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O CNABIS desse ano, vai ser direcionado para todos os públicos. Os participantes que se inscreverem ainda ganharão um curso sobre Cannabis Medicinal
Nos dias 12 e 13 de novembro acontece a quarta edição do CNABIS, evento totalmente gratuito feito para médicos, dentistas, profissionais da saúde e entusiastas no assunto canábico.
Produzido pela Dr. Cannabis, pioneira no mercado canábico brasileiro, o evento vai contar com 20 profissionais referências no universo da planta para falar sobre a ação da cannabis no organismo, legislação, saúde interativa e aplicações avançadas.
Durante os dois dias, o congresso será dividido em quatro blocos com assuntos diversificados, que serão direcionados tanto para iniciantes quanto para quem já está inserido no mundo dos canabinoides.
100% on-line, o evento vai contar com a participação de grandes nomes, como a Dra. Paula Dall’Stella, o advogado Emílio Figueiredo e o dentista Guilherme Martins. Além do deputado Caio França, que foi responsável pela lei de cannabis em São Paulo.
Quem se inscrever, ainda vai garantir um curso de 60 horas sobre Cannabis Medicinal pela plataforma Dr. Cannabis.
Confira a lista dos participantes e temas abordados aqui!
https://cannalize.com.br/congresso-gratuito-cannabis-online-cnabis/ Como é a composição dos produtos à base de cannabis? A planta possui cerca de 500 substâncias, incluindo canabinoides, terpenos e flavonoides, que podem ser usadas em diversos tratamentosFormulações com derivados da cannabis variam a depender da necessidade de cada paciente. Isso quer dizer que um produto indicado para autismo, por exemplo, não terá necessariamente os mesmos compostos que um usado para dor crônica.
Para um tratamento seguro, é imprescindível que a escolha dessa medicação seja feita por um profissional de saúde. Inclusive, tratar-se com cannabis no Brasil só é possível com prescrição.
Mas antes de chegarmos nessa parte, vamos entender o que tem nos produtos à base de cannabis.
Componentes da cannabis
Uma das características dessa planta é ter pelo menos 500 substâncias já conhecidas pela ciência. É comum dividi-las em três grupos: fitocanabinoides, terpenos e flavonoides.
Os fitocanabinoides foram descobertos na década de 1960 pelo cientista israelense Raphael Mechoulam. São substâncias psicoativas que podem fazer alterações no organismo. Os exemplos mais comuns são o CBD (canabidiol) e o THC (tetrahidrocanabinol), conhecidos como fitocanabinoides maiores.
Leia mais: Qual a diferença entre o CBD e o THC?
Essa interação é possível porque o corpo também produz canabinoides, chamados endocanabinoides. Eles são responsáveis por regular a homeostase, ou seja, o restabelecimento do equilíbrio após situações que causem adversidades, como ferimentos ou doenças.
Terpenos
Já os terpenos são os componentes que criam o sabor e o cheiro característico da cannabis. Eles estão presentes em vários outros tipos de folhas, flores e frutos – e também podem proporcionar experiências medicinais.
Inclusive, os terpenos e a morfina (um tipo de opioide) têm potenciais similares de tratar dores crônicas, de acordo com um estudo publicado no International Association for the Study of Pain.
Flavonoides
Esse grupo de substâncias é responsável sobretudo pela cor das cepas da cannabis, sobretudo das flores, com o objetivo de atrair polinizadores.
Além disso, os flavonóides têm um papel importante no aroma e no sabor da cannabis, pois compartilham funções sinérgicas com os terpenos.
Como as substâncias são usadas nos produtos?
Medicamentos com cannabis podem conter diferentes formulações, com todas as substâncias ou com apenas algumas delas.
No primeiro exemplo, os produtos são chamados de “full spectrum” (espectro completo). Estes contém níveis controlados de todos os canabinoides, incluindo o THC, que é o componente da cannabis associado à alta psicoatividade (uso adulto ou recreativo), e que também pode ser usado para fins medicinais.
O componente tem papel fundamental por promover o efeito entourage (ou comitiva). Entenda mais no vídeo abaixo.
Contudo, as quantidades são muito pequenas nos produtos medicinais, sendo praticamente incapazes de causar alterações na percepção.
Para ter uma ideia, os produtos importados dos Estados Unidos, por exemplo, seguem a legislação da FDA (órgão que cumpre papel semelhante à Anvisa). De acordo com a lei, as formulações devem ter no máximo 0,3% do componente.
No Brasil, os primeiros medicamentos aprovados pela Anvisa acompanham parcialmente essa regra. As opções disponíveis nas farmácias nacionais tem uma variação média de 0,2% a 0,3%.
Além disso, existem versões broad spectrum (espectro amplo) que combinam dois ou mais canabinoides, exceto o THC. Nestes casos, é possível encontrar produtos com CBD e CBG (canabigerol), por exemplo.
Leia mais: CBGA pode ser mais eficaz que o CBD em crises convulsivas, segundo estudo
E também há medicações com canabinoides isolados, que são dedicadas a casos específicos.
Formas farmacêuticas
Ao pensar na cannabis medicinal, é comum pensar no óleo de cannabis, que é extraído da planta in natura.
Além disso, existem várias outras formulações possíveis, como gummies, pomadas, géis, cápsula e lubrificantes. Segundo o último anuário da Kaya Mind, empresa de dados sobre cannabis, já foram encontradas pelo menos 25 formas farmacêuticas no Brasil.
Leia mais: Produtos canábicos mais consumidos no Brasil
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https://cannalize.com.br/composicao-dos-produtos-a-base-de-cannabis/ Evento vai falar sobre o papel dos canabinoides no autismoEmbora muitos pacientes já utilizam a cannabis como tratamento para TEA no Brasil, muitos profissionais ainda têm dúvidas sobre o assunto.
No próximo mês, a cidade de São Paulo será palco de um encontro sobre o uso terapêutico de canabinoides para pessoas com TEA (Transtorno de Espectro Autista).
O evento terá um destaque na participação da médica especialista em canabinologia e coordenadora acadêmica da EndoPure Academy Juliana Bogado e do pesquisador Dr. Alysson Muotri, também professor da plataforma.
O evento com foco em Autismo: Inovação Terapêutica com Canabinoides acontecerá no dia 11 de julho no Hotel Laghetto Stilo São Paulo.
Discussões
O evento é voltado para médicos e profissionais da saúde, oferecendo uma oportunidade única de atualização sobre o tema.
A programação inclui discussões sobre os avanços científicos e as perspectivas do uso de canabinoides no tratamento do autismo e outras condições médicas.
Além de Muotri e Bogado, o evento contará com a presença de outros especialistas renomados, como o pediatra Hugo Werneck, o neurologista Abram Topczewski, o neuropediatra Mauro Lins e a médica especialista em neurologia infantil Fernanda Guedes.
Os ingressos já estão disponíveis em pré-venda exclusiva, com lote limitado. Parte da renda será destinada às vítimas da tragédia do Rio Grande do Sul.
https://cannalize.com.br/evento-canabinoides-autismo-sao-paulo/ Cannabis ajuda na saúde íntima das mulheres?Atualmente, tem crescido o uso de produtos de cannabis para a saúde íntima feminina. Produtos que são indicados até para o tratamento de cólicas e menopausa
Rafaella Rua já tinha lido algumas coisas sobre o uso da cannabis para saúde íntima, mas nunca tinha experimentado de fato. Foi só neste ano que ela teve acesso a um lubrificante feito com a planta.
E a sua reação não poderia ser outra. Primeiro experimentou sozinha, em um ritual de aplicar o produto suavemente num momento só dela, sentindo a textura e o cheirinho agradável que a fez amar a sensação.
Depois, não pensou duas vezes em usar o produto também com o seu parceiro. “Confesso que o aplicador do produto da Sensativa, ajuda a aumentar a expectativa entre a relação do corpo com o óleo e garanto…tanto como lubrificante no ato sexual quanto para massagem relaxante foi incrível!”
Leia também: Lubrificante de cannabis vai além do uso sexual
Mas, será que a cannabis tem o potencial de provocar novas sensações nas mulheres?
A cannabis para saúde íntima
Segundo a médica Juliana Paiva, há várias pesquisas que mostram o grande potencial dos canabinoides para a saúde íntima das mulheres. Trata-se das substâncias presentes na cannabis com potenciais terapêuticos, como o CBD (canabidiol) e o THC (tetrahidrocanabinol).
“Temos estudos atuais que mostram que a cannabis pode auxiliar tanto em quadros patológicos, como nas dores das cólicas, nas alterações de humor do ciclo menstrual e também como tópico, na saúde da região íntima feminina”, acrescenta.
A médica complementa que a cannabis tem sido útil até para pacientes na menopausa, ou que tenham alterações locais, trazendo uma melhora da saúde íntima.
Para ela, a cannabis pode ser uma alternativa para expandir o prazer da relação íntima. “É um resgate que vale muito a pena, uma medicina tradicional que está se provando muito útil para a saúde íntima da mulher de hoje.” Diz.
Os canabinoides e a cannabis
Presente em várias partes do corpo, a parte íntima feminina também possui receptores canabinoides, que podem interagir com os ativos da planta.
Leia também: Sistema endocanabinoide: O que é, para que serve, como funciona e qual a sua relação com a cannabis?
Dessa forma, os lubrificantes de cannabis aumentam o fluxo sanguíneo. Esse efeito de vasodilatação é também a mesma razão pela qual os olhos das pessoas que fumam maconha podem ficar avermelhados, por exemplo.
A ação da cannabis na região íntima não é invasiva e nem desconfortante. Esse aumento da circulação auxilia o relaxamento muscular, funcionando como um lubrificante natural.
Evento
Para saber mais sobre cannabis e saúde íntima feminina, nesta quarta (27) a Cannect vai realizar o evento on-line “Cannabis: A mulher em quatro atos”, que vai abordar o uso da terapia canabinoide em todas as fases da vida da mulher.
100% gratuito, as palestras serão apresentadas por médicas especializadas no tratamento com cannabis e com experiências práticas de pacientes que utilizam os produtos como opção mais natural e efetiva.
Conheça as palestrantes:
Juliana Paiva – Médica e especialista em psicanálise, a dra esteve na primeira turma do curso Cannabis Medicinal do Zero, desenvolvido pela Dr. Cannabis, onde hoje também é uma das professoras.
Jessica Durand – Médica do esporte e pós-graduada em cannabis medicinal, enxerga na prática clínica o potencial dos canabinoides na qualidade de vida e bem-estar dos pacientes, com foco especial em praticantes de atividades físicas.
Gabriela Mânica – Médica geriatra e especialista no tratamento com cannabis, possui experiência no atendimento de idosos, propondo cuidados que trazem qualidade de vida à longo prazo.
https://cannalize.com.br/cannabis-ajuda-na-saude-intima-das-mulheres/ Outras substâncias da cannabis podem intensificar efeitosA revisão científica mostrou que o potencial máximo da cannabis pode estar na ação conjunta de terpenos e flavonoides
Uma nova pesquisa realizada na Austrália e publicada no mês passado reforçou a ideia de que outros compostos da cannabis são tão importantes quanto o CBD (canabidiol) ou o THC (tetrahidrocanabinol) nos tratamentos.
O estudo foi uma revisão da literatura que explorou os benefícios do famoso Efeito Entourage, também conhecido como Efeito Comitiva. Ele defende que a junção dos componentes da planta são mais potentes que usados separadamente.
A pesquisa explorou os efeitos não só dos canabinoides, mas também dos flavonoides e terpenos. “Evidências emergentes sugerem que estes constituintes, particularmente canabinoides e terpenos, desempenham um papel substancial na interação e colaboração”, escreveram.
Os investigadores defendem que, somente examinando as interações será possível “desbloquear todo o potencial terapêutico da planta”. Quando se dá mais atenção às proporções distintas de canabinoides, terpenos e flavonoides em variedades ou produtos específicos, é possível desenvolver intervenções medicinais mais “personalizadas”.
Melhorar e modular o efeito um do outro
Os componentes da cannabis interagem com o Sistema Endocanabinoide, um sistema que funciona em nível molecular ajudando a restaurar a homeostase, ou seja, o equilíbrio de várias funções do corpo.
Assim, podem ser úteis como analgésicos, anti-inflamatórios e possuem capacidades neuroprotetoras. Por outro lado, segundo os pesquisadores, é cada vez mais evidente que os seus efeitos não são atribuídos apenas às suas ações, mas também por outros compostos da planta.
Os terpenos, por exemplo, podem interagir com os receptores de neurotransmissores, enzimas e membranas celulares, diz o estudo. Mas também podem influenciar a farmacodinâmica dos canabinoides, melhorando e modulando os seus efeitos.
O estudo ainda fornece uma imagem complexa das redes de interações químicas que podem influenciar os efeitos da cannabis sobre as pessoas.
“Explorar a biossíntese, as bioatividades e as aplicações biotecnológicas destes compostos é fundamental para aproveitar o seu potencial terapêutico e diversificar as opções de tratamento”, acrescentaram.
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https://cannalize.com.br/terpenos-flavonoides-efeitos-cannabis/ Por que o corpo humano reage tão bem ao tratamento com a cannabis?Os canabinoides da cannabis têm uma ação parecida com os canabinoides do nosso próprio organismo, o que explica a utilização da planta para tantas condições diferentes
A procura por produtos à base de cannabis tem aumentado fortemente ano após ano. A planta, eficaz no tratamento de diversas doenças e tem sido foco de muitas pesquisas – foram 7 mil estudos científicos publicados com o termo “cannabis” nos últimos cinco anos, de acordo com o Anuário da Cannabis Medicinal, divulgado no final do ano pela Kaya Mind.
Mas, afinal, como explicar a ação tão assertiva da cannabis no corpo humano?
Tudo acontece através do SEC (Sistema Endocanabinoide). O sistema que sempre esteve presente no corpo humano, porém, só foi descoberto em 1964 pelo pesquisador Raphael Mechoulam, que mais tarde ficou conhecido como “pai da cannabis medicinal”.
Em geral, as pessoas estão mais familiarizadas com outros sistemas da fisiologia humana, como cardíaco e respiratório, por exemplo.
O SEC, por sua vez, é um sistema intracelular espalhado pelo organismo e que possui relação com uma série de processos cognitivos e fisiológicos, como apetite, dor, inflamação, resposta ao estresse, humor e memória.
Apesar de ser algo relativamente novo, dado o ano de sua descoberta, as pesquisas sobre o funcionamento do sistema endocanabinoide reforçam os benefícios das substâncias derivadas da planta e ampliam as perspectivas para o desenvolvimento de novos tratamentos.
Como o Sistema Endocanabinoide funciona
Thiago Bacellar, médico da Gravital, clínica focada em tratamentos à base de cannabis, explica que o SEC regula o organismo para reequilibrar o que está fora do eixo.
“Funciona como um dimmer de luz automático, que aumenta a claridade quando o ambiente está escuro e reduz quando está claro. Então, num exemplo prático, se durante o dia você trabalhou muito e está estressado, com a adrenalina alta, o SEC te reconduz para um estado de tranquilidade”, explica.
Esse sistema produz substâncias que possuem estrutura semelhante às encontradas na planta, que desempenham papel importante na modulação dos neurotransmissores e, consequentemente, na comunicação intracelular.
Ajudando a manter o sistema regulado
O médico explica que, por se tratar de um sistema intracelular, o SEC está presente em todos os órgãos e sistemas, porém sua atuação principal está no sistema nervoso.
“Ele atua regulando funções como nosso humor, sono, atenção, memória e percepção da dor. Outra função fundamental está em nosso sistema de defesa, melhorando nossa imunidade e protegendo de doenças infecciosas e autoimunes”, diz o médico.
Ele também explica que o Sistema Endocanabinoide atua no organismo independentemente do uso da cannabis medicinal. Entretanto, quando ela é administrada, potencializa o sistema.
“Hábitos de vida saudáveis, como boa alimentação, sono de qualidade, exercícios físicos e lazer ajudam a manter o SEC bem regulado. Quando fatores ambientais desfavoráveis e fatores genéticos coincidem, o nosso Sistema Endocanabinoide fica totalmente desregulado. A cannabis medicinal atua aí, ajudando a reequilibrar o que está fora do eixo”, afirma.
A relação com a cannabis
No tratamento com cannabis medicinal, os fitocanabinoides provenientes da planta atuam diretamente nos receptores CB1 e CB2, presentes no sistema nervoso, imune e outros órgãos. Esses receptores vão ativar o sistema endocanabinoide, trazendo os efeitos desejados.
“SEC fora do eixo é sinônimo de irritabilidade, insônia, alteração do apetite, sensação de angústia, entre outros. Quando temos o sistema endocanabinoide regulado com o auxílio da cannabis medicinal, o paciente tem alívio desses sintomas, melhorando muito sua qualidade de vida”, finaliza o médico.
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https://cannalize.com.br/sistema-endocanabinoide-tratamentos-organismo/ Sistema endocanabinoide: funções e influência da cannabisVocê já ouviu falar do Sistema Endocanabinoide? Ele foi descoberto a pouco tempo, mas sempre esteve presente no nosso corpo e tem uma relação muito importante com a planta cannabis.
De maneira geral, é o sistema de comunicação entre o cérebro e os processos do organismo. Ele permite a coordenação entre as células, o que equilibra vários processos cognitivos e fisiológicos. Como por exemplo:
- Fome;
- Humor;
- Inflamações;
- Memória;
- Estresse.
Esse sistema está por todo o nosso corpo e age de maneiras diferentes, mas o seu principal objetivo é regular e homeostase, ou seja, o equilíbrio das funções do organismo. Se uma pessoa está com dor, por exemplo, é ele que sinaliza que algo está errado.
Para que serve o Sistema Endocanabinoide?
Basicamente, ele funciona de maneiras diferente em cada região, e para isso, são necessárias três coisas:
Todas as outras funções do nosso corpo precisam controlar as suas células com bastante cautela para que elas funcionem normalmente.
Por isso, o sistema endocanabinoide se encontra em várias áreas, como nas membranas, no cérebro, e nos órgãos, regulando o comportamento de cada um.
Os endocanabinoides, também chamados de canabinoides endógenos são produzidos naturalmente pelo corpo humano, eles funcionam como um sinalizador que ajuda as outras funções a manter o equilíbrio.
Leia mais sobre isso: Canabinoides: o que são, efeitos e benefícios
Quando o nosso sistema imunológico precisa de uma febre para “fritar” algum vírus ou bactéria, por exemplo, é a sinalização dos endocanabinoides que faz o corpo voltar a temperatura normal.
Esse sistema trabalha em conjunto ao imunológico, assim acontece também em várias outras áreas.
Quando os receptores endocanabinoides são ativados, eles permitem uma série de reações fisiológicas, que influenciam em:
- Inflamações;
- Dores;
- Apetite;
- Pressão dos olhos;
- Sensações;
- Controles musculares;
- Temperatura corporal;
- Energia;
- Metabolismo.
Além disso, o trabalho desse sistema como regulador envolve:
- Reduzir inflamações;
- Relaxar a musculatura;
- Reduzir a pressão arterial;
- Dilatação dos brônquios;
- Normalizar o fluxo sanguíneo cerebral;
- Normalizar os nervos.
Novas perspectivas
O sistema endocanabinoide é encontrado em todos os répteis, anfíbios, aves, mamíferos e peixes, exceto insetos. O seu descobrimento, abriu caminho para um novo olhar dos problemas patológicos e traçou novas estratégias na maneira de tratá-los.
Ele está ligado em quase todos os campos da medicina, até mesmo na área reprodutiva, como explica o Dr. Mauro Maccarrone da Universidade de Teramo, Itália.
Ele elucida que os receptores canabinoides se proliferam na placenta e facilitam a relação entre mãe e filho. Uma falha no sistema pode levar até a um aborto espontâneo.
Quando um bebê nasce, por exemplo, ele recebe bastante endocanabinoides através do leite materno. Por isso, crianças que são amamentadas por mais tempo, ficam menos doentes.
Até mesmo a cólica infantil está relacionada a falta de endocanabinoides.
Problemas no sistema
Quando o nosso corpo falha ao produzir endocanabinoides por alguma razão, pode resultar no desenvolvimento de alguma doença, como fibromialgia, artrite reumatoide, inflamação gastrointestinal, alzeimer, câncer entre outras.
Essa deficiência também é conhecida como Síndrome de Deficiência Clínica de Endocanabinoide. Muitas pessoas nem sabem que sofrem da síndrome.
Quando o sistema não produz o mínimo necessário, a tendência é que os endocanabinoides do corpo se degradem, desencadeando os problemas mencionados acima.
Os endocanabinoides endógenos são responsáveis por regular a serotonina, por exemplo. Quando eles não estão trabalhando direito, os níveis do composto podem subir, o que ocasiona em enxaqueca, ou podem descer demais, o que é a causa da fibromialgia.
Sem nada para sinalizar qual o ponto certo, pode surgir uma infinidade de complicações.
A dependência dos canabinoides para auxiliar no equilíbrio é enorme. Através de experimentos, a Big Pharma provou que os compostos canabinoides podem alterar a progressão de doenças.
O estudo com camundongos alterou geneticamente alguns deles para não terem receptores CB propositalmente. Estes não mamavam e morriam prematuramente.
A relação com a cannabis
A descoberta do Sistema Endocanabinoide é relativamente recente, os primeiros receptores foram percebidos em 1994, logo depois da descoberta dos canabinoides.
O próprio Químico Raphael Mechoulam, considerado o “avô da cannabis”, quis entender como o THC (tetrahidrocanabinol) e o CBD (canabidiol) agiam no organismo e nas suas explorações encontrou uma rede dentro do próprio organismo.
Apesar do nosso corpo produzir endocanabinoides, o sistema pode receber suplementos de fora. Estes, por sua vez, podem ser encontrados em algumas plantas, como a cannabis.
Inclusive, o sistema endocanabinoide só foi descoberto, graças aos estudos de cannabis e a sua ação no corpo humano.
Não apenas na cannabis, mas também em uma variedade de plantas ricas em fitocanabinoides, também conhecidos como canabinoides exógenos.
Os fitocanabinoides, têm uma função parecida com a dos endocanabinoides.
Dentro do nosso organismo eles funcionam com um substituto, imitam a maneira de interagir com os receptores CB1 e CB2 e manter tudo em equilíbrio.
Os recetpores são uma espécie de sinalização que avisa quando algo está errado. Junto às enzimas metabólicas, responsáveis pelas reações químicas do organismo, eles garantem que os canabinoides sejam usados quando necessário.
Leia mais sobre isso: Receptores Canabinoides: O que é CB1 e CB2?
Já se perguntou por que a cannabis gera efeitos no nosso corpo? A planta tem pelo menos 85 tipos diferentes de fitocanabinoides, os dois mais importantes são o THC e o CBD.
Há estudos que mostram que a introdução de fitocanabinoides induz a produção de endocanabinoides e a criação de novos receptores pelo organismo.
Já nass plantas, a ação dos fitocanabinoides não está diretamente ligado ao crescimento e ao desenvolvimento das plantas, mas sim uma proteção contra pragas, doenças e radiações ultravioletas.
THC
Pesquisas mostram que o THC afeta o CB1 e o CB2 da mesma forma que os endocanabinoides agiriam.
Apesar dos efeitos psicoativos, ele pode ser um forte aliado na luta contra dores, crônicas, náuseas, asma, glaucoma e até contra o câncer.
CBD
O canabidiol não se relaciona com os receptores, mas pode agir como antagonista, agindo indiretamente e bloqueando algumas ações. Diferente do THC ele age fisiologicamente.
O CBD pode reduzir e prevenir náuseas, diabetes, inflamações, estresse pós-traumático, epilepsia, artrite reumatoide, doenças cardiovasculares, pode ajudar a inibir o crescimento de tumores e até servir como analgésico.
Como o canabidiol age no cérebro?
Quando ingerimos CBD, ele passa pela corrente sanguínea até chegar ao cérebro. Depois disso, eles interagem com os neurônios, que possuem receptores de canabinoides bem aguçados.
Se há falta de anandamida por exemplo, um neurotransmissor e considerado canabinoide endógeno que ajuda a acalmar e relaxar, o canabidiol pode funcionar como um reforço.
E a maconha?
Quando ela é consumida, libera um dos canabinoides mais conhecidos: o Tetrahidrocanabinol ou mais comumente chamado de THC.
É ele que dá a sensação de “barato” e faz com que o cérebro libere dopamina, o hormônio que dá a sensação de bem-estar. Ele é parecido com a anandamida, que regula o nosso humor, sono, memória e apetite.
É por isso que a pessoa que consome maconha fica “feliz”, sonolenta, não se lembra de muita coisa ou até com fome.
Uma coisa curiosa é que os efeitos são ambíguos, enquanto alguns sentem sonolência e diminuição da atividade motora, muitos tem uma reação contrária, sentirão euforia e intensificação dos movimentos.
Sempre vai depender do indivíduo e da quantidade que ele ingere.
No cérebro a maconha afeta também o equilíbrio, a coordenação motora, a postura e a noção do tempo, por um curto período em que o indivíduo está fumando.
Por isso, é muito importante que o indivíduo não dirija depois de consumir a maconha.
Consulte um profissional
É importante ressaltar que qualquer produto feito com a cannabis precisa ser prescrito por um profissional de saúde habilitado, que poderá te orientar de forma específica e indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.
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