Você já ouviu falar ou convive com alguém que tem comportamentos incomuns, como por exemplo, tiques, falas incompatíveis com o ambiente ou situação, gritos inesperados? Esses podem ser sintomas da síndrome de tourette. Vamos conhecer melhor a respeito.
A síndrome de tourette é um transtorno que se manifesta por tiques motores ou vocais.
Os indivíduos que sofrem dessa condição, relatam que esses comportamentos são inevitáveis e que sentem como se tivessem a necessidade de realizá-los.
Descoberta no século XIX, pelo francês Georges Gilles de La Tourette, estima-se que 1 a cada 2000 pessoas seja afetada por ela, sendo na sua maioria, as do sexo masculino.
Seus primeiros sinais surgem cedo, já na infância. Mas quanto mais rápido o diagnóstico é realizado, mais eficaz pode ser a intervenção terapêutica.
Os tiques da síndrome de Tourette, normalmente, surgem entre os 7 e os 11 anos, começando com movimentos simples, como piscar os olhos ou movimentar as mãos e os braços.
Mas que depois se agravam, surgindo palavras repetidas, movimentos bruscos e sons como latir, grunhir, gritar ou falar palavrões, por exemplo.
Algumas pessoas são capazes de disfarçar durante situações sociais, mas outras apresentam dificuldade para os controlar, especialmente se estiverem passando por um momento de estresse emocional, o que torna a sua vida escolar e profissional mais difícil.
Uma das consequências comuns é o isolamento, que causa intenso sofrimento.
É muito comum a presença de ansiedade, principalmente a do tipo social. Outros sintomas também podem estar presentes, como o transtorno obsessivo-compulsivo, distúrbios de aprendizagem, ou distúrbios de sono, precisando de uma análise mais profissional.
Alguns exemplos de tiques são:
Tiques motores
Tiques vocais
Eles aparecem repentinamente e são difíceis de controlar. Além disso, podem evoluir para comportamentos diferentes ao longo do tempo.
Na maioria, os comportamentos incomuns surgem na infância, mas também podem surgir pela primeira vez até os 21 anos de idade.
Quando se trata de causas elas podem ser genéticas ou ainda, neuroquímicas. Pode existir um desequilíbrio nos impulsos elétricos que controlam ou transmitem informações de um neurônio a outro.
No entanto, ainda não há um consenso sobre o fator real que desencadeia essa síndrome.
Mas o que se sabe, é que os tiques costumam aumentar quando a pessoa está em situações de estresse emocional.
A síndrome de Tourette não tem cura, mas pode ser controlada com o tratamento adequado.
O tratamento deve ser orientado por um neurologista e, normalmente, só é iniciado quando os sintomas da doença afetam as atividades diárias ou colocam em perigo a vida da pessoa e de quem está ao redor.
Nesses casos, o tratamento pode ser feito com:
Remédios neurolépticos: como Haloperidol ou Pimozida, que bloqueiam neurotransmissores no cérebro responsáveis pelo surgimento dos tiques;
Antidepressivos: como a Fluoxetina, que reduzem os sintomas de tristeza e de ansiedade que podem provocar esses tiques;
Injeções de Botox: são usadas em comportamentos motores para paralisar o músculo afetado pelos movimentos, reduzindo o surgimento dos tiques;
Remédios inibidores adrenérgicos: como Clonidina ou Guanfacina, que ajudam a controlar sintomas comportamentais como impulsividade e ataques de raiva, por exemplo.
Porém, estes remédios não tratam todos os tipos de sintomas da síndrome de Tourette, por isso, pode ser também importante consultar um psicólogo ou psiquiatra para fazer sessões de psicoterapia ou de terapia comportamental onde se treinam formas de controlar os tiques da doença.
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Bruno Oliveira
Tradutor e produtor de conteúdo do site Cannalize, apaixonado por música, fotografia, esportes radicais e culturas.
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