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Mesmo antes de descobrir a esclerose múltipla, Gabriella sempre usou a cannabis. O uso passou a ser mais significante quando ela passou a ver como um tratamento
Hoje, Gabriella Zara, de 34 anos, está com parte do rosto paralizado, mas isso não a impede de falar. Inclusive, mal vê a hora da perícia do INSS para voltar a dar aulas em uma escola em São Paulo, cidade onde mora.
Há quatro anos a professora descobriu que tinha esclerose múltipla, condição autoimune que afeta o sistema nervoso. Mas parece que ela não se preocupa muito, pois tem uma arma-chave, que segundo Gabriella, faz toda a diferença: a cannabis.
“Você não tem ideia de como ajuda, parece que segura as crises”, ressalta.
Descobrindo a esclerose múltipla
Mãe de dois filhos, Gabriella Zara conta que a doença se manifestou pela primeira vez em 2017. Começou com um formigamento no pé que subiu para a perna e de repente, se viu muito doente.
Mas o diagnóstico não foi fácil. Os médicos diziam que era síndrome do pânico ou qualquer outro problema psicológico, mas não cogitavam uma doença autoimune. A professora precisou brigar até conseguir uma ressonância magnética para evidenciar o que ela já pensava.
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Isso porque a doença é considerada rara. Segundo o Ministério da Saúde, a condição afeta nove pessoas a cada 100 mil habitantes, por isso, os profissionais da saúde vão pensar em vários outros problemas até chegar na doença.
Mas Gabriella era estudiosa, sabia dos seus sintomas. Embora a condição seja mais conhecida por causar espasmos, também causa uma série de outros sinais, como tremores, formigamento, perda do equilíbrio, paralisia, tontura e até problemas para controlar a bexiga.
Uma doença sem cura
A doença afeta o sistema imunológico do corpo, atacando por engano os tecidos no sistema nervoso central, principalmente o cérebro e a medula espinhal. O próprio organismo ataca a mielina, uma substância gordurosa que forma uma capa protetora e isolante sobre as fibras nervosas.
Além disso, o dano pode se espalhar da mielina para as fibras nervosas. O prejuízo interrompe ou distorce o impulso dos nervos no sistema nervoso. Através disso, pode ocorrer uma variedade de sintomas, como os descritos acima.
Infelizmente a esclerose múltipla não tem cura e pode ser progressiva, fazendo com que o paciente vá perdendo o controle das próprias funções aos poucos. Na professora, está em um estágio remitente recorrente, ou seja, a doença vai e volta. Os sintomas aparecem, mas logo passam.
Tratando a esclerose com cannabis
A professora faz uso da maconha desde os 14 anos, quando conheceu o seu primeiro namorado, pai do seu primeiro filho. Desde então, não parou de fumar.
Contudo, segundo Gabriella, a primeira vez que ela ficou muito mal foi quando parou de usar a maconha. Durante os quatro meses que interrompeu o uso da planta, os sintomas afloraram de forma rápida. De repente, a professora já não conseguia segurar o xixi e o cocô.
Por isso, resolveu importar o óleo feito de cannabis. “Quando eu pinguei o óleo na minha boca, eu senti um chã na cabeça. A minha recuperação foi muito rápida”, acrescenta. “A planta me dá a sustentação de um corticoide, e o corticoide é uma bomba”.
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Neste último surto, em que o seu rosto ficou parcialmente paralisado, a professora conta que não sentiu praticamente nada. “Essa crise foi mais branda, eu não senti tontura, não senti formigar nada. Pegou o rosto, mas eu estava em um momento muito feliz, eu estava nas alturas”, complementa.
Atualmente, Gabriella espera a chegada de mais um frasco de óleo feito da planta. Enquanto isso, vaporiza flores cultivadas por amigos.
A cannabis realmente ajuda a tratar a doença?
A cannabis já é usada para tratar esclerose múltipla. Tanto que no Brasil, já há até um remédio nas farmácias feito com o THC (tetrahidrocanabinol). O composto é responsável pelo famoso “barato” da maconha.
Isso porque a planta pode aliviar muito muitos sintomas relacionados à esclerose múltipla. Os efeitos antiinflamatórios dos chamados canabinoides, como o CBD (canabidiol) e do THC, estão relacionados às suas habilidade de ser um supressor imunológico.
Para entender melhor, é necessário saber que o corpo possui o Sistema Endocanabinoide. Presente em quase todo o organismo, ele é responsável pela homeostase, ou seja, o equilíbrio das funções do corpo.
Através de canabinoides, produzidos pelo próprio corpo, eles sinalizam aos receptores que algo está errado e precisa ser corrigido. A grande vantagem da cannabis é que a planta também possui essas substâncias, que funcionam de forma semelhante.
Essa característica se dá quando o receptor canabinoide é ativado, gerando um efeito estabilizador sobre os canais de voltagem que influenciam a resposta inflamatória. No caso de transtorno autoimune, isso pode ser benéfico na diminuição do avanço da doença.
Consulte um médico
No Brasil, a cannabis é aprovada apenas para fins medicinais e só pode ser comprada com receita. Atualmente, ela pode ser adquirida através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes.
Caso precise de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas, além de auxiliar desde a achar um prescritor até o processo de importação do produto através da nossa parceira Cannect. Clique aqui.
https://cannalize.com.br/professora-cannabis-esclerose-multipla-crises/ Agosto Laranja: O papel da cannabis na Esclerose MúltiplaNo dia da Conscientização da Esclerose Múltipla, saiba como a cannabis medicinal pode ajudar no tratamento da doença
Para quem não sabe, estamos no Agosto Laranja, dedicado à conscientização da Esclerose Múltipla, doença que afeta aproximadamente 2,8 milhões de pessoas em todo o mundo. 40 mil deles são brasileiros.
Trata-se de uma doença auto-imune, em que o próprio sistema imunológico ataca por engano os tecidos do sistema nervoso central. Principalmente a medula espinhal e o cérebro.
Dano que ainda pode se espalhar para as fibras nervosas, interrompendo ou distorcendo o impulso dos nervos do sistema nervoso central.
A doença ainda carrega outros sintomas, como formigamento, dor, dormência, tremores, perda de equilíbrio, fraqueza, falta de coordenação, espasmos, dor facial, fala arrastada e por aí vai.
Mudança de vida
A campanha do Agosto Laranja, começou lá em 2014. A ideia era alertar a população sobre o diagnóstico da doença, que é degenerativa e sem cura.
Felizmente, alguns tratamentos novos, como a cannabis medicinal, têm ajudado a retardar a progressão da doença e amenizar os sintomas. Isso porque a terapia canabinoide atua de maneiras diferentes dos remédios convencionais.
Foi o que deu qualidade de vida para Gilberto Castro, por exemplo. O aposentado descobriu aos 46 anos que tinha a doença e começou uma corrida contra o tempo para conter os efeitos progressivos da doença. Principalmente quando os remédios não estavam mais ajudando.
Com o uso da cannabis, as dores e os sintomas amenizaram e a progressão da doença estagnou por um tempo.
Leia mais sobre a história de Gilberto Castro
Como a cannabis funciona
Ao invés de neutralizar os sintomas, a cannabis atua na regulação da homeostase, ou seja, no equilíbrio das funções do corpo através do Sistema Endocanabinoide. Sistema esse que está em várias áreas do corpo, incluindo o cérebro, o sistema nervoso e imune.
O Sistema Endocanabinoide funciona através da sinalização de receptores chamados de CB1 E CB2, que são geralmente ativados por canabinoides naturalmente criados pelo corpo.
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A grande diferença da cannabis, é que ela também possui canabinoides, que podem imitar os nossos. O CBD (canabidiol), por exemplo, é um deles.
Com isso, a cannabis pode ser de grande ajuda para tratar várias áreas do organismo que precisariam de uma série de remédios, como:
- Efeito antiinflamatório;
- Alívio na dor;
- Anti-espasmos;
- Antidepressivo;
- Alivia dores abdominais;
- Ajuda a dormir.
Atualmente há até um remédio nas farmácias brasileiras feito com a cannabis para tratar a Esclerose Múltipla.
O chamado Sativex ou Mevatyl, foi aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e está nas farmácias desde 2017. Ele é feito especificamente com o THC (tetrahidrocanabinol), substância que gera o famoso “barato” da maconha.
Há também uma variedade de remédios mais em conta disponíveis para a importação que são tão bons quanto.
Consulte um médico
No Brasil, a cannabis é aprovada apenas para fins medicinais e só pode ser comprada com receita. Atualmente, ela pode ser adquirida através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes.
Caso precise de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas, além de auxiliar desde a achar um prescritor até o processo de importação do produto através da nossa parceira Cannect. Clique aqui.
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