Irritabilidade, agressividade e depressão que acontece ao cair da tarde em pacientes de Alzheimer pode ser amenizada por terapia canabinoide
Um vídeo publicado na última terça (07) nas redes da Cannalize, com orientações da Dra. Gabriela Mânica, sobre o tratamento de Alzheimer com cannabis levantou um termo que pode ser novo para leigos no assunto: a Síndrome do Pôr do Sol.
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Síndrome do Pôr do Sol, ou Sundowning, é como convenciona-se chamar uma série de comportamentos como agitação, agressividade, ansiedade, depressão, distúrbios do sono, associados a casos de demência e Alzheimer
Chama-se Síndrome do Pôr do Sol porque curiosamente recorre no momento do dia em que o sol se põe, ou seja, entre o fim de tarde e início da noite
Esta síndrome é bastante estudada por pesquisadores de todo o mundo e, no Brasil, foi registrada num estudo de neuropsicologia de 2017 que avaliou idosos hospitalizados em João Pessoa, na Paraíba.
No artigo, os pesquisadores observaram quadros de delírio, sintomas de depressão e ansiedade e déficit cognitivo, principalmente em pacientes do sexo masculino, maiores de 68 anos e com instrução fundamental incompleta.
O Alzheimer se apresenta como demência ou perda de funções cognitivas como, memória, orientação, atenção e linguagem. É uma doença causada pela morte de células cerebrais.
Existem vários estudos em desenvolvimento que buscam entender as principais causas do Alzheimer, o que se sabe é que muitos fatores contribuem para seu surgimento como:
Por conta disso, muitos institutos de pesquisa e empresas farmacêuticas têm focado em desenvolver tratamentos direcionados para as causas da doença, a origem do Alzheimer.
Porém, como lembra a médica Gabriela Mânica, não existem tratamentos específicos para as oscilações de comportamento dos pacientes de Alzheimer, o que leva os médicos a receitarem antidepressivos, estabilizadores de humor e antipsicóticos. “O problema é que esses medicamentos podem trazer prejuízos porque têm efeitos colaterais.”
A médica lembra que os conhecimentos sobre o Sundowning ainda são incompletos e as estratégias de tratamento se baseiam em práticas paliativas como “colocar uma música no fim do dia, deixar a casa iluminada para esta mudança não interferir no humor dos pacientes.”
A terapia canabinoide entra aí. Por ter substâncias relaxantes e sedativas, a cannabis atua nos receptores da serotonina e estabilizar neurotransmissores. ajudando na alteração de comportamento, estabilizando o humor, melhorando o sono, a irritabilidade e a agressividade.
“A cannabis, quando utilizada com fins terapêuticos, tem propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes, tem potencial de elevação de acetilcolina no cérebro e regulagem nos níveis de glutamar. Na minha prática clínica, o principal impacto que eu noto é no comportamento dos pacientes”
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Lucas Panoni
Jornalista e produtor de conteúdo na Cannalize. Entusiasta da cultura canábica, artes gráficas, política e meio ambiente. Apaixonado por aprender.
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