Falar de cannabis no Brasil não é uma tarefa fácil. Ainda há muito preconceito e até ceticismo quanto às suas propriedades medicinais.
Apesar de instituições sérias, que visam a pesquisa e garantem o óleo de forma acessível e segura, sem legislações específicas, elas precisam se organizar como podem.
Como, por exemplo, a permissão de importação de produtos à base da planta. Direito que só foi concedido depois da reivindicação da família Fischer, que precisou brigar nos Tribunais e na mídia.
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No Brasil existem mais de 40 instituições canábicas que são formais ou estão caminhando para isso.
Todas com a mesma história: pais ou pacientes que encontraram dificuldades no acesso à cannabis e querem ajudar outras famílias na mesma situação.
Contudo, a situação ainda é difícil, uma vez que ao invés de um apoio governamental há um desencorajamento. Não é preciso voltar tanto no tempo, para relembrar o caso da Apepi, que havia conseguido uma liminar para o plantio, mas foi negada.
Desde que a planta começou a ficar mais popular no Brasil, além das entidades, algumas outras instituições também começaram a ser criadas para atender várias frentes, além do acesso ao óleo.
Como por exemplo, a Associação Latino Americana de Cânhamo Indústria (LAHIA, sigla em inglês), voltada exclusivamente para o mercado.
Ou então, o coletivo da Rede Reforma, que tem o foco em prestar apoio jurídico. Outro exemplo é a Sociedade Brasileira de Estudo da Cannabis Sativa – SBEC, que capacita profissionais e desenvolve pesquisas.
Todas elas são uma forma de construir estruturas para reforçar a necessidade do acesso à cannabis medicinal. Estrutura que ainda está se desenvolvendo.
Contudo o segmento ainda não tinha uma federação que pudesse reunir a causa de todas as entidades no Brasil, alternativa que só foi criada de fato este ano.
Foi daí que surgiu a A FACT – Federação das Associações de Cannabis Terapêutica, que engloba todas as instituições registradas, luta por uma legislação justa, que inclua todas as frentes.
“O nosso objetivo é congregar e reunir embaixo de um Guarda Chuva Nacional todas as associações de pacientes com indicação para uso e defender o direito à autotutela de gestão da saúde aos associados das federadas”, complementa Pedro Sabaciauskis, diretor de comunicação da FACT.
Ele também diz que a federação pode servir de voz única a nível federal, para exigir que exista transparência, justiça e regras específicas para as associações de pacientes na regulamentação da cannabis no Brasil.
Tainara Cavalcante
Jornalista pela Fapcom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós graduada na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
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