O nome pode parecer comum e ao mesmo tempo estranho por se tratar de uma síndrome. Mas vamos entender melhor sobre a Síndrome do Peter Pan e o por que tem esse nome.
Se você já assistiu ao desenho animado da Disney chamado Peter Pan, está um passo à frente dos demais e talvez já deve ter percebido do que se trata.
Isso porque essa condição não tem essa alusão à toa, quem possui essa síndrome repete comportamentos parecidos aos do protagonista das telinhas.
Mas se você ainda não assistiu a animação, Peter Pan é um pequeno rapaz que vive na Terra do Nunca e se recusa a crescer.
Ninguém sabe ao certo a idade dele, mas ele age como se fosse uma criança, sempre se metendo em aventuras mágicas e sempre se mantendo a uma idade mental infantil e fantasiosa.
Conseguiu pegar a referência? E conhece alguém que também conta com algumas dificuldades para lidar com as responsabilidades da vida adulta?
O que todos nós sabemos é que a vida adulta às vezes pode parecer assustadora, responsabilidades sem fim, pressões sociais, estresse no trabalho e nenhuma magia de fada dos contos para ajudar.
A verdade é que querer crescer tem muitas implicações e ser criança é mais gostoso, confortável e menos maçante.
A síndrome do peter pan, basicamente desperta nos indivíduos comportamentos infantis e inseguros que os impedem de amadurecer normalmente.
Sendo assim, acabam falhando em diversos assuntos da vida adulta.
A maioria dessas pessoas sabem que agem diferente do padrão, mas se recusam a crescer.
Possuem muito medo de serem rejeitadas pela sociedade e, principalmente, de serem julgadas por suas atitudes ou falta delas.
Essa síndrome foi batizada com o nome de Peter Pan porque as atitudes das pessoas com essa síndrome é exatamente a de viver em um mundo imaginário, onde elas não têm a obrigação de amadurecer.
Por este motivo, elas não possuem sucesso em suas relações profissionais, familiares e amorosas.
Esse apego à fantasia é tão grande que eles não conseguem nem se desprender dos pais, por exemplo, e continuam a viver dependentes dos seus responsáveis e possuem grande dificuldade em se aprofundarem em relações com outras pessoas.
Por consequência, o medo de viver no mundo real é grande demais e aumenta gradativamente.
Inúmeras pesquisas constataram que esse transtorno é mais comum entre homens do que em mulheres.
O que mais preocupa é o aumento da incidência de casos diagnosticados com a síndrome.
Poucos conhecem essa síndrome, pois ela é uma condição relativamente nova ou, ao menos, investigada mais recentemente.
As primeiras aparições dela foram no final do século passado, mais precisamente na década de 1980.
Conforme os estudos foram surgindo, os profissionais perceberam 7 principais características em pessoas com síndrome. São eles:
A Síndrome de Peter Pan tem se mostrado cada vez mais em voga atualmente.
Em um cenário de crise econômica, em que os jovens sofrem para conseguir emprego, a dependência financeira dos pais é uma realidade muito recorrente.
Quando se trata de causas, existem inúmeros fatores psicológicos que levam uma pessoa a desenvolver essa síndrome.
Nesse sentido, o distúrbio pode ocorrer, sim, por fatores que se desencadearam na infância. Como pais superprotetores, por exemplo.
Um período de infância muito feliz e completo, onde não há falta de nada, pode gerar medo de crescimento ou de responsabilidade.
Isso faz com que essas pessoas sentem a necessidade do conforto da casa dos pais e se assustam ao verem as muitas possibilidades e incertezas que uma vida adulta apresenta.
Além disso, uma infância perturbada e que não foi bem vivida também pode ser o motivo pelo desencadeamento da síndrome.
Mas nesse caso, há o desejo de ter a liberdade da criança e a pessoa não aceita que quando a idade adulta chega, não poderá mais viver essa liberdade.
Então, terá que enterrar algo que não usufruiu, o que gera um conflito interno e muitas vezes doloroso.
Muitos dos pesquisadores acreditam que um contraste no mercado atual é um dos principais fatores que levam essas pessoas a desencadearem esse medo agudo e exacerbado.
Infelizmente, nós vivemos em uma sociedade onde atingir altos postos e se realizar por completo em uma carreira é cada vez mais difícil.
Já por outro lado, a indústria do consumo imediatista investe com força em alimentar ego com diversos produtos desnecessários, mas que despertam nossa atenção.
Contudo, as pessoas passam a se contentar com o que podem ter e não se prendem ao sonho de enriquecimento pessoal que só obterá com muito empenho.
Isso pode gerar uma falta de compromisso maior tanto para com a empresa, quanto para si mesmo.
Quando o assunto é tratamento da síndrome, o mais aconselhável é buscar um acompanhamento psicológico adequado para que o paciente possa, em primeiro lugar, reconhecer e assumir que possui a condição e buscar junto com um profissional, melhorias e crescimento.
Basicamente, a aceitação da condição e a vontade de melhorar é o primeiro e mais importante passo para o crescimento pessoal.
O tratamento psicológico irá detectar traumas e identificar maneiras de superar a insegurança e imaturidade, para que de forma livre a pessoa consiga superar frustrações e assumir com alegria e responsabilidade o seu mundo real.
A verdade é que não há porque nos desligarmos do que fomos e vivemos quando crianças, o que é preciso é a aceitação.
Se a infância foi repleta de alegrias, que elas sejam motivadoras e inspirem a vida adulta. Então, que sirvam de alimento para correr atrás dos objetivos sem medo, pois não precisamos sermos infantis para sermos felizes.
Mas, se o passado foi traumático e o fato de não ter o desfrutado como deveria é o que pesa, lembre-se que uma nova fase da vida também é algo a se desfrutar e preencher com realizações.
Não vale a pena repetir o processo de perder uma etapa do próprio desenvolvimento, porque isso se tornará um ciclo sem fim de suscetíveis erros e falhas.
O mais importante é o que somos hoje, e o que nutrimos para nos beneficiarmos no amanhã, siga sempre com um passo à frente, nunca o contrário.
Bruno Oliveira
Tradutor e produtor de conteúdo do site Cannalize, apaixonado por música, fotografia, esportes radicais e culturas.
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