e emocional forte e disseminada?

É aí que entra a cannabis e o exercício físico!

Como a saúde mental é determinada por uma interação complexa de tensões e vulnerabilidades individuais, sociais e estruturais, o autocuidado pode desempenhar um papel fundamental na manutenção da saúde mental e ajudar a apoiar o tratamento e a recuperação de condições mentais.

O exercício físico regular entra nesse sentido de autocuidado e hoje em dia tem sido considerado uma das principais abordagens para tratar questões de saúde mental como ansiedade e depressão.

A prática de exercícios físicos afeta o estado de humor do indivíduo, porque libera substâncias, como os endocanabinoides anandamida e 2-AG, capazes de melhorar a sensação de bem-estar, reduzir a ansiedade e elevar a autoestima, a curto e longo prazo.

Além disso, a interação social que ocorre durante a prática de algumas atividades também pode ser um fator importante para a regulação do humor.

Ação da cannabis

A cannabis, por outro lado, pode ser entendida, cada vez mais, como uma janela promissora para o futuro do tratamento de transtornos mentais e da regulação emocional. Isso se deve pelas ações dos fitocanabinoides – as substâncias presentes na planta – no nosso corpo!

Os mais de 147 fitocanabinoides conhecidos da planta, como o CBD (canabidiol), o CBG (canabigerol), o CBN (canabinol) e o THC (tetrahidrocanabinol) são capazes de induzir efeitos ansiolíticos, antidepressivos, antipsicóticos, pró-cognitivos e de melhora da qualidade do sono ao interagirem com o nosso sistema endocanabinoide (SEC) – o grande responsável por controlar nossas funções fisiológicas e psicológicas, regulando e equilibrando o organismo humano.

E o por que a cannabis é tão promissora quando se fala em saúde mental?

Em primeiro lugar, muitas condições de saúde mental podem ser tratadas com os produtos à base de cannabis, como estresse, ansiedade, depressão, burnout, TEPT (transtorno do estresse pós- traumático), TDAH (transtorno do déficit de atenção e hiperatividade), transtorno afetivo bipolar e esquizofrenia.

Além disso, se formos comparar com o uso de medicamentos alopáticos tradicionais, como antidepressivos e ansiolíticos, a cannabis, no geral, apresenta um baixo perfil de efeitos colaterais e interações medicamentosas raras.

E proporciona, associada à melhoria direta nos problemas mentais, outros benefícios, como aumento na qualidade de vida do paciente e dos parentes e amigos próximos, otimização da autonomia para realização das atividades diárias, melhora da qualidade no sono e combate a problemas de insônia e diminuição de custos com outros remédios que seriam necessários para combater os efeitos colaterais associados.

Lembrete para o ano  todo

O cuidado com a saúde mental e emocional deve ser pautada não só para o mês de janeiro, como para todo o ano. Afinal, quem cuida da mente, cuida da vida!

A vida pede equilíbrio e aliar hábitos de autocuidado regulares, como exercícios físicos, alimentação balanceada, práticas de relaxamento – como meditação e mindfulness -, acompanhamento psicológico são essenciais para cultivar uma mente saudável e uma vida com mais qualidade e longevidade. 

E lembre-se de pedir ajuda profissional sempre que possível, principalmente se o sofrimento psíquico for duradouro ou angustiante. E quem sabe a cannabis não é uma alternativa capaz de te ajudar!

Sobre as nossas colunas

As colunas publicadas na Cannalize não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem o propósito de estimular o debate sobre cannabis no Brasil e no mundo e de refletir sobre diversos pontos de vista sobre o tema.​

https://cannalize.com.br/janeiro-branco-exercicio-cannabis/ Blue Monday: Como a cannabis desbanca a tristeza pós festas kurt-vonnegut

“Blue Monday” é mais que um dos maiores sucessos da Dance Music, mas também é menos do que uma depressão patológica. Saiba como a cannabis pode ajudar a encará-la

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Ilustração de Kurt Vonnegut que deu origem ao nome “Blue Monday” – primeiro da música, depois da campanha publicitária. Imagem: Reprodução

Chega um dia em que a gente percebe que não está tudo bem. Um dia em que nos damos conta de que os planos otimistas que fizemos parecem inacessíveis, que as dívidas que contraímos são altas demais, que os boletos não param de chegar e que temos um ano inteiro de trabalho cansativo pela frente…

Para um psicólogo inglês chamado Cliff Arnall, esse dia é 15 de janeiro, considerado “o mais triste do ano”. O nome “Blue Monday” foi dado por ele em 2004, com base nos fatores comuns citados acima.

A alcunha também coincide com o nome de uma das músicas mais populares da Dance Music da década de 1980. O lançamento de 1983 da banda New Order, vendeu mais de 13 milhões de cópias desde que chegou às prateleiras.

Mas isso é verdade mesmo? Hoje é o dia mais triste do ano?

Mais ou menos. A história deste nome tem mais a ver com uma campanha publicitária do que com evidências científicas. 

Segundo uma entrevista de 2010, o nome surgiu depois que o psicólogo Cliff Arnall foi desafiado por uma agência de viagens a encontrar o melhor dia para as pessoas marcarem as férias de verão. 

“Refletindo sobre o que milhares de pessoas me disseram durante os workshops de gestão stress e de felicidade, havia fatores que apontavam para a terceira segunda-feira de janeiro como sendo particularmente depressiva”, disse o profissional ao The Daily Telegraph.

Ainda baseado em seu empirismo, o psicólogo ainda teria “calculado” o dia “mais feliz” do ano: a terceira sexta-feira de junho – também a serviço da publicidade.

Cuidado com a banalização da depressão

O problema de definições como esta é a banalização da depressão, um sintoma patológico que precisa de tratamento acompanhado de um profissional legalmente habilitado.

O próprio psicólogo galês Cliff Arnall admite que a ideia de “um dia deprimente” não é “particularmente útil”. “Estou incentivando as pessoas a refutar toda esta noção e a usar o dia como um trampolim para o coisas que realmente importam em sua vida”, defende.

Leia também: Depressão: O que é, Causas, Sintomas e Tratamentos

Condições depressivas podem ser tratadas com cannabis 

Situações difíceis como traumas, perder um emprego, ser vítima de uma agressão física ou de um grande desastre podem levar à depressão, mas isso não significa que todo sentimento de tristeza e luto está relacionado à depressão.

Essa doença está entre as mais tratáveis dos transtornos mentais. Cerca de 80% e 90% das pessoas com depressão acabam reagindo de forma positiva ao tratamento. Quase todos os pacientes também conseguem obter algum alívio em seus sintomas.

Antes de qualquer diagnóstico ou tratamento, é necessário que um psicólogo ou médico psiquiatra realize uma avaliação diagnóstica completa, incluindo uma entrevista e, possivelmente, um exame físico.

Entre os inúmeros fatores que podem levar a depressão, o mais comum é o bioquímico, ou seja, as diferenças entre certas substâncias químicas presentes no cérebro. É através desta perspectiva que é feito o tratamento com medicamentos e/ou canabinoides.

Leia também: Cannabis para depressão? Funciona?

Em casos de depressão, há uma baixa de substâncias como a serotonina ou a dopamina, que além neurotransmissores, também são considerados canabinóides, pois se ligam com o Sistema Endocanabinoide.

Desta forma, a reposição de canabinóides podem elevar os níveis destas substâncias químicas, como explica o farmacêutico Dr. Francisney Nascimento.

“Sabemos que o CBD (Canabidiol) atua positivamente sobre o sistema serotoninérgico ou potencializa de alguma forma a serotonina. Desta forma, o CBD faria algo parecido com o que os antidepressivos fazem.”

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https://cannalize.com.br/blue-monday-tristeza-cannabis/ Janeiro Branco: Ministério da Saúde considera Burnout como doença do trabalho 68443961

A Síndrome de Burnout tem diversos sintomas relacionáveis a tratamentos com cannabis. Mas será que a plantinha pode ajudar?

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O Ministério da Saúde atualizou a relação de doenças relacionadas ao trabalho. A lista não era atualizada há 24 anos, e agora inclui 165 novos diagnósticos que podem ser constatados em decorrência de problemas na rotina de trabalho.

A nova lista atende toda a população trabalhadora, independentemente de ser urbana ou rural, ou da forma de inserção no mercado de trabalho, seja formal ou informal. 

Entre os CIDs (Código Internacional de Doenças) listados, constam algumas doenças com infecção causada por exposição através do convívio diário, como a Covid-19 e também relacionadas à saúde mental, como a Síndrome de Burnout. 

Inclusive, o documento ainda cita os fatores que podem estar relacionados a estes diagnósticos. No caso do Burnout, a doença pode ser causada por situações estressantes de diversos níveis, como “gestão organizacional”, “assédio moral”, “jornada de trabalho”, “discriminação”, “risco de morte” ou “trauma no trabalho”.

Segundo o Ministério da Saúde, “as mudanças na lista vão contribuir para a estruturação de medidas de assistência e vigilância que possibilitem locais de trabalhos mais seguros e saudáveis.”

Mas o que é Burnout?

A Síndrome de Burnout, também chamada de Esgotamento, é uma condição psicológica causada pelo sentimento de exaustão total e falta de energia em relação ao trabalho.

Os sintomas físicos mais comuns, segundo o Ministério da Saúde, são:

  • Cansaço excessivo, físico e mental;
  • Dor de cabeça frequente;
  • Alterações no apetite;
  • Insônia;
  • Fadiga.
  • Pressão alta.
  • Dores musculares.
  • Problemas gastrointestinais.
  • Alteração nos batimentos cardíacos.

Por surgirem de forma leve, é comum pensar que pode ser passageiro. No entanto, o Ministério da Saúde adverte que para evitar problemas mais sérios e complicações, é fundamental buscar apoio de um psiquiatra ou psicólogo, profissionais responsáveis pelo diagnóstico da doença.

Tratamento de Burnout com Cannabis

O tratamento da Síndrome de Burnout é feito basicamente com psicoterapia, mas também pode envolver medicamentos antidepressivos e/ou ansiolíticos. A depender do caso, estes medicamentos podem ser substituídos por produtos de cannabis, de acordo com uma orientação médica.

Inclusive, segundo um estudo conduzido pela USP (Universidade de São Paulo) de Ribeirão Preto/SP, a cannabis foi efetiva no tratamento da Síndrome

Os testes foram feitos em profissionais do Hospital das Clínicas da USP que estavam na linha de frente do combate à COVID-19 e foram publicados no periódico científico Jama (Journal of the American Medical Association).

Segundo os pesquisadores a melhora foi de 25% na redução dos sintomas de depressão e ansiedade. A análise foi feita tanto por meio de uma autoavaliação dos sintomas, quanto de uma avaliação por uma equipe fora do estudo que não conheciam os participantes.

Contudo, ainda é necessário pesquisas mais aprofundadas para atestar a eficácia da cannabis para o tratamento de Burnout.

https://cannalize.com.br/burnout-doenca-do-trabalho-cannabis/ Janeiro Branco: Como a cannabis combina com sua saúde mental mental-health-concept

Se em suas resoluções de ano novo estão metas como “menos preocupações” ou “equilíbrio mental”, a cannabis pode ser sua nova grande amiga.

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Ao primeiro sinal de fim de festa, o desbunde do recesso de Natal e Réveillon dá lugar aos primeiros problemas do ano. Preocupações como despesas, retorno ao trabalho e novos planejamentos começam a tomar espaço em nossa mente, no lugar do ócio e o lazer.

Para lidar com estas tarefas, muitas vezes estressantes, nossa saúde mental precisa estar em dia. Saúde mental é o nome convencional para o equilíbrio emocional, psicológico e social de um indivíduo, que afeta a forma com que ele pensa, sente e age. 

Eventos traumáticos, sobrecarga de trabalho e ansiedade são fatores que podem afetar negativamente a saúde mental de uma pessoa. É deste cuidado que a campanha Janeiro Branco foi criada, em 2014, para estimular o debate sobre a importância deste assunto nas relações interpessoais.

“Nobody move, nobody get hurt”

“Ninguém se move, ninguém se machuca” é o que diz a sugestiva canção do Yellowman, um DJ jamaicano de Reggae e Dancehall dos anos 80. Seguir este conselho parece ser uma boa saída para manter a calma e diminuir o estresse.

Neste caminho, uma pesquisa publicada em julho do ano passado sugeriu que a legalização do uso adulto da cannabis nos Estados Unidos “levou a uma redução de aproximadamente 37% no total de admissões para tratamento de saúde mental”.

Os pesquisadores da Universidade de Indiana concluíram que “uma vez que um estado tenha acesso legal à maconha recreativa, há uma redução clara, imediata e estatisticamente significativa no total de admissões.”

Uso adulto não é a única saída

Mas engana-se quem pensa que para relaxar com cannabis, a única saída é fumar maconha.

Estudos indicam que produtos derivados de cannabis medicinal, como o óleo ou as gummies podem oferecer benefícios tanto contra sintomas do desequilíbrio da saúde mental – tais como ansiedade, depressão e burnout – quanto contra distúrbios psiquiátricos mais graves. 

Em entrevista à Cannalize, a psiquiatra Cíntia Braga acredita na versatilidade da cannabis como trunfo no trabalho de reabilitação das condições de saúde mental de pessoas vulneráveis. 

“Não sabemos a causa da maioria dos problemas de saúde mental, mas sabemos os efeitos. E o Sistema Endocanabinoide parece estar na gênese destes problemas. Hoje sabemos que a maconha tem substâncias ansiolíticas, de ação antidepressiva e inclusive antipsicótica, que melhora a dor e diminui o uso de muitas medicações”, diz a médica.

Leia também: Reforma psiquiátrica: Como a cannabis pode ser mais um tijolinho na construção da saúde mental?

No entanto, a solução não está apenas na cannabis, mas em uma série de mudanças de hábitos, como a melhora da alimentação, mais exercícios físicos e regulação do sono. Curiosamente, estas mudanças são as mais comuns entre as famosas resoluções de ano novo. Então, que tal prestar mais atenção nestes sinais?

Quer tirar suas dúvidas sobre como a cannabis pode contribuir para a sua saúde? Entre em contato com a Triagem Cannect!

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