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Segundo livro de David Paleschuck discute a linguagem por trás dos termos. Foto: Reprodução / LinkedIn
O preconceito é a principal causa da desinformação, e quando se trata de cannabis, as discussões estão sempre cercadas de argumentos furados.
Quem faz parte do setor medicinal, que cresce no Brasil a cada ano, geralmente não quer ser associado ao uso recreativo, e então evita usar o termo maconha.
Já quem tem uma postura mais ativista, acredita que chamar a maconha por “cannabis” esvazia o discurso antiproibicionista e, por isso, prefere chamar de maconha mesmo.
Existe ainda quem acha que é tudo a mesma coisa e critica a cannabis e a maconha da mesma forma, com ignorância e preconceito. Curiosamente, é para quebrar o preconceito de todas estas pessoas que a Cannect promove a Trilha da Cannabis.
A campanha lista as principais dúvidas de quem está se deparando com a terapia canabinoide pela primeira vez, como a diferença entre os termos, a situação legal da cannabis no Brasil, o funcionamento dos tratamentos e muito mais. Clique aqui para acessar.
Livro discute a diferença entre cannabis e maconha
Não há diferença aparente entre cannabis e maconha. Ambos os termos se referem à mesma planta. A palavra “maconha” é, inclusive, um anagrama que deriva da palavra “cânhamo”, que é mais um nome para o mesmo vegetal.
As sutis diferenças estão na semântica, ou seja, no significado da palavra.
“É seguro dizer que maconha é um termo racista – pelo menos nos EUA. Já a cannabis é um termo científico/botânico que se relaciona especificamente com o gênero vegetal”, diz David Paleschuck, autor do livro “Cannabis vs. Marijuana: Language, Landscape And Context” (Cannabis vs Maconha: Linguagem, Cenário e Contexto, em tradução livre).
Segundo o autor, o livro pretende “explorar a linguagem através dos fatores culturais, históricos e sociais, destacando o impacto da linguagem na nossa compreensão da planta.”
Este é o segundo livro em que David Paleschuck disseca a linguagem da cannabis. O escritor é especialista em construção de marcas e marketing de consumo e já trabalhou em empresas como Microsoft, Mastercard, Pepsi e American Express.
Seu grupo de consultoria aproveita décadas de experiência e conhecimento em conteúdo, design, marketing e licenciamento de marcas para alavancar novas marcas da indústria da cannabis norte-americana.
https://cannalize.com.br/cannabis-ou-maconha-livro/ ExpoCannabis chega ao Brasil em setembroDepois de 10 anos de sucesso no Uruguai, o primeiro país do mundo a legalizar o consumo de cannabis, uma das maiores feiras da cultura canábica chega ao Brasil.
A ExpoCannabis é uma das maiores feiras de cultura canábica do mundo. Com uma forte veia ativista e antiproibicionista, o evento une marcas, experiências, palestras e aprendizados relacionados à cultura e à indústria da cannabis, normalizando a planta e suas finalidades.
Estreando em terras brasileiras, a Expocannabis acontece nos dias 15, 16 e 17 de setembro, na São Paulo Expo, no bairro do Jabaquara, em São Paulo, e promete ser um “hub de conhecimento”, através de conferências e oficinas que permitem o compartilhamento de experiências de empresários, médicos, pesquisadores, juristas, políticos e outros profissionais.
A feira chega com produção assinada pela CannExp, uma joint venture formada por empresas tradicionais no segmento, como Smoke Buddies, aLeda, Open Green, Bamo!, King Paper e King Blunt, além de contar com o know how internacional da ExpoCannabis Uruguai.
A escolha por São Paulo para sediar o evento tem justificativa estatística. Segundo dados da Anvisa levantados pelos organizadores, o estado paulista concentra o maior número de prescrições de produtos derivados da cannabis (41%).
Você ainda pode comprar ingressos por aqui.
Tradição na cultura canábica
Com dez anos de tradição, a marca já tem história, sendo inaugurada em 2013, um ano após a legalização da cannabis no Uruguai. De lá pra cá, a cultura se fortalece cada vez mais, e muito por conta de sua atividade.
Ano passado, em entrevista à Cannalize, a idealizadora da feira no Uruguai, Mercedes Pónce de Leon, já acreditava nos rumos brasileiros no mercado canábico.
“O Brasil já é um dos maiores comerciantes de cannabis da América Latina, e vislumbrando um futuro legalizado o Brasil pode ser uma potência, porque é um país rico em tudo, em terra, em população, em recursos e em oportunidades”, disse ela.
Arena do Conhecimento
Dividindo a programação com shows e o fórum internacional, a feira apresenta a Arena do Conhecimento, patrocinada pela vertical de educação Dr. Cannabis. Trata-se de uma série de palestras e rodas de conversa sobre os mais variados assuntos ligados à cultura canábica, como: Direito, Gastronomia, Política, Ciência, Negócios e mais. Você pode conferir a programação da Arena do Conhecimento todos os dias por aqui.
https://cannalize.com.br/com-shows-palestras-e-arena-do-conhecimento-expocannabis-chega-ao-brasil-em-setembro/